31 de dezembro de 2010

Faça um pedido, garotinha: 2011 espera por você!

por ..bee.. às 01:33 1 gritos de felicidade
É piegas e clichê, mas eu quero começar esse post agradecendo a este ano que chega ao fim. 2010 para mim foi um ano completo! Um ano para descobrir mais de mim mesma, um ano para eu ser mais eu mesma.

Foi um ano para eu me enxergar mais como gente grande, apesar de continuar sendo a mesma garotinha mimada na maioria das vezes. De ter mais independência, mais confiança, de saber mais o que eu quero (e de mudar de ideia no minuto seguinte).

Foi um ano intenso, bem do jeitinho que eu gosto. Conquistas, perdas, lutas, sofrimento.. Temperado com amor, paciência (na maioria das vezes), força de vontade.. E recheado de gritos no travesseiro para não enlouquecer!

Quis ser alguém que eu não era e fiz #alocka pela noite, acordando no dia seguinte com aquele gosto amargo do arrependimento. Tentei seguir a filosofia de outros e acabei perdendo um bom amigo e tendo a certeza de que errar é humano, mas é sempre melhor errar pelas próprias pernas do que pelas dos outros.

Tomei porres homéricos, cheguei ao fundo do poço, passei dias de cama, fiquei doente, me irritei.. Levei meu corpo ao seu limite, e sobrevivi. Resisti às adversidades e cresci.

Cantei, dancei, chorei tanto de alegria quanto de tristeza. Me senti viva e gritei até minha garganta doer. Me achei dona do mundo, fui dona da verdade algumas vezes e também estive errada. Encontrei felicidade onde eu menos esperava, e tristeza também. Fui ao céu em um segundo apenas pra cair diretamente para o purgatório no segundo seguinte.

Conquistei um novo amor e para ele eu guardei o melhor de mim. Ganhei novos amigos que mesmo morando longe estão sempre presentes em minha vida. Reafirmei meus laços de amizade com velhos amigos, reencontrei outros em lugares inesperados.

Vivi. Momentos bons, momentos ruins, mas todos intensamente. Não quero dizer que 2010 vai ser um ano difícil de superar, mas com certeza, foi um ano inesquecível! E de 2011, por enquanto eu só quero uma coisa: vida!!!! O resto é lucro!

Feliz 2011!!!

23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

por ..bee.. às 22:15 1 gritos de felicidade
Então que eu resolvi fazer o post de Natal com os meus filmes de Natal preferidos e as suas verdades, não que eu não deseje aquilo tudo que todo mundo sempre deseja no Natal, mas, eu queria algo mais original.. E como é dito em "Simplesmente Amor": "é Natal, e no Natal as pessoas falam a verdade..."

Histórias de amor acontecendo ao mesmo tempo em Londres, em plena época de Natal.. Estranhos se apaixonando, pessoas se conhecendo, e muitos beijos debaixo do visgo.. Simplesmente Amor

*tudo o que eu quero de Natal é você*



Um história que tinha tudo para dar errado, mas que acaba dando certo, e de alguma maneira sempre me faz pensar que tudo é possível nessa época de Natal.. O Amor Não Tira Férias

*eu tenho outra perspectiva pra você - eu estou apaixonada por você. Peço desculpas pela explosão, mas por mais problemático que esse fato seja, eu estou apaixonado... por VOCÊ. E eu não estou sentindo isso porque você está indo embora, e não porque é bom me sentir assim... O que, a propósito é bom, ou era antes de você fugir assim. Eu não posso resolver a matemática disso, eu só sei que eu te amo. E eu não acredito quantas vezes eu estou dizendo isso! Eu nunca achei que me sentiria assim de novo, então isso é bastante incrível. E eu entendo que eu venho com uma bagagem: 3 pelo preço de 1. Eu conheço a minha bagagem, talvez na luz do dia não seja tudo perfeito, mas eu finalmente sei o que eu quero e, só isso já é um milagre. E o que eu quero é VOCÊ.*



E claro, o mais clássico dos filmes de Natal.. Milagre na rua 34

*eles dizem que ver é acreditar, mas a verdade é que o mundo se uniu através de coisas que não se podem ver...*


Vocês acreditam em Papai Noel?! Eu acredito!

Boas Festas!

;)

12 de dezembro de 2010

ausência...

por ..bee.. às 22:31 3 gritos de felicidade
Hoje eu quero escrever sobre qualquer coisa que não seja o meu maldito trabalho sobre arte e curadoria...

Me bateu a bad vibe ontem, conversando com um amigo que tem um relacionamento a distância. Aliás, parece que ultimamente todo mundo tem um. Cada caso é um caso: é igual quando você descobre que tem uma doença e começa a pesquisar na internet sobre isso; exceto que eu não comecei a pesquisar sobre relacionamentos a distância, mas ainda assim as histórias começaram a vir.

São milhões de opiniões e eu tendo sempre ter em mente que cada caso é um caso, que depende muito das pessoas que estão envolvidas, do quanto se está disposto a fazer acontecer. Se em um relacionamento físico, mesmo com toda vontade e amor do mundo às vezes é complicado, imagina em um relacionamento a distância?

De tudo, o que mais me incomoda é a ausência. Não a ausência física, essa por mais que incomode é controlável.. Mas a ausência emocional, digamos assim, é insuportável. A ausência dos papos, do cuidado, da atenção. É essa ausência que dá asas a imaginação e faz com que você acredite que está nessa sozinha. Que fique se perguntando se ele também não sente falta, e se sente, por que não faz nada para mudar a situação? Essa é a ausência que mais dói, porque de uma maneira ou de outra, é ela que está afastando vocês. E isso preocupa.

=X

9 de novembro de 2010

De Salvador, com amor!

por ..bee.. às 22:30 3 gritos de felicidade
Uma das conquistas femininas mais importantes do século XX foi, sem dúvida alguma, o direito pelo nosso próprio corpo. A revolução sexual e o anticoncepcional mudaram a história, nos dando maior confiança e consciência do nosso próprio corpo. No entanto, ainda hoje, muitas mulheres não sentem essa liberdade toda devido à forma como foram criadas: mulheres têm que ser recatadas! Mulher escandalosa, consciente do corpo é mulher da vida, piriguete e afins. E ultimamente, eu percebi que alguns problemas que eu tenho em relação a minha imagem estão atrelados a estes conceitos.

Das muitas coisas boas que eu troxe de Salvador ano passado (lembranças, peguete, bijuterias...), uma das melhores foi sem dúvida alguma a consciência do meu corpo. Ir para Salvador foi uma coisa inquestionável para mim: estava desde janeiro falando que iria, para já convencer mãe e namorado de que eu não mudaria de ideia e que isso não era "fogo de palha". Por sorte (ou não), em março o namorado virou ex e não era mais um obstáculo: agora só faltava minha mãe. Uma semana, sozinha em Salvador, acampando para um encontro de estudantes de artes. Eu não sabia o que esperar, como sobreviver ou nem sequer o que colocar na mala! Eu só sabia que eu IA.

Chegando lá, depois do choque inicial da situação, comecei a me questionar como eu iria sobreviver àquela semana: pessoas desconhecidas, com os hábitos mais diversos e diferentes dos meus, sotaques, estilos, opções... Lembrei de um outdoor e fiz dele meu lema: Sorria! Você está na Bahia! E depois da primeira festa, resolvi me permitir e vivenciar essa experiência única na minha vida! E foi aí que eu ganhei consciência de mim. Me vi sozinha em meio a uma multidão que ainda assim me enxergava, onde eu podia ser eu mesma, sem precisar me esconder. E a sensação de liberdade que isso me trouxe foi incrível. E irreversível: tive meu Woodstock particular. Acordava, sentava na frente da barraca alheia e ficava fazendo preguiça até todo mundo acordar. Ia dormir com a barraca aberta devido ao calor e a música rolando lá embaixo. Andava pelo acampamento e não faltavam convites para se juntar a alguém cantando uma musica, fazendo uma brincadeira e até mesmo indo ao Pelourinho e visitando a cidade.

Conheci pessoas incríveis, com vivências outras que a minha, mas que estavam ali querendo conhecer pessoas, trocar ideias, experiências. E no meio de todas essas novas experiências, cada vez mais meu corpo se libertava da timidez, até que o inevitável aconteceu: o banho no contêiner. Entrar naquele espaço, tirar a roupa e tomar banho. Na frente de amigas, de desconhecidas, sem me preocupar se estavam reparando em mim, se eu estava em forma. Simplesmente tomar banho. Sim, isso foi libertador.

Quando eu digo que Salvador mudou a minha vida e a minha relação com o meu corpo, é por isso. Não que eu tenha o corpo perfeito, não que eu não queira perder peso, ou diminuir uma área ou outra. Mas eu sei o corpo que eu tenho e não tenho vergonha dele. Foi quando eu realmente tomei consciência de mim, como ser humano, como estudante, como membro de uma comunidade, como mulher... Foi a primeira vez que eu fui livre! E a liberdade pode ser bastante viciante, experimenta!

31 de outubro de 2010

...

por ..bee.. às 23:49 3 gritos de felicidade
Era madrugada e ela não conseguia dormir. Muito em breve o relógio despertaria anunciando um novo dia e a mesma rotina. Mais um dia chegaria, mais tempo para contar a saudade. Um mês desde os últimos beijos antes de entrar no ônibus...

Sentiu o coração apertado diante da lembrança e uma lágrima escorrendo pelo rosto. Levantou da cama e acendeu a luz, abriu a gaveta e achou em seu fundo a camisa dele. A camisa que ele lhe tinha dado. A camisa que para ele era especial e por isso mesmo a fez ficar comovida. Ela só tinha pedido uma camisa velha para abraçar nas horas de saudade e ele lhe dera uma com história. Uma história que ele contou com detalhes. Ele permitiu que ela fizesse parte de sua vida assim.

Lembrou dos dois deitados na cama abraçados, sem pressa para nada. Se sentia a dona do mundo deitada no peito dele. A criatura mais feliz na Terra. Lembrou do quanto chorou baixinho na última noite para ele não ouvir enquanto ela se perguntava como conseguiria ir embora na noite seguinte. Lembrou das lágrimas dele, devidamente disfarçadas, quando a hora de ir chegou. "Não chora", ele disse. "Não chora senão tudo o que passamos de bom aqui não vai ter valido à pena. Lembra apenas das coisas boas." E justamente pelas coisas boas que não teria mais, ela chorou.

Abraçou a camisa, sentiu o cheiro dele. Chorou. Chorou pelas lembranças. Chorou pela distância... Chorou pela saudade. Constatou que a camisa estava perdendo o cheiro dele. O tempo estava passando. Teve vontade de guardar a camisa de volta no fundo da gaveta, mas perdeu a coragem de se afastar dele novamente. Apagou a luz e deitou abraçada a camisa... "Só por mais cinco minutinhos", disse para si mesma. E adormeceu, antes mesmo dos cinco minutinhos passarem.

***

26 de outubro de 2010

Fazendo #alocka!

por ..bee.. às 15:49 1 gritos de felicidade
Se o Diabo me fez ciumenta, Deus me fez sensata. Ainda bem! Talvez seja a idade chegando e a minha proximidade com o meu ascendente Leão... O fato é que até eu tenho me surpreendido com a frequência dos meus surtos, mas mais ainda com a rapidez em controlá-los. Deve ser a tal da maturidade começando a chegar: às vezes acho que eu realmente estou crescendo... (e entro numa Síndrome de Peter Pan horrora!! Mas isso é assunto para outro post.)

Estava na #badvibe hoje, conversando com o Rato, quando ele me disse que a Dançarina (ex dele) deixou scrap para ele. ROUND 1: sangue ferve! Mas como mocinha educada que eu sou, ignoro. E é então que ele imenda: Putz! Fiquei malzão agora.. Ela está triste... ROUND 2: COMO É QUE É? VOCÊ ESTÁ MAL PELA DANÇARINA? VOU TE DAR MOTIVOS DE VERDADE PARA VOCÊ FICAR MAL, SEEEU... Respiro fundo de novo e gentilmente aviso que vou sair do MSN. Abro o twitter e descarrego a minha raiva, angústia e tristeza. Sim, já estava na bad vibe e isso acabou com o meu dia. O Diabo do ciúmes estava sentado no meu ombro, fazendo toda a preocupação do Rato com a Dançarina martelar na minha cabeça. tim tim tim. Incessantemente. Fiz #alocka! Chorei, xinguei muito no meu twitter... E fui ver Grey's Anatomy. Não sei bem o que tem nessa série que em meio a todo o caos de um hospital eu consigo me acalmar. *sarcastic mode on* Sabe?

Foi então que eu recolhi toda a sensatez que Deus me deu e raciocinei. Deixei de lado o meu lado passional e meu sangue quente geminiano e apelei para o meu ascendete. Enxerguei os dois lados da moeda e voltei para conversar, sensatamente. Contei para o Rato do meu surto e de como eu já estava mais calma.

Que passado é PASSADO, todos nós sabemos, mas nem sempre temos o sangue frio de lembrar disso. Costumava cantar para o Ex (já que estamos falando de passado..): "Não se prenda aos meus amores de antes, pois todos tornaram-se pontes para me levar a você."... E eu realmente acredito nisso. Acontece que o Diabo do ciúmes me faz pensar: "e se sou eu que estou no caminho?". Porque o Rato e a Dançarina tinham uma história antes de mim. E às vezes eu tenho a impressão de que a história não teve um ponto final, mas foi interrompida porque eu entrei no meio. E é então que eu me sinto culpada, porque eu conheço a Dançarina, porque eu sabia que eles tinham uma história. Mas ao mesmo tempo, eu fechei os olhos e resolvi ignorar essa história. Escolhi não querer saber mais sobre isso porque se ela me contasse tudo, eu ia tentar me afastar... E eu já estava em uma posição em que me afastar já era impossível.

Bom saber que apesar de tudo, a minha boa e velha dualidade geminina continua intacta! E é aqui que eu recobro a sensatez, como se com a volta desse traço da minha personalidade a tivesse despertado. "Peraí! Ele está com você. Quando ele pôde escolher entre você e ela, ele escolheu você... Ele é seu desde então!". E como num passe de mágicas, o Diabo do ciúmes que estava sentado no meu ombro desaparece. Me lembro então das palavras de um amigo: homens como o Rato só ficam presos porque escolheram assim ficar. E então eu sei que tudo não passou de um surto. Eu só estava fazendo #alocka! para quebrar a rotina. Pronto! Já posso dormir em paz...

25 de outubro de 2010

Continue a nadar...

por ..bee.. às 16:35 1 gritos de felicidade


Sorte de hoje no orkut: Muitas das grandes realizações do mundo foram feitas por homens cansados e desanimados que continuaram trabalhando...

Sim meus amigos, continuar a nadar é preciso! Mesmo quando seus esforços não são reconhecidos, mesmo quando a animação inicial desaparece, mesmo quando todo mundo tente te fazer desistir.

"ninguém disse que seria fácil, mas ninguém disse também que seria tão difícil" como já diria o Coldplay... Mas é justamente por ser tão difícil, tão apavorante que sabemos que valerá a pena todo o trabalho, todo o cansaço, toda a luta.

Obrigada pelo apoio Fe, Bah e Nina.. E por me aguentarem na minha bad vibe!

#amomto

6 de outubro de 2010

Doce Setembro

por ..bee.. às 22:43 1 gritos de felicidade
Hoje eu estava assistindo "Doce Novembro" pela milésima vez e me dei conta do poder incrível dos filmes! Na verdade, de todas as formas de arte. Ou pelo menos daqueles que dependem da sensibilidade alheia. Acontece que a nossa percepção em relação aos filmes especificamente muda de acordo com a nossa vivência e nossas experiências. Acho que tudo em nossa vida devia ser assim... Acredito que as pessoas sábias e experientes já entenderam isso e vivem assim. Quem sabe?

Como eu disse, já tinha assistido "Doce Novembro" umas dez mil vezes! Mas nunca tive a percepção que eu tive dessa vez, nunca o interpretei dessa maneira; apesar de ter encontrado interpretações diferentes em cada uma das outras vezes. Chorei horrores todas as vezes, confesso. Quando estava no começo de namoro com o Ex, costumávamos discutir sobre a decisão da Sara: eu era a favor, ele contra. Eu a entendia! Mais do que isso, eu me identificava com ela. Imaginava que se eu tivesse câncer, não ia querer o homem que eu amo ao meu lado, me vendo definhar. Ia querer que ele lembrasse de mim nos nossos momentos bons e felizes. E então, quando eu terminei o namoro, desejava um final feliz para os dois, um "para sempre juntos", assim como eu também queria o mesmo final feliz para a minha história. E tive também meus momentos de solidão nos quais comprei a ideia de viver com um desconhecido ou um peguete por um mês e um mês apenas, e mudar a vida dele e deixar a minha ser mudada. O que eu nunca tinha percebido sobre o filme é que, além de ser uma história de amor, é uma história contemporânea, sobre o mundo em que vivemos... O filme é um relato sobre o tempo e o que fazemos com o tempo que nos é dado.

Em tempos onde time is money (tempo é dinheiro) é lei, tempo é a única coisa que a Sara pede para o Nelson. Tempo é a única coisa que nos custa imensamente dar (sem trocadilhos com o valor monetário, juro!). No entanto, tempo é a única coisa que vale à pena, que transcede, que é maior. Eles tiveram um mês juntos. "Novembro é tudo o que eu sei, novembro é tudo o que eu sempre quis.", Nelson declara. E o que faz esse tempo ser tão importante é a intensidade com a qual ele foi vivido. É o que faz com que um mês seja eterno, atemporal, inesquecível. Sim, eu sei que é uma história fictícia, mas na ficção esses personagens são reais, e esses personagens tiveram isso. Eles viveram em um mês o que muita gente sonha uma vida inteira em viver.

No fim das contas, "Doce Novembro" é sobre isso: fazer o tempo ser atemporal. A Sara teve um mês inteiro. Novembro. Eu tive uma semana. Uma semana de um doce setembro. Uma semana atemporal, eterna e inesquecível. Onde o tempo era o que menos importava, e por isso mesmo, tínhamos todo o tempo do mundo!

2 de outubro de 2010

Todas as trilhas caminham pra gente se achar

por ..bee.. às 23:20 0 gritos de felicidade
Tenho pensado bastante na vida e nas escolhas que fazemos. Aquelas escolhas que nos levam a momentos derradeiros, onde sabemos que dali para frente tudo vai ser diferente porque você já não é mais o mesmo. Tenho o péssimo hábito de guardar datas e eu acho que isso é coisa de historiadora mesmo. Sei que muitas vezes começos não são determináveis, mas ainda assim eu me esforço bastante antes de me dar por vencida.

Bom, minha viagem para Ouro Preto mencionada aqui foi ótima! Mais perfeita do que eu sonhava, mais real do que eu imaginava. E por mais louco que seja, eu não consigo deixar de pensar nos mil acasos que me levaram a ela.. E os outros mil tantos que me levaram a ele, ao meu Rato. "Eu queria ver você escrever a nossa história", ele disse. Por enquanto acho que eu só posso determinar o começo, porque eu ainda espero ter muitos e muitos capítulos a escrever. Por aqui pelo menos, ainda virão muitas histórias, muitas lembranças...

Mas será que o começo é mesmo algo tão importante? O marco zero? Hum... Como começamos? Sim, em uma noite em que eu queria alguém para conversar no msn porque estava mal. Culpa do Hippie. Então, começou com a ajudinha do Hippie. Ou teria sido do Psicólogo? Começou com um jogo, uma provocação. Terminou. Foi interrompida por um golpe do destino. Eu o tinha nas mãos, mas tive medo. Perdi. E de uma maneira louca, nunca deixou de ser ele. Passamos por poucas e boas e ainda assim eu estava ao lado dele, disposta a tudo. Talvez eu esteja destinada a continuar o legado da minha mãe: amando acima de tudo. Talvez essa seja a minha escolha: ficar ao lado dele, mesmo de longe. Mas acho que eu já não tenho mais escolha.

Tinha dúvidas, medos, inseguranças... Mas mesmo sem perceber, tinha um amor maior ainda, mais forte que tudo isso. E todas as dúvidas se foram nos cinco minutos que demorou entre o Rato ter me visto e ter me beijado. Cinco minutos e o tempo parou naquele momento. E o chão sumiu, e tudo começou a girar, e as pessoas ao meu redor não existiam mais. Cena de filme. E a nossa história é real.

Todos os riscos foram corridos em uma semana. Todo o tempo posto à prova. Todos os sonhos reafirmados. Toda a certeza do mundo de que há ainda muito para vivermos juntos. "Parece que foi feiro para mim", ele disse. Sim, feitos um para o outro, mas dessa vez, com uma forcinha do destino.

Eu me joguei mesmo.

3 de setembro de 2010

Aos olhos alheios

por ..bee.. às 22:00 1 gritos de felicidade
Por mais que digamos que não, somos extremamente ligados a nossa imagem e principalmente ao que passamos aos outros através dela. Natural, vivemos em uma sociedade hedonista e imagética, midiática, massiva, onde o corpo é o centro de tudo. Somos o que vestimos. O que está na moda. O que consumimos. E eu acho que, por um lado, isso pode até ser divertido. Não sou contra esse culto ao corpo, mas sou contra a padronização. Me irrita sair na rua e ver dez mil loiras artificiais, de cabelo liso artificial, comprido (às vezes artificial também). As loiras se divertem mais? Os cavalheiros preferem as loiras? Talvez... Mas seja uma loira de atitude! Ou melhor, seja uma pessoa de atitude!! Não só mais uma na multidão.

Comcei nesse papo porque entrei numa viagem depois de uma conversa inesperada essa semana com uma amiga. Falávamos sobre amor livre e personalidade liberal (leia-se Hippie e Ator) e aí que ela me surpreendeu dizendo que também me vê assim. Como alguém que não se prende às vontades alheias, que quando quer, QUER e ponto final. Mas que também pode decidir que não quer cinco minutos depois, e sustentar essa mudança de ideia.

Fiquei feliz com a descrição que ela fez de mim porque eu me vejo muito assim. Mas muitas vezes o "como você se vê" não condiz com o "como os outros te vêem". Ainda mais na sociedade em que vivemos (daí a introdução). Somos pré-julgados pela nossa aparência e muitas vezes acabamos sendo quem as pessoas pensam que nós somos e não quem queremos ser ou quem realmente somos. Confuso?

Ter personalidade é uma dádiva hoje em dia! E também um trabalho difícil porque são poucos os que têm coragem de continuar buscando mais sempre. Poucos são os que têm coragem de mudar, de encarar novas possibilidades, de se reinventar e ainda assim bater o pé e dizer: ISSO TUDO SOU EU.

Li uma frase em um muro hoje que dizia "Somos vítimas da nossa própria falta de atitude." e ela me inspirou bastante, porque no fundo eu acho que ela resume boa parte dos problemas da nossa sociedade contemporânea, comodista e acomodada. Fico feliz em ser diferente, e mais ainda quando essa diferença é notada. Vivo para ser qualquer coisa, menos ordinária.


*Bee escreve hoje com certa inquietação política em seu coração. Será o clima das eleições?! Naaaah..

30 de agosto de 2010

Cicatrizes

por ..bee.. às 14:32 1 gritos de felicidade
Sabe quando você acaba um relacionamento e a dor é tanta que chega a ser física? Ou termina do nada? Ou é você quem terminou? Ou o tempo simplesmente mudou a estação? Não importa muito, porque seja lá como for, términos de relacionamentos sempre doem. E então você jura que nunca mais vai se apaixonar, ou que da próxima vez vai ser diferente, ou que você está melhor sem ele... Qualquer coisa que sirva de consolo e te ajude a dormir tranquila a noite. Mas e se a próxima coisa for exatamente igual? E se a última ferida ainda não tiver cicatrizado? O pior é quando as cicatrizes mexem com a sua autoestima, porque essas não tem cirurgia plástica no mundo que as apaguem... (e nem terapia!)

Bom, ano passado, no meio de todo o meu rolo com o Hippie, aconteceu aquela encontro de estudantes de artes em Salvador. E esse ano vai acontecer de novo, só que em Ouro Preto dessa vez. É agora no final de setembro. Mas acontece que a burra aqui inventou de se apaixonar, de novo. E verdade seja dita, as minhas feridas de como terminou a minha história com o Hippie ainda não cicatrizaram. E eu tenho medo que essa história se repita. (mini flashback de Salvador pra quem não lembra!) se eu me magoar outra vez, não amo mais ninguém...

O Hippie o e o Rato são duas pessoas completamente diferentes, mas que não podiam ser mais iguais! Os dois são hedonistas, os dois são "amor livre", os dois são "não se apaixone por mim". A princípio eu posso até ter me envolvido com o Rato pelo tanto que ele me lembrava o Hippie, mas agora é diferente, é por ele mesmo. É por como eu me sinto quando eu estou com ele. Acontece que a história do Hippie não teve um final feliz, e toda essa semelhança entre eles me faz temer que a do Rato também não tenha. Tenho medo que as minhas cicatrizes falem mais alto. Tenho medo que a minha bagagem atrapalhe. Tenho medo de deixar o orgulho falar mais alto. Tenho medo de ser apenas uma ilusão. Tenho medo porque há muito tempo eu não sei o que é sentir ciúmes. Tenho medo de não saber discernir real de imaginário.

Com o Hippie, a situação era mais fácil, teoricamente. Só existia o "eu gosto de você". Mas ao mesmo tempo, existia uma procura, um retorno, apesar de nunca ter existido certeza alguma. Com o Rato existe o "eu te amo".. Mas existe também o "não se apaixone"... Existe o "você é diferente", mas existe também o "eu não tenho certeza de nada"... Existem todas as dúvidas do mundo em um segundo, mas no segundo seguinte existe o carinho, o cuidado e até mesmo o envolvimento. E a minha ferida não cicatrizada grita que o final vai ser o mesmo, que eu vou me magoar. Mas não adianta, eu faço pirraça e insisto que é "por minha conta e risco", mesmo com todos os meus medos. Mesmo com toda a minha bagagem. Mesmo com todas as minhas cicatrizes.

Acredito que todos nós temos cicatrizes e que em momento masoquistas, coçamos. Arrancamos a casquinha, só pra sentir arder de novo, para sentir doer e lembrarmos de ter mais cuidado da próxima vez. Mas também não conseguimos viver em uma redoma de vidro por muito tempo: logo logo o corpo está pedindo pela adrenalina, e quando percebemos, já estamos parados na beira do precipício, querendo pular. E pulamos! Mesmo tendo prometido não pular mais. Pulamos e ignoramos as cicatrizes, o cérebro, a dor. Mesmo com todos os medos. E por todos os medos. No fim das contas, é o medo que nos faz perceber o quanto a queda pode ser boa.


24 de agosto de 2010

Everything is changin'...

por ..bee.. às 23:44 1 gritos de felicidade
Acho que eu sou mesmo bipolar. Ou talvez simplesmente muito orgulhosa. Não sei ao certo.

Então, advinha quem reapareceu na minha vida esse fim de semana? Wild Cat! Sem namorada, é lógico. Queria sair, conversar.. Porque segundo ele, "a gente sempre se deu super bem". Resolvi dar corda e dizer que não podia sair porque estava sozinha em casa e alguém tinha que cuida do Jack. Prontamente ele se ofereceu para ir até a minha casa e levar pizza. Ooooi? Nem que ele levasse 10 litros de Haagen Daas de morango dessa vez!! Dei um fora bonito e me senti vingada! #scorpiofeelings

Sim, esse foi o cara por quem eu chorei durante uma semana antes de dormir. Foi o mesmo cara que me fez acreditar que eu era o problema. O mesmo que me fez perder o controle. O mesmo que me vez chegar ao fundo do poço. E sim, aquele mesmo que me fez ficar desesperada e deixar o Ator super preocupado porque eu precisava dele, porque ele me acalmaria.

Acontece que com um histórico desses, mesmo sendo o maior palhaço do mundo, eu fiquei mexida com essa nova investida do Wild Cat. Talvez por orgulho, talvez porque eu tenho o ego do tamanho de um bonde, talvez.. Talvez isso seja eu a aquela minha velha vontade autodestrutiva querendo me sabotar.

Ultimamente eu estou com a sensação de que tudo está mudando, com uma angústia... Que me faz fazer coisas idiotas. Que me faz afastar as pessoas quando o que eu mais quero é abraçar e nunca mais soltar. É colo, é carinho.. É a certeza de que nada mudou e de que eu não me joguei sem paraquedas a toa... Mais uma vez. Que me faz perguntar qual é o meu problema? Por que eu não posso simplesmente dizer eu te amo e ser feliz com isso? Porque eu estou cansada de mostrar o quanto que eu quero, e quando eu mais preciso de um feedback eu não ter. Isso me faz ter dúvidas e travar. E matar todo o progresso que eu já tinha feito. Isso acaba com a minha noite, mesmo depois de um dia quase perfeito!

#avrillavignefeelings



.

12 de agosto de 2010

O ex-namorado e os seus truques

por ..bee.. às 18:28 2 gritos de felicidade
Eles aparecem do nada, normalmente depois de muito tempo sem dar notícia. Chegam sem a menor cerimônia e agem como se nada tivesse acontecido, com a cara mais lavada do mundo. Ex é uma praga!

Essa semana foi o aniversário do meu ex, leonino bravo e ciumento. Territorialista que nem ele só, se curvava a todo e qualquer capricho dessa geminiana mimada aqui. Coincidência ou não, ele também deu uma reaparecida na minha vida essa semana. Sim, ex é uma praga!

Tudo começou com um almoço de família no domingo. De repente, a família inteira estava com saudades dele, porque ele era um bom moço (desde quando!?!?), carinhoso (tá, isso era).. E tudo mais o que ele não era quando a gente namorava, sabe? Por mais que eu ache estranho, é normal que ainda exista um carinho grande pelo ex, afinal de contas, ele foi parte da minha família por 3 anos.. E a minha família é justamente aquele tipo italiano brigão, e que sempre agrega todo mundo.

Enfim.. Tinha chegado em casa não tinha uns 10 minutos e ele me ligou. Levei um susto! Conversinha fiada, coisa boba.. Ainda existe um carinho muito grande, blah blah blah.. Nada que justificasse a ligação. Achei estranho, muito estranho, mas confesso que não me senti mexida. Aí depois foi a vez da conversinha fiada no MSN. Falou que não gostou da minha franja (oooi?), contou que vai se mudar para Campos... Eu ouvi pacientemente até ter a ideia de falar da minha 2a tatuagem (que ainda não exite) na virilha. Foi o suficiente para o papo mudar. O Ex começou a tentar me convencer a mostrar a tattoo na webcam, e quando eu disse firmemente que não mostraria, ele disse que tudo bem, que agora não era mais esse tipo de homem. Oooi?

Tudo bem, eu confesso que fiz isso só de pirraça. De criancice mesmo! Só para ver se eu ainda mexo com ele de alguma forma (ex é uma praga!)... Mas ainda acho estranho ele ter reaparecido do nada. Quando eu era mais nova, costumava pensar que os Ex apareciam naqueles momentos decisivos, só para você ter a certeza. No meu caso, a certeza foi de que eu já o esqueci, superei e estou mesmo apaixonada.

29 de julho de 2010

Escrevo para não gritar, grito para não enlouquecer...

por ..bee.. às 00:02 0 gritos de felicidade
É oficial: não gosto de me apaixonar!

Não gosto de sentir a falta dele, não gosto de me preocupar com ele, não gosto da vontade de estar com ele o tempo todo, não gosto quando minha mente fica à toa e ao invés de voar em questões da minha monografia voa para ele... Não gosto dessa inquietude que dá no meu coração, não gosto de ir dormir pensando nele... Não gosto de não me sentir dona de mim...

Há tempos atrás, eu era Summer Finn, eu era senhorita independente, eu podia jurar que era feliz sem amor.. eu podia jurar que era "minha, só minha e não de quem me quer"... E eu então eu sentia falta do friozinho na barriga, porque, vamos confessar? é gostoso!

E hoje em dia eu estou puta comigo mesma! Não porque eu me apaixonei, mas porque a única coisa que eu achava que estava dando certo na minha vida na verdade não está! Porque meus esforços e sacrifícios não estão sendo vistos ou valorizados... Porque eu estou cansada, no meu limite! Porque ao longo de 3 anos de faculdade, eu nunca banquei a vítima, porque a escolha de estudar em outra cidade foi minha! Porque quem quis procurar o caminho mais difícil fui eu.. E sinceramente, me pergunto se está valendo a pena..

Talvez na verdade eu seja uma frouxa, isso sim! Só sei que eu estou decepcionada comigo mesma. Quero ser forte, continuar lutando, mas sinto que isso está me consumindo. Preciso de gás, de alguma coisa... Dá pra fugir pro Polo Norte e virar ajudante de Papai Noel?

Enfim, ando sob um leve desespero que não me é comum e não estou feliz com isso. Ando inquieta, sem ânimo e cansada. E hoje, eu escrevo para não gritar... Mas grito (aquele grito abafado no travesseiro) para não enlouquecer...

24 de julho de 2010

Sob um leve desespero...

por ..bee.. às 18:23 1 gritos de felicidade
...que me leva, que me leva daqui!

Amooo Capital Inicial!! E sou absolutamente louca e apaixonada pelo Acústico MTV deles. Acho que esse CD marcou todo e qualquer relacionamento/pseudo-relacionamento que eu já tive. Desde "Fogo" quando eu ainda tinha 13 anos e a minha paixãozinha disse que essa era a música perfeita para nós dois, até o início do ano passado quando o Garotão me mandou um email com a letra da "Eu vou estar"...

Se eu tivesse que escolher outra maneira pra me expressar que não pelas minhas próprias palavras, com certeza seria através da música. Frequentemente faço isso, quando não sei o que dizer: uso palavras alheias, normalmente cantadas por pessoas que eu gosto ou admiro. Sim, música é vida, é memória, é momento, é saudade...

Mas não é sobre isso que eu quero falar hoje. Comecei o post com essa música por me identificar com essa frase hoje. Sabe aquelas coisas que acontecem e você não percebe? E aí quando você percebe, bate o desespero?

Estou em uma viagem com os meus avós, que não são novinhos: vovô tem 85 anos e a vovó 77. Muito mais do que os meus pais, os meus avós são os amores da minha vida!! Desde pequena, são os dois que acobertam as minhas travessuras, são os dois que me mimam, são os dois que me fazem passar na casa deles todos os dias simplesmente para dar um beijo, porque eles sentem saudades, e demonstram isso.. São os dois que reclamam que eu estou magra demais.. São os dois que compram ingredientes escondidos para me fazer queijadinha ou docinho de nozes de surpresa pro meu aniversário... São as pessoas mais inexplicáveis, incríveis e inenarráveis da minha vida.

A viagem está sendo ótima! Juro que ainda é possível ver os olhos do meu avô brilhando quando ele olha para a minha avó e vice-versa. Os dois caminham pelas ruas de mãos dadas e se preocupam um com o outro constantemente, a ponto de ser até motivo de pequenos desentendimentos. Mas os dois não são mais novinhos, e o reconhecimento disso me deu um desespero! Ver os dois lutando contra as suas dificuldades (esquecimentos, uma leve surdez, falta de atenção, cansaço) é de partir o coração. Reconhecer que os dois não são mais os mesmos, que a velhice também está chegando para eles, me dá esse desespero... Me faz chorar escondida a noite para que eles não percebam, e me faz querer colo...

Envelhecer é uma merda!

11 de julho de 2010

Proximidade

por ..bee.. às 00:34 1 gritos de felicidade
Quando eu fiz este post, em setembro do ano passado (diretamente do túnel do tempo!), tinha a intenção de escrever uma continuidade para ele: o que nos faz passar de "em estado de apaixonada" para apaixonada de fato? Acabaram acontecendo outras coisas que desviaram o meu foco e o tal post ficou esquecido. No entanto, hoje, enquanto escrevia uma carta para o Rato, acabei "esbarrando" em tal assunto de novo.

Então, respondendo à pergunta, eu acredito que a proximidade é o que nos faz apaixonar. Além daquilo tudo que já foi dito, acho que a proximidade é a piece de la resistance, é o que faz o cérebro (que até então estava segurando a onda) se jogar. Porque a proximidade normalmente acontece quando o cérebro não está preparado, quando começamos a curtir esse "estado de apaixonada". Quando a presença do outro na sua vida passa a ser algo natural, e no entanto, inquestionável.

Na verdade, a proximidade é a grande vilã da história. Ela tanto pode ajudar quanto piorar. Um exemplo? Lembra aquele seu ex-amor que você jurava que tinha esquecido e que dele não queria nem ouvir falar o nome? Advinha o que acontece quando de repente ele está por perto de novo? Com um novo visual (tão bonitinho!), os mesmo olhos castanhos pidões, a mesma atitude de rei do mundo... A proximidade nos faz pensar, ficar em dúvida.. Principalmente se aquele outro gatinho que você estava de olho, que andava tão próximo, de repente está mais distante... Mais frio, mais sem tempo para você...

Há tempos tenho notado certa reaproximação do Hippie na minha vida. Até então pensava que era apenas coincidência: estudamos juntos, é impossível não nos encontrarmos. Porém eu o percebo mais receptivo comigo. E sinceramente, não acho que isso seja apenas coisa da minha cabeça. Acontece que essa proximidade do Hippie mexe comigo de uma maneira que não deveria mexer... Junte a isso um certo afastamento do Rato... Resultado? Sim, eu quase fiz besteira.

Me pergunto se essa proximidade do Hippie mexe comigo pela carga do não resolvido que existe entre nós ou se é por algo a mais. Não sei. Quero acreditar do fundo do meu coração que é pelo não resolvido, mas conversando com uma amiga, ela me fez perceber que talvez não seja. Tenho medo que essa proximidade me faça cair no mesmo abismo e novamente ser "sugada" nesse turbilhão de emoções que ele é. Mas mais ainda, tenho medo de ter essas recaídas sempre que o meu "novo alguém" não estiver próximo.

Hmm... Sei lá! Só sei que teve uma época em que o Rato estava presente na minha vida, apesar da distância, e eu realmente sinto falta dele.

6 de julho de 2010

Das perguntas cretinas ou guerra dos sexos

por ..bee.. às 23:04 3 gritos de felicidade
Em determinados momentos de nossas vidas nos deparamos com umas perguntas cretinas que nos fazem pensar no impensável. Geminiana curiosa que sou, adoro fazer tais perguntas, mas odeio respondê-las. Odeio pelo simples fato de conseguir advogar sempre os dois lados de um mesmo caso, e com isso, nunca chego a lugar nenhum. O que faz com que eu sempre seja acusada de indecisa, de "em cima do muro", e até mesmo sem opinião.

O fato é que eu acho muito precipitado dar uma resposta definitiva. Me conheço bem e sei que uma das minhas maiores características é mudar de opinião. Então, como eu vou ser taxativa? Como responder uma coisa e ponto: nunca mais pensar naquilo? Se querem saber, o meu autoquestionamento é o que me move!

A pergunta cretina que originou esse post é: "quem se apaixona primeiro: o homem ou a mulher?". O Amante (meu calouro desse ano S2) tem um blog bastante legal, e fez essa pergunta em forma de enquete. Conversamos bastante sobre o assunto e chegamos a conclusão de que cada um responde a essa pergunta de acordo com as sua experiências pessoais. Então, vamos às minhas...

Eu acredito que os homens se apaixonam primeiro, no entanto, nós mulheres (por sermos viciadas em romance) admitimos primeiro. O problema desse nosso vício é que acabamos confundindo corrente de ar com frio na barriga e pronto: lá estamos nós jurando amor eterno... Acontece que normalmente quem dá o primeiro passo são eles (falem o que for, mas ainda vivemos numa sociedade machista e ainda é assim sim!), e quem escolhe manter o contato também. Minhas últimas experiências com cafas e afins me levam a crer que o contato só continua se há um interesse legítimo masculino. Com isso, eles já abrem uma brecha para algo mais, e de certa maneira, já deixam a guarda baixa (pelo menos um pouquinho). E como paixão é coisa que acontece e não se explica.. Pronto! Aí está o bobo já apaixonado por você... Mesmo que ele continue com aquele papo de "amor livre", de que não quer compromisso.

Repito que tudo o que eu digo aqui não é ciência exata: a maioria das coisas é "achômetro" puro. Comigo foi assim nas últimas vezes: ele se apaixonou primeiro, mas eu admiti antes. De certa maneira, acho mais fácil assim. Boba que eu sou, não sei me apaixonar sem me jogar.. E é muito melhor se jogar quando pelo menos se desconfia que vai ter alguém lá embaixo para te segurar...

8 de junho de 2010

surto romântico

por ..bee.. às 11:48 2 gritos de felicidade
Ele costumava passar por aqui, mas agora nem sei. Acho que ele esqueceu de mim aqui. Talvez seja o final de período. Talvez seja a nova namorada. Talvez sejam os problemas. Talvez ele não tenha esquecido, só... não tenha comentado. Talvez...

Conversamos ontem, contei pra ele do Espantalho. E ele disse que tem que me deixar seguir em frente. Não quero seguir em frente, porque é ele quem eu amo. Por mais que seja errado, por mais que seja impossível (mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só uma questão de opinião)... Já tive que tentar esquecê-lo uma vez e não deu certo. Talvez essa seja a nossa "coisa": tem sempre que ter um empecílio pra sabermos que é real.

Falta muita coisa para termos a certeza de que é real, ele diz. Eu digo que não. O fundamental existe. Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho.

Acredito que quando se ama alguém, você quer ver a outra pessoa feliz, independente de ser com você ou não. Atraso de vida ou não, vc é quem eu amo! Mas tb quem eu não posso ter pq vc nunca vai ser só meu... Eh claro que eu não vou fugir de vc. Mas tenho q te da a chance de seguir em frente... Ja q nunca eh muito tempo. E foi aí que eu percebi: ele realmente me ama.

E se eu o amo também, por que tenho que ficar achando meios de não ficarmos juntos? Por que deixar a razão falar mais alto justo agora?

Então, Rato, eu te pergunto: podemos esquecer o ontem e começar um novo amanhã, juntos?

7 de junho de 2010

"Maldita Sorte" às avessas

por ..bee.. às 11:06 0 gritos de felicidade
Momento cinema: já viram o filme "Maldita Sorte"? O filme é relativamente velho (2007), e eu o assisti em uma madrugada dessas sem nada para fazer na HBO. A princípio, não levei fé no roteiro não, mas como ele conta com colírios (Dane Cook e Jessica Alba) resolvi arriscar. O filme conta a história de Charlie, um cara que foi amaldiçoado por uma colega de escola quando ele tinha 10 anos, e com isso, toda mulher que fica com ele, se casa logo depois. Com isso, toda mulher que quer casar, acaba procurando ele e transando com ele. (aliás, tem umas cenas hilárias de várias posições sexuais diferentes) Porém, ele acaba conhecendo a Cam, uma garota por quem ele realmente se apaixona, e então ele faz de tudo para não transar com ela para não perdê-la. Só vendo o filme mesmo. Não é nenhuma obra prima do cinema, mas serve para dar umas boas gargalhadas.

Comecei esse post falando desse filme porque ultimamente eu estou me sentindo o Charlie. Os três últimos garotos que eu fiquei por mais tempo, começaram a namorar logo depois que nós "terminamos" (um deles nem chegou a terminar...). Além de mim, o que eles tinham em comum? A verdadeira repulsa e aversão a ideia de namorar.

Tento o máximo possível respeitar o espaço alheio, no entanto, para que isso acontece, tem que existir sinceridade, de ambas as partes. Quando alguém fala que não quer namorar, eu entendo que não devo forçar esse limite, que devo me envolver sem esperanças de que aquele relacionamente vai "evoluir". Ou como eu costumo dizer pro Ator: por minha conta e risco.

Às vezes me questiono se o meu erro não é esse: respeitar e não forçar a barra. Querer as coisas, mas por medo de invadir o espaço alheio, simplesmente não externalizar isso. Deixar "meus homens" soltos porque eu não gosto de ser presa. Julgar as pessoas por mim. Sempre fico com a impressão de que as pessoas possessivas e ciumentas ganham mais porque dizem: "Fulano é meu!". Mas acho mesmo essa sensação de posse tão mesquinha, tão egoísta! Não quero pertencer a ninguém. Não quero ser uma mercadoria. Quero ser amada. Respeitada.

Porém, considerando esses últimos acontecimentos, me pergunto se o problema não sou eu. Se talvez essa minha liberdade seja a culpada de eu nunca ser a noiva, mas sempre a dama de honra. Sim, os caras ficam comigo, mas quando o assunto é namorar, eles sempre escolhem outra. E a pergunta que não me sai da cabeça é: por que não eu?

Por enquanto, ainda acredito que é porque eu sou especial e diferente, e são poucos os que aguentam isso.

17 de maio de 2010

Encontros e desencontros: o Espantalho

por ..bee.. às 14:09 3 gritos de felicidade
No auge dos meus 16 anos, eu o conheci. Garotinha boba, era a dona do mundo dentro do colégio, até resolver tentar a sorte em um outro. Colégio menor, mas mais assustador, afinal eu havia estudado no outro a minha vida inteira e todo mundo me conhecia. Ainda me sentia um peixinho fora d'água, querendo me adptar e ao mesmo tempo me descobrir, saber que eu era.

Eu o conheci nas Olimpíadas. Ele era o completo oposto de mim. Pisciano, tímido.. Enquanto eu estava sentada em uma roda de amigos, ele estava em um canto, apenas observando. Nossos olhares se cruzaram e eu comecei o meu jogo. Queria saber que era aquele cara. Alto, bonito, cabelos castanhos claros de cachinhos, olhos castanhos claros. Olhar marcante, mas carinha de assustado, de menino. Um amigo em comum nos apresentou e começamos a conversar em um grupo de 6 ou 7 pessoas. De repente eu percebi que as outras pessoas sumiram, e que nós estávamos sozinhos conversando há bastante tempo já. Gostei dele. Era o tipo de pessoa que conversava com os olhos. No final do dia, eu já estava falando que o amava.

As Olimpíadas eram na última semana de aula, e assim que acabaram, entramos de férias de meio de ano. Tratei de conseguir o msn dele e aí foi o real começo de tudo. Passávamos horas conversando dos assuntos mais variados possíveis: amor, filosofia, cultura inútil... Ele se tornou meu fiel companheiro das madrugadas de insônia. O Espantalho é uma das pessoas mais curiosas que eu conheço (e mais inteligentes também!): qualquer assunto é papo, qualquer oportunidade de aprender algo novo é lucro, qualquer pesquisa pode ser divertida! Ele era meu confidente. Falávamos besteiras, falávamos de coisas sérias. E eu já disse e repito: você quer conquistar um geminiano? Converse com ele! Converse muito e mostre que você consegue acompanhar o ritmo dele: ele vai estar nas suas mãos em dois tempos.

Eu adorava falar besteiras, sempre o deixava sem graça no início.. Mas depois ele se acostumou. Em uma dessas madrugadas à toa, eu lhe disse que ele era melhor que Jack Daniel's (sempre disse para ele que Jack Daniel's era o melhor amigo de toda mulher) e foi daí que veio o seu primeiro apelido: Jack. Gosto de dar apelidos às pessoas, gosto da noção de intimidade que isso nos dá, mas mais ainda gosto da ideia de ter um algo especial. O Espantalho veio depois de um episódio de Nip/Tuck, no qual uma mulher se suicidava na frente do amante porque ela descobriu um câncer de mama, e não queria "definhar" ou fazer a quimioterapia. Ela se despedia dele assim: "Adeus, Espantalho! De todas as pessoas desse mundo, você é de quem eu mais vou sentir falta.". Naquela noite, eu me despedi dele assim. E o apelido pegou. Jack Scarecrow: o meu Espantalho.

Como não podia deixar de ser, acabei me apaixonando pelo Espantalho. Ele foi a primeira pessoa para quem eu me declarei. Para quem eu disse com todas as letras: estou apaixonada por você. Sofri quando ele disse que não era recíproco. Chorei. Superei e comecei a namorar. Foi então que ele se descobriu apaixonado por mim. Mas eu não podia simplesmente largar o meu namorado, não podia não tentar viver uma outra história, não saber onde ela me levaria. Choramos juntos, lamentamos o desencontro e a ironia do destino. Poucos meses depois, eu terminei meu namoro. Corri para contar para o Espantalho, mas dessa vez era ele quem estava envolvido com alguém. Respeitei o espaço dele, assim como ele respeitou o meu. Mas continuamos amigos, continuamos por perto um do outro.

Ao longo de 6 anos, nos tornamos bons amigos. Daqueles que não estão o tempo todo juntos, mas que quando precisam sabem onde encontrar. Daqueles que estão sempre no pensamento um do outro, mesmo quando não estão por perto. No início do ano passado, estávamos ambos solteiros e resolvemos sair. Nada demais, uma tarde no shopping, com açúcar, café, boa conversa, boa companhia. Tive medo de arriscar alguma coisa, ele tentou, eu travei. Não sei ao certo o motivo. Tenho medo de magoar o Espantalho e perdê-lo. Tenho medo que o nosso tempo já tenha passado e que insistir nisso seja uma burrice.

Ao longo de 6 anos, tivemos muitos encontros e desencontros. Ele sempre esteve junto de mim em momentos bons, em momentos ruins, em momentos de crise. Ele é sempre uma constante na minha vida. Ele é o homem com quem eu posso contar. Ele é aquele cara que sempre me viu chorando por outros caras, aquele que dizia que os idiotas eram eles, que não me mereciam. Ele é um amigo com nenhum outro. Ele é a pessoa que me conhece e que me entende quando nem eu mesma me entendo. Ele é o meu Espantalho. Ele é ele! E sim, ele é o único homem de quem eu morroooooooo de ciúmes toda vez que me conta uma história sobre uma nova garota.

#amomto

5 de maio de 2010

Always the bride's made, never the bride

por ..bee.. às 13:17 2 gritos de felicidade
Musiquinha da Madonna que já dá o tom de como eu estou ultimamente, né?! E se a próxima coisa boa não for tão boa assim?! Chegou a hora de contar a história do WildCat aqui.

Nos conhecemos numa baladinha, como eu já falei. Me xinguei de burra e muito mais quando não peguei o telefone dele ou o msn. Acontece que o destino deu uma mãozinha ao acaso e... Duas semanas depois nos esbarramos na mesma balada. Fofo, ele veio falar comigo, perguntou porque eu não o adicionei no orkut e.. Conversa vai, conversa vem, ficamos e trocamos contatos. Noite ótima!

Continuamos aquele flerte por msn na semana seguinte, e acabamos marcando de sair. Íamos a um barzinho, mas chegando lá ele lembrou que tinha jogo do Flamengo, e então fui eu, toda trabalhada no salto alto e vestido vermelho fatal para um botequim ver jogo. Tudo bem, teria ido para a lua com ele se ele tivesse pedido! =X Chegamos no botequim, e a irmã dele e os amigos também estavam lá. Confesso que fiquei brochada. O que era pra ser um programinha casalzinho, acabou se tornando um programa de galera. Mas gostei de conhecer a irmã dele. Ela fui super simpática comigo, e acabou me deixando em casa depois.

Não sou o tipo de menina que coloca pressão para encontros acontecerem, ou que acha que só porque saiu mais de uma vez vai acontecer algo... Até porque o Carnaval era uma semana depois e ele já tinha comentado que iria para Diamantina. Sumi do mapa! Mas fiquei com gostinho de quero mais. Em um belo sábado a noite, saí para o videokê com umas amigas da época de colégio e resolvi mandar sms para ele, como quem não quer nada. Não foi a minha surpresa quando ele não respondeu.

Porém, dois dias depois recebi uma sms de volta, dizendo que ele estava sem crédito. Há essa altura, eu já estava pensando: "Beleza, tah na minha rede!". Continuei o contato e acabamos saindo de novo naquela semana.. Para uma festinha de medicina dessa vez.

Se ninguém percebeu isso ainda, eu sou usuária acídua de tecnologia. Tenho blog, msn, orkut, facebook, twitter e não sei viver sem meu celular ou internet. Assim sendo, meus contatos com as pessoas normalmente variam entre um desses meios de comunicação, raramente uso o telefone, a não ser que seja o celular. E dessa forma, fui mantendo contato com o WildCat. Achava fofo como ele sempre me respondia, sempre me chamando de linda. Vamos combinar? Quando você tem um cara que é praticamente galãzinho na cidade, que parece com o Zac Effron (daí o apelido), te respondendo sms e te "dando moral" (como nós dizemos aqui no Rio), o ego agradece, né?!

O auge dessa comunicação toda foi no feriado passado. Depois de alguns desencontros, ele disse que não viajaria no feriado e que poderíamos fazer alguma coisa. Como eu estaria sozinha em casa, convidei-o para assistir filme e beber vinho. Minhas amigas também iriam, então não teria "perigo". Ele foi um fofo! Levou os filmes, levou sorvete de morango para mim (eu falei que amava sorvete de morango na 1ª vez que a gente ficou). Ficamos de casalzinho a noite inteira, e ele fazendo questão de conversar com as minhas amigas, super interagindo, sem o menor problema. Pensei: "hum, esse é um achado!".

Domingo a noite, mando eu uma sms pro WildCat e começam os sinais de problema: ele não respondeu. Mulher burra que sou, ignoro os sinais e penso: "ah! ele deve estar sem créditos!". Eu sabia, mas queria ignorar os fatos. Aquela boa e velha história: se isso te faz feliz, não pode ser tão ruim. Esperei a semana inteira, e nada dele responder. Ignorando o bom senso e os conselhos das minhas amigas, na 5ª feira eu mandei um sms dizendo que iria em uma festinha de medicina com tequila (eu sabia que ele adora tequila). E nada do sujeito responder. Pensava que pelo menos ele apareceria na festa. E nada!

Ontem fui ver meu orkut, e quem tinha fuxicado? O próprio! Fui fuxicar de volta (mania!!!) e deixar um recadinho e advinha o que eu encontro?! Não é que o PALHAÇO está namorando?! UMA semana depois de ter ido lá em casa e sido todo fofo?!?! É nessas horas que eu lembro da Roberta do HTP: é tudo palhaço mesmo! Nem pra ter a descência de me dizer que está namorando...

1 de maio de 2010

Descobri que sou muito boba...

por ..bee.. às 23:29 2 gritos de felicidade
Estava relendo as cartas que eu escrevi e não mandei e descobri que eu sou muito boba quando estou apaixonada. Faz tempo que eu sigo o Mulé Burra, mas ainda tinha a esperança de não me encaixar nesse padrão. No meu caso, acho que talvez isso se deva à minha mãe. Não, não quero culpar a minha mãe pelos meus problemas, só estou constatando um fato: o exemplo que eu tive dela.

Escorpiana, minha mãe é mulher intensa, que ama incondicionalmente. Casou com o 1º namoradinho mais sério que teve: meu pai, pisiciano indeciso. Passaram por poucas e boas juntos, e ela sempre acreditou que seria assim. Acho que ela teria enfrentado o mundo inteiro se soubesse que ia ser assim para sempre: os dois juntos.De certa forma, acho até que ela enfrentou. Quando todo mundo dizia para ela desistir, ela insistiu. Por ela, pelo meu pai, e por mim e pela minha irmã. Talvez ela tenha ido além dos limites dela, mas tenho certeza de que ela acreditava profundamente que estava fazendo a coisa certa, lutando pelo amor.

Meus pais perderam o 1º filho deles, meu irmão mais velho Fernando, quando ele tinha 2 aninhos. Os dois ficaram um caco, minha mãe não queria sair da cama mais e meu pai ia para casa cada vez menos. Nessa, meu pai acabou conhecendo um outra mulher, que tinha um filho com a idade do Fernando e eles tiveram um caso. Quando meu pai voltou com a minha mãe (sim, minha mãe sabia do caso e o aceitou de volta mesmo assim), tanto mamãe quanto a outra mulher descobriram-se grávidas. Mulher forte e decidida que é, minha mãe confrontou o meu pai e mandou ele escolher, porque com as duas ele não ficaria. Meu pai quis ficar com a minha mãe e eu. A outra mulher prometeu não interferir na nossa vida, e assim ela o fez. Minha mãe no entanto fazia questão de lembrar o meu pai que ele tinha outro filho além de mim. Sempre que eles saiam, e compravam alguma coisa para mim, compravam para o Vinícius também. Meu pai não quis muito contato com o meu irmão, mas quando crescemos, eu e a minha irmã conhecemos o Vinícius. Mais uma vez ressalto a força e a determinação da minha mãe: quem nos contou a história toda foi ela, e quem nos apresentou também.

Acredito que sou quem eu sou hoje devido à maneira como ela me criou. Minha mãe é uma leoa quando se trata de defender quem ela ama e o que ela acredita. Acho que sou um pouco assim também. Mas mais ainda, minha mãe é aquela mulher que faz de tudo por quem ela ama, para não ter arrependimentos, para que ela saiba que ela tentou de tudo, e se não deu certo era porque não era para ser mesmo. Talvez vocês a julguem como submissa demais, e eu confesso que por muito tempo eu a julguei assim também. Mas hoje eu vejo de uma maneira diferente. Minha mãe é aquela mulher que ama incondicionalmente. E eu... Eu sou aquela que compra roupinha para o bebê dele com a outra.

Sim, eu sou uma boba mesmo.

25 de abril de 2010

Glamour portenho

por ..bee.. às 16:22 1 gritos de felicidade
Oficialmente, amanhã, 26 de Abril, à partir das 11:22 começa a contagem: 1 mês para o meu aniversário! \o/ E é justamente devido a esse clima comemorativo que eu mudei o layout do blog para algo mais glamouroso! Afinal, 23 anos é puro glamour! hehehe

Bom, mamys está voltando de Buenos Aires hoje, então em breve estarei postando as impressões dela da cidade, e principalmente das compras portenhas, aqui no http://www.manualdafutilidade.blogspot.com/

Para quem não conhece, esse outro blog eu escrevo junto de dois amigos queridos sem os quais eu seria apenas mais uma garota fútil! Dicas de beauté, saúde, moda.. Vocês encontram tudo isso lá! Vale à pena dar uma conferidade na nossa futilidade! Hehehe...

23 de abril de 2010

Ready? Set. GO!

por ..bee.. às 17:59 2 gritos de felicidade
Responda rápido: relacionamento a distância funciona? E um quase relacionamento? (...) Ficaram confusos? Pois é, eu também. E o que fazer quando a chance de criar um relacionamento de fato é interrompida abruptamente por acaso do destino? Mais confuso ainda, né?

Tudo bem, explico. Passei por três momentos diferentes nas últimas quatro semanas e estou confusa. Em momentos de desespero, cheguei a postar aqui, tentanto me esclarecer. O fato é que tanto aconteceu que eu tive uma verdadeira "brain storm" e não consegui me concentrar em um só assunto para escrever aqui. Porém agora acho que consigo pelo menos esclarecer as coisas. Preparados? Vamos lá!

Na primeira semana, Nossa Senhora dos Celulares não colaborou comigo. Após um porre homérico de vodka com guaraná, fui deixada sozinha por 5 minutos. O suficiente para se fazer uma besteira: mandei mensagem para o Rato.. "te amo, seu idiota!". Como eu estava de porre, só fui lembrar disso no dia seguinte, quando recebi uma mensagem de volta: "como assim, você me ama?". Entrei em pânico, achei que tinha arruinado tudo e deixei o orgulho tomar conta de mim. Respondi que era coisa de bêbada e deixei para lá. Mas fiquei curiosa com o que ele pensava ou sentia. O Rato sempre foi muito sincero, mas não gosta de ser colocado contra a parede, apesar me colocar contra a parede o tempo todo. Precisava fugir disso. Não queria responder que era verdade mesmo, e que já o amava há um tempo.

Na segunda semana, problemas no paraíso. Rato tenso, cheio de problemas. Foi então que veio a bomba. Duas bombas eu diria, uma boa e outra ruim. Não podíamos ficar juntos, mas ele me amava. Foi como eu disse aqui. E uma dor sem tamanho tomou conta de mim. Como eu puder ser tão burra e orgulhosa? Eu já não tinha aprendido que orgulho não leva a lugar nenhum?!? Como eu pude imaginar que teríamos todo o tempo do mundo para viver, para estarmos juntos, para dizer "eu te amo"?
Quis me esconder a semana inteira. Só pensava em chorar. Foi aí que eu entendi a Bella (Crepúsculo). Cheguei ao fundo do poço. Queria externalizar essa dor de alguma forma física. Saí para dançar, me arrumei, mas era como se fosse uma experiência fora do corpo: não era eu. Estava com a minha melhor roupa, com o meu melhor salto alto, minha mais bonita maquiagem, meu cigarro na mão, minha pose de mulher fatal. Estava tudo lá, menos eu.

Na terceira semana, eu entendi que teria que esquecê-lo, custasse o que fosse. Aceitei que teria que me afastar por mais que eu não quisesse. Percebi que eu teria que ser gente grande e dar a volta por cima. Nos apaixonamos, mas não podemos ficar juntos. Truque do destino. Não só seria um relacionamento a distância, quanto teriam outras complicações.
Como se faz pra esquecer um quase amor? Mergulhe de cabeça na próxima coisa boa e dê adeus sem olhar para trás. E se a próxima coisa boa aparece na sua vida sem você pedir? Você aceita! Você entende que isso é um sinal, e que de certa forma, alguém está te dizendo: "você vai ficar bem.". A próxima coisa boa é o Wild Cat. (mais tarde conto a história dele, mas já adianto que ele foi mencionado aqui.

Na quarta semana, o alívio. Tudo não passou de alarme falso. Não existe mais nada que nos impeça de ficarem juntos, a não ser a distância. A distância é algo contornável. E agora? Acabou a dor, o sofrimento, a necessidade de esquecer. Mas os "eu te amo" voltaram a ser velados. A falta de certeza voltou a dominar. Lembrei de Vicky Cristina Barcelona: "Maria Helena used to say that only unfulfilled love can be romantic" (Maria Helena dizia que apenas o amor não realizado pode ser romântico). Talvez esse seja o nosso caso. Talvez não. Quero acreditar que não.
Porém, a próxima coisa boa cresceu nessa semana. E me fez sorrir quando ninguém mais fazia. E me deixou confusa. A próxima coisa boa é realmente boa e isso me assusta porque me deixa dividida. Até porque, a próxima coisa boa está por perto, está presente. Responde meus sms, manda sms do nada. E me faz esquecer o Rato quando eu estou com ele.

Sim, estou confusa, muito confusa.

12 de abril de 2010

"eu te amo" pode não ser o suficiente...

por ..bee.. às 19:32 3 gritos de felicidade
Ele disse "eu te amo". Uma, duas, três vezes. Disse, insistiu.

Eu acreditei.

Eu acredito. Também o amo. Mas existe tanta coisa acontecendo que eu nem sei.
Amo. Amo mesmo. Fiquei feliz quando ele disse que me ama também, que mulher não ficaria? Mas acho que nesse caso, "eu te amo" não é suficiente.

Sem querer criei esperanças, mesmo querendo não criar. "Não quero abrir mão de você", ele disse. "Não é justo comigo.". Concordo, disse isso para ele desde o início. Mas a questão é: ele assumiu um relacionamento. Não estou querendo ser hipócrita, sei bem que já disse aqui que já fiquei com homens comprometidos. Mas não quando o sentimento vai além de puro tesão.

Eu o amo. Amo mesmo. Mas não vou ficar sendo a outra.

6 de abril de 2010

Receita para um coração partido

por ..bee.. às 20:48 1 gritos de felicidade
Lembra aquele post felizinho e apaixonadinho?! Então, se ele fosse papel estava rasgado e mil pedacinhos e queimado!

Sim, quebrei a cara! Me apaixonei, arrisquei e dancei... Estou começando a recolher os milhões de cacos que se espalharam por aí (de novo)... Não quero falar sobre isso ainda.

Receita para um coração partido:

- junte 3 ou 4 amigas, solteiras de preferência
- escolha uma balada boa
- coloque uma roupa que te faça sentir sexy (não esqueça o salto alto)
- flerte com todos os caras que você achar bonitinho, mas não fique com nenhum deles
- DANCE! Dance muito!!! Até seus pés ficarem doendo, até não sentir suas pernas, até perder a noção do mundo. Até sentir dor, muita dor. A dor física ajuda a esclarecer a emocional, e passa com um Dorflex ou Neosaldina.

4 de abril de 2010

Sobre homens...

por ..bee.. às 20:38 0 gritos de felicidade
Blog abandonado! u.u"

Não de propósito, juro! É só que ultimamente tem acontecido bastante coisa na minha vida, e eu podia dizer que estou sem tempo, mas na verdade, estou com preguiça mesmo. xD
Na tentativa de não pensar no que realmente está me incomodando e me deixando inquieta, resolvi escrever o resultado de uma pesquisa antropológica realizada nessas férias. É importante ressaltar que, apesar de eu me referir a esse estudo como uma pesquisa, não existe um fundamento científico: a pesquisa surgiu de uma conversa entre amigas, e da tentativa de compreender um pouco mais essas criaturas complexas que são os homens.

Responda sinceramente: quando você mulher quer arrasar em uma balada, qual é a roupa que você escolhe? Para mim, a resposta é óbvia - vestido vermelho. Porém, nem todas as minhas amigas concordaram: o vestido é unânime, mas a cor foi um ponto de discórdia. Resolvemos então fazer o teste, uma vez que era férias, e ninguém ia viajar...

Saímos todos os fins de semana. Sexta e sábado. Sempre tinha a menina com o vestido vermelho e a menina com o vestido preto. Variávamos o ambiente, variávamos os vestidos: a que estava
com o vestido vermelho na semana anterior usava o preto na seguinte, e vice-versa. E observávamos a reação das pessoas, principalmente a dos homens. Escolhíamos os alvos no início da noite, e deixávamos rolar. Nada de ataque direto, apenas uma troca de olhares, uma pequena aproximação, tudo para encorajar o "approach" do alvo. E noite após noite o resultado era o mesmo: a menina de vestido vermelho sempre conseguia atingir o seu alvo. A de preto conseguia às vezes. Outra observação importa era que, a de preto sempre tinha que aturar brutos e catiços da mais variada categoria achando que tinham uma chance com a gata. A de vermelho não.

A partir desses dados, chegamos a uma conclusão. Quando uma mulher sai de vermelho, ela toma para si o ar de femme fatale e o incorpora. Isso acaba intimidando os homens, e só aqueles
que são extremamente confiantes ou que se sentirem desafiados vão se aproximar. O que a coloca em um posição de poder: ela pode escolher quem ela quiser na balada que ela vai conseguir. Já a mulher de preto sempre faz sucesso na noite, mas não intimida tanto quanto a de vermelho. O vestido preto tem um impacto menor, digamos assim, o que faz com que qualquer um com uma dose de coragem a mais (leia-se álcool) se aproxime.

No entanto, o Ator como sempre é a exceção da minha teoria. Segundo ele, a mulher de preto é mais sexy, logo ele ia preferir chegar nela do que na de vermelho. Mas sei lá. A pesquisa foi uma maneira divertida de passar o tempo nas férias. Acho que no fundo no fundo, tudo depende mesmo da atitude, da postura e da vibe. Confesso que teve vezes que eu saí de preto e que eu estava muito mais confiante do que de vermelho, e consegui o meu alvo da noite mesmo assim. Mas tive que dispensar um monte de sapos antes de beijar o meu príncipe.

Enfim, quando o assunto é comportamente humano, existem milhares de teorias concretas e com embasamento científico. Mas eu sou uma observadora curiosa apenas, que manipula as teorias para ter os resultados que a agradam. =X

22 de março de 2010

Borboletas sempre voltam...

por ..bee.. às 18:40 0 gritos de felicidade


(na foto: tio Virgílio [camisa cinza], tio Nilton [camisa branca] e vovô Jorge.)

Não acho que as pessoas deviam morrer. Ou bichos. Ou coisas. Não acho que ninguém devia ser obrigado a lidar com a morte. Acho que chegado o momento, devia-se simplesmente virar uma borboleta. Linda, colorida, feliz. Que voaria para o céu e nunca mais se veria. Mas se teria a certeza de que ela está bem. Adoraria virar uma borboleta e borboletear por aí, livre. Voltaria quando sentisse saudades, e tenho certeza de que os meus, aqueles que também sentem saudades de mim, saberiam me identificar em um milhão de outras borboletas.

Ninguém sabe lidar com a morte. Mesmo que ela seja esperada, mesmo que seja indolor, sempre fica algo. Sempre é triste. Sempre é despedida para sempre. Mas talvez nós só sintamos isso porque a nossa sociedade cultua a morte, as despedidas. Acho velório e enterro desnecessário. Não gosto de lembrar das pessoas ali, deitadas em um caixão. Em toda a minha vida, só estive em três velórios, e em nenhum dos três eu quis ver o morto. Prefiro lembrar da vida, dos sorrisos, das coisas boas.

No entanto, cada um lida com a morte de um jeito. E a sente também. A minha família cozinha. Não sei se é tradição, se os meus bisavós e tataravós faziam assim, só sei que nós o fazemos. Acho que é um jeito de cuidarmos uns dos outros e de certa formas dizermos que as coisas ficarão bem. Cozinhamos porque talvez a comida seja uma forma de celebrar a vida. Cozinhamos um batalhão de comida e nem sabemos para quem, porque nunca conseguimos comer. Ficamos sentados a mesa, olhando uns para os outros, como se tivéssemos nos confortando. A morte dói. A ausência, o silêncio.

Meu tio-avô faleceu essa manhã. Eu estava apenas começando a conhecê-lo. Mas de certa forma, fico feliz que eu o tenha conhecido. Que tenha conversado com ele, me emocionado. Que tenha lhe proporcionado a felicidade de ver a família reunida, pelo menos mais uma vez. Tem horas que eu acho que ele fez de propósito, sabe? Eu só conheci meu outro tio-avô e primos (muitos primos) por causa dele. Não vou esquecer nunca os momentos felizes no sítio em JF ou o almoço há 2 semanas atrás. Tinha tanto que eu ainda queria aprender com ele! Sempre sorrindo, fazendo caretas, preocupado se nós estávamos nos divertindo. Pescando no seu lago, pelo simples prazer de pescar, porque soltava os peixes depois. A conversa silenciosa, a permissão para entrar naquele mundo só dele, o sorriso. No rosto uma expressão de alguém que já tinha vivido poucas e boas, mas que se orgulhava disso. O último abraço. Gostoso!! E a promessa de que faríamos reuniões de família mais vezes...

É, tio Virgílio! Quem sabe quando eu virar uma borboleta também?!


19 de março de 2010

Taking chances

por ..bee.. às 15:42 1 gritos de felicidade
Tal qual Don Juan de Marco, esta geminiana aqui sofre de um romantismo incurável. Porém já tinha desistido do amor há um tempo. Estava mais focada no lado prático da questão e julgava estar me saindo muito bem, até que eu o conheci. Não sei ao certo o que me acontece, acho que é ironia do destino mesmo, que toda vez que eu estou segura o suficiente de uma questão a ponto de cair no cinismo, algo acontece e me sacode. Me abala as estruturas e me faz repensar. Agradeço por isso, sério mesmo!

Eu o conheci e nem dei muita atenção ao fato. Conversávamos horas pelo msn. Era divertido. Escorpiano (sempre!!), inteligente, me fazia rir. Para alguém que se apaixona como quem troca de roupa, era um desafio e tanto. Sorte não tê-lo por perto. E foi então que ele lançou o desafio máximo: "olha, eu tenho que te avisar que eu não sou o tipo de cara por quem uma menina deve se apaixonar.". Tudo bem, eu não ia ficar por baixo: "Acontece que eu já sou bem grandinha para saber onde eu posso ou não pisar. Mas tudo bem, você me avisou, pode ter a sua consciência limpa. Agora é por minha conta e risco..."

Também não me considero "girlfriend material", sabe? Tenho mil e um defeitos, inclusive o meu cinismo recém-adquirido. Mas tinha algo nele que me testava... Tinha vontade de fazê-lo engolir aquelas palavras... Não se apaixona?! Vamos ver!! E então veio o jogo. Desafio maior ainda: quem faz quem se apaixonar primeiro... Sim, eu quero o que eu não posso ter. Coisa de menina mimada, eu sei. Mas se eu quero, eu vou fazer de tudo para conseguir.

O que ninguém te avisa é que, para tentar ganhar esse jogo, você tem que se envolver, para ganhar a confiança alheia. E quanto mais você se envolve, mais você acaba se entregando também... E eu fui me envolvendo, com o intuito de tirar a armadura dele. Fui me envolvendo sem perceber. Ainda achava que tinha tudo sob controle, tentando manter a distância. Até que conversávamos todos os dias no msn, sobre tudo e sobre nada. Até que vieram sms, depos no orkut. Até que eu fui viajar, e ganhei um sms dele em pleno sábado a noite, antes de sair para a farra. Até que os sms ficaram cada vez mais constantes. Até que eu passei a sentir a falta dele. E ele começou a habitar meus pensamentos antes de eu ir dormir...

Fui me envolvendo até não ter mais volta, e não percebi. Até que o cara irritante, arrogante, convencido, se mostrou um grande amigo. Um homem com jeitinho de garoto, faceiro, cheio de vida. Até eu ficar encantada com a sinceridade dele e com o quanto nos combinávamos. Até eu perceber que esse escorpiano irritante, de repente podia ser tudo o que o médico prescreveu para essa geminiana desiludida. Agora não tem mais volta.

"Você não sabe sobre o meu passado
E eu não tenho uma certeza de futuro
E talvez isso esteja indo rápido demais
E talvez não vá durar

Mas o que você me diz de correr o risco?
O que me diz de pular do penhasco?
Sem saber se é vai ter chão lá embaixo
Ou uma mão para te segurar, ou o inferno

O que vc me diz?"*



*tradução da música Taking Chances

10 de março de 2010

8 de março de 2009

por ..bee.. às 22:26 4 gritos de felicidade
Quando terminamos o nosso namoro, o Ex e eu decidimos que ainda seríamos amigos. Afinal, tinham sido 3 anos de amor, cumplicidade e amizade. Ele era o meu melhor amigo, meu porto-seguro... O primeiro para quem eu contava as coisas... E de tudo, foi disso que eu senti mais falta.

O ponto final foi apenas a gota d'água. Já estávamos desgastados, os dois sabiam disso, mas lutavam contra os fatos com uma força sem igual. Eu sou que tinha terminado quando ele foi grosso comigo e me desrespeitou na frente da minha família. Ali eu decidi colocar o ponto final. Sabia que eu ia sofrer, mas desrespeito eu não podia tolerar. Não existe amor sem respeito. Terminamos e acabamos tendo um encontro perfeito. Não queríamos aquele clima deprê de despedida e fomos passear de moto. Jantamos, conversamos, rimos.. E ele me deixou em casa com um "te ligo amanhã", que os dois sabiam que jamais aconteceria...

Não vou dizer que foi fácil, mas também não foi o fim do mundo. Cheguei à conclusão de que nos últimos 6 meses que estávamos juntos nós éramos mais amigos com benefícios do que namorados apaixonados. Quando eu me apaixonei pelo Garotão, depois de ter voltado de Maceió, eu liguei para ele e nós saímos para tomar uma cerveja e por o papo em dia, como amigos que dissemos que seríamos. Contei para ele do Garotão e foi então que eu percebi que jamais seríamos amigos. Não, ele nào brigou, não chorou, não gritou... Ele simplesmente sorriu e disse: "fico feliz por você". E foi assim, de repente, que eu vi que o garoto legal que eu tinha namorado, de alguma forma não estava mais ali. Nem o meu melhor amigo.

Não o culpo, eu também já não era mais a mesma. E foi justamente por isso que percebi que jamais seríamos amigos de novo. Tanto eu quanto ele estaríamos sempre esperando/procurando aquelas pessoas que não somos mais.

8 de março de 2010

The first step is the deepest...

por ..bee.. às 16:52 4 gritos de felicidade
Meu cérebro está estranho, agora sempre que eu venho escrever post novo aqui ele lembra de uma música e eu fico cantarolando. Mas hoje eu percebi que as músicas normalmente têm relação com o que eu escolho dividir com vocês aqui.

Queridas, hoje é o Dia Internacional da Mulher! Parabéns a todas nós, guerreiras, batalhadoras, lutadoras, sonhadoras, conquistadoras... Mães, amigas, irmãs, filhas, sobrinhas, primas... Loiras, morenas, ruivas... É fato: fazemos tudo o que um homem pode fazer, e ainda muito mais elegante com salto alto!! hehehehe... E não desistimos. Nunca! Sim, o primeiro passo é sempre o mais difícil, mas mesmo assim, sempre encontramos força em algum lugar para dá-lo.

Deixo uma pequena homenagem da forma de poema a nós, mulheres! Não sei de quem é autoria desse poema (e se alguém souber, por favor me diga para eu creditá-lo devidamente), mas o recebi por email.



Poema da Mulher

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado.
Um primo meio tarado.
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir.
Um porre de cair.
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida.
Em ser muito feliz na vida.
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela.
Jogar os filhos pela janela.
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada.
Para aturar uma empregada.
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade.
Uma alface, no almoço, por vaidade.
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber.
A barriga para emagrecer.
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone.
Que não pensa em silicone.
Ou que “dele” não lembra nem o nome?


PS: faço 1 ano de solteirice hoje! hehehe.. parabéns para mim duplamente... (e isso é papo para o próximo post!)


2 de março de 2010

"Ex-amor gostaria que tu soubesses..."

por ..bee.. às 17:27 4 gritos de felicidade
Ultimamente eu sou a Rainha das Besteiras... Faço besteira assim, de caso pensado e ainda me divirto com isso... Afinal, a vida é muito curta, né?! Acontece que eu fiz uma besteirinha ontem à noite e acabei percebendo uma coisa: só faço as besteiras que eu faço porque, na maioria das vezes, eu estou segura de quem eu sou. E, de certa forma, eu devo isso a uma pessoa muito improvável: o hippie.

Bom, vamos por partes. Hoje é aniversário dele. Como eu estava no msn ontem e já passava da meia-noite, resolvi mandar os meus votos sinceros de parabéns e felicidades. Não feliz com isso, emendei um "adoooooooooro você, mocinho bobo!". E ele respondeu: "aaaah... rs.. eu tb!" E essa foi a minha besteirinha... Tenho certeza de que ele vai achar que estou dando mole pra ele, mas.. que se dane! xD

Então hoje eu acordei pensando nele, na nossa história, e em tudo o que aconteceu... Lembrei da menininha mimada que o conheceu, recém-saída de um namoro de 3 anos, super mal acostumada. Lembrei de quando ele disse que tinha medo de me quebrar, de tão bonequinha que eu era. Lembrei que foi isso me fez querer ser menos menininha, mais independente, ter mais atitude. Lembrei também que estávamos conversando um dia, de bobeira... E eu comentei que precisava de uma bota de cowboy.. Me senti culpada no minuto seguinte pela minha futilidade... Afinal de contas, ele é "tipinho Los Hermanos" (como diria uma amiga minha): barbado, do DCE, quer mudar o mundo... Falei isso com ele, ele sorriu e disse: "Você não tem que se sentir culpada! Você gosta disso, não gosta? Se os outros acham que é futilidade, problema deles... Você não tem que se importar com o que os outros pensam..."

O engraçado é que eu não esperava isso dele, sabe? Esperava uma bronca, ou aquele papinho todo moralista, socialista, que é lindo mas que todos sabemos que não funciona na prática. Mas não: ele me aceitou como eu era. E isso foi importante para mim porque me fez crescer. Me fez me ver como ele me via. Me fez bater o pé e falar "Eu sou fútil e consumista sim! Mas isso não faz de mim menos capaz do que qualquer outra pessoa"... E eu acho que se hoje eu me conheço, se hoje eu sei do que eu sou capaz, o hippie tem um papel fundamental nisso. O Psicólogo que o diga, porque toda a minha crise sobrou pra ele... Mas isso é assunto para um outro post talvez...

Apesar de tudo, da gente não ter dado certo, tenho um carinho enorme pelo hie e o admiro muito. Porque ele também é assim. Acho que não chegou a ser um amor, mas foi uma paixãozinha gostosa até... Ele foi uma grande surpresa na minha vida e eu espero que possa vir a ser um grande amigo um dia.... E espero mesmo que essa tensão entre a gente seja superada.

No mais: feliz aniversário, hippie!!!

22 de fevereiro de 2010

é complicado...

por ..bee.. às 10:29 3 gritos de felicidade
E quando você acha que as coisas finalmente estão tomando um rumo e que tudo vai se acertar, o passado bate a sua porta. E pior: querendo entrar! Não adianta dizer que estamos felizes e que o passado não importa... porque de uma maneira ou de outra ele nos afeta.

Bom, eu encontrei com o meu ex essa semana, com a namorada nova dele. Teoricamente não foi bem encontrar, considerando que, assim que eu o vi, dei meia volta e mudei os meus planos. Acontece que, quando eu eu cheguei em casa, descobri que a minha irmã e o namorado dela estava lá no bar, com ele. Segundo ela, é porque um amigo dela é namorado de uma amiga da atual do ex.

Não queria, mas eu confesso que isso mexeu bastante comigo. Primeiro porque o ex sempre odiou aquele bar: toda vez que eu marcava alguma coisa lá ele ficava reclamando. (tudo bem que não é o melhor bar da cidade, mas existem muitos piores) E segundo porque tem horas que família só atrapalha: minha mãe e irmã engrenaram um papo sobre o quanto ele está mudado, o quanto parece feliz, o quanto a garota é legal... Mas que inferno!!! Sim, nós terminamos numa boa, como amigos, e eu desejo do fundo do meu coração que ele seja feliz. Porém, se eu quisesse saber disso tudo, tinha entrado no bar e visto pessoalmente!! Sensibilidade, né, people? É o mínimo exigido... E o que me deixa mais irritada é que o tempo todo em que nós estávamos juntos, minha mãe vivia criticando e implicando com ele... aaargh!

Como se isso não fosse o bastante, outro ex-caso resolveu aparecer... Disse que estava precisando de "closure" e começou uma quase DR. Peraí!!! ELE precisa de "closure" agora?! ELE?? Eu passei 3 meses precisando de um encerramento, precisando resolver uma situação mal resolvida e ele parecia estar muito a vontade com isso. E então, de repente, ele resolve que precisa de um encerramento?!? ai ai aiiii.. paciência tem limite! Fiquei irritada sim, mas deixei o pobre falar... Melhor ouvir e encerrar logo o assunto!

Acontece que depois de tanto tempo, o ser percebeu que estava apaixonado por mim. É engraçado como a gente cria coragem pra falar essas coisas depois que elas já passaram, né? E então ele veio reclamar que eu nunca tinha dado uma chance para ele antes. Quando eu li isso, minha paciência não aguentou. Explodi! "Olha, meu bem.. depois de tudo o que a gente passou, você não tem o menor direito de me dizer isso, porque eu fui sim apaixonada por você. Mas passou, porque você disperdiçou isso. Sinto muito!"

Ah.. eu, hein?! É cada uma... Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece! Desculpem a franqueza (e o vocabulário chulo) mas... HEY, PASSADO: VAI TOMAR NO C*!

20 de fevereiro de 2010

1 é bom, 2 é melhor e 3 é... complicado!

por ..bee.. às 22:36 2 gritos de felicidade
Carnaval passou e é tempo de avaliar a influência dos dias de folia na nossa vida. Na verdade, em plena segunda-feira de carnaval eu já estava fazendo isso, em uma conversa pra lá de animada com o PH, amigo lindo, amor da minha vida.

Acontece que estamos passando por fases delicadas em nossas vidas ao mesmo tempo. Temos as mesmas dúvidas, os mesmos questionamentos e nenhuma resposta. O meu amigo está em dúvida sobre como decidir entre 2 gostar na vida dele. Não, não adianta dizer para pesar aquele que vale mais: os dois valem a mesma coisa. E eu, como boa "drama queen" que sou, aumento o número para 3... Sim, comigo tem sempre que ser mais complicado.

Ele está em um quase relacionamento, com uma pessoa que ele gosta, mas... ao mesmo tempo, ele realmente gosta da vida de solteiro dele. Gosta muito! E eu... Bom, eu não estou em quase relacionamento nenhum, mas gosto muito de dois caras e também da minha vida de solteira. Passamos boa parte da madrugada nos perguntando se tem como combinar esses "gostar" de uma maneira que um não exclua o outro.

Para mim, não podiam ser pessoas diferentes e com isso, os "gostar" também o são... Mas tem o mesmo valor, a mesma força. Assim como o tanto que eu gosto de ser solteira... De ter casos vazios.. O problema é quando acontece de esses casos não serem tão vazios assim... Resta saber se um caso a três pode vir a dar certo...

Bom, não chegamos a conclusão nenhuma porque é complicado. Normalmente, alguém tem que ceder. Eu e o PH estamos praticamente irredutíveis, logo: continuamos sofrendo por enquanto... Mas ao mesmo tempo, ainda estamos em clima de carnaval, né? Então.. vamos aproveitar!!

9 de fevereiro de 2010

Talvez não seja tão assim...

por ..bee.. às 18:52 1 gritos de felicidade
Ao que tudo indica, o romance da minha amiga com o médico cafa está indo de vento em popa. Fico feliz por ela, sério mesmo. Mas ao mesmo tempo, essa "sorte" dela me faz pensar que, no fim das contas, talvez o problema seja eu.
Ultimamente eu tenho estado tão preocupada em não me decepcionar, em não me envolver, que eu não deixo as pessoas entrarem na minha vida. Eu gosto, mas eu me fecho. Eu sigo regrinhas idiotas (mesmo sabendo que são idiotas), eu tento controlar tudo o tempo todo, eu faço joguinhos... Eu faço de tudo para não encarar a realidade: eu tenho medo. E aí, quando as coisas não dão certo, é muito mais fácil culpar o outro. Eu estou deixando esse medo tomar conta de todos os aspectos da minha vida e acabo vivendo pela metade... E vamos combinar? Essa não sou eu!
Devo mais essa ao Ator... Ele me fez ver isso no meio de uma conversa sincera de madrugada. Adoro as conversas com ele, sempre sai alguma coisa boa delas. Por mais que ele não se lembre, eu lembro, não estava tão bêbada assim (desculpa por te dito que estava...). Acontece que ele se tornou uma das poucas pessoas para quem eu mostro a minha alma, mesmo ele não sabendo disso (tá, agora você sabe, por favor não fique jogando isso na minha cara.. hahaha).
Eu gosto muito fácil das pessoas, e me envolvo mais fácil ainda, isso é fato! Mas eu venho jogando por tanto tempo, que sempre perco a hora de mostrar o quanto eu gosto, o quanto eu quero... e que eu não vou a lugar nenhum. Acho que essa foi a grande diferença entre mim e a Le: eu tratei o médico como um desafio; ela mostrou que se importava com ele, apesar de tudo. Isso e.. Bom... a compatibilidade astrológica deles: ele é escorpião e ela é peixes... E esses dois signos, apesar de serem o inferno astral um do outro, quando se encontram, não se desgrudam tão fácil... hehehe.. Ao contrário de gêmeos e escorpião, que só servem pra ficar se provocando.

2 de fevereiro de 2010

Cafa é cafa e ponto final.

por ..bee.. às 19:27 1 gritos de felicidade
Aparentemente são inofensivos, mas alguns cafas conseguem fazer um estrago em nossas vidas. Gatos, sabem o que uma mulher quer ouvir, são charmosos, têm um beijo gostoso, são atenciosos... Te fazem se sentir uma rainha! O problema? É que eles fazem isso com as outras também... Já perdi a conta de quantos cafas eu já conheci na vida, e a maioria se encaixa nesse perfil. São os homens perfeitos... Para uma noite só! Mais do que isso, é problema na certa.

Recentemente, uma amiga ficou com um cafa que eu já tinha ficado. Cheguei até a escrever sobre ele aqui, o médico. Do fundo do meu coração, não me importo com isso, até porque já aconteceu há muito tempo atrás... O que acontece é que a amiga caiu na mesma lábia que eu caí, mesmo sabendo o final da minha história.

Isso foi o suficiente para me fazer pensar. Nós reclamamos que eles são cafas, mas muitas vezes nos envolvemos com eles mesmo sabendo disso. Acho que é uma mistura de curiosidade com desafio. Teoricamente, sabemos que cafas não se apaixonam, mas pode acontecer, certo?! E se for para acontecer justamente com você?? Será que vale arriscar?

Gosto de me arriscar, mas também gosto de saber onde eu estou me metendo. Ultimamente, eu estou muito medrosa, confesso. Mas é pelo simples fato de querer tanto me apaixonar de novo, que eu temo me apaixonar por qualquer cafa bonitinho que me der alguma atenção. E então eu prefiro ficar com o pé no chão mesmo.

Quanto à amiga... Esbarramos com o médico em uma outra balada, e ele acabou ficando com outra menina. A minha amiga ficou arrasada, se sentindo o último biscoito do pacote. Falei que a culpa não era dela, que ele é que é assim mesmo... Não adiantou muito. Ela então concluiu que tinha que deixar para lá.. E foi aí que o "caso" teve um reviravolta inesperada: o médico ligou para ela no dia seguinte, e eles saíram de novo... Ainda não sei o que resultou disso, mas tenho meu palpite... Cafa é cafa e ponto final. Não há mulher no mundo que consiga mudar isso...

24 de janeiro de 2010

Brincadeiras Perigosas

por ..bee.. às 15:04 3 gritos de felicidade
Ah! Nada como o verão! Calor, praia, sol, sal, pegação.. Junte férias a isso tudo e temos o Céu na Terra! Exageros à parte, demorei a perceber o quanto eu adoro janeiro e todo esse clima de azaração...

No meio da confusão do meu calendário acadêmico (agora sim estou de férias!), tirei 4 dias para viajar e conhecer um lugar diferente... Fui para Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, aqui no Rio... Um lugar lindo!! Mar azul, cenário paradisíaco, birita e zoeiras à noite... E ainda assim, ritmo de cidadezinha do interior, com cadeirinhas na calçada ao entardecer pra conversar com os vizinhos...

Amo praia e sempre passo um tempo sentada na areia, olhando o mar e... pensando na vida! Tempo demais, diga-se de passagem, porque eu sempre chego a conclusões que eu não queria chegar... E dessa vez não foi diferente... Numa noite, deitada na rede da varanda, bateu um friozinho na barriga gostoso e familiar. E a partir daí, me deparei perdida nos meus medos, nas minhas inseguranças. Uma briga entre cabeça e coração, razão e emoção... Mais uma...

Quando voltei para casa, encontrei com o Ator no msn e começamos a conversar, eu contando as coisas da viagem. Eu e o Ator temos conversado muito ultimamente... E foi então que ele sugeriu uma brincadeira: "e se...". É fácil: é só fazer perguntas como se fosse hipóteses e a outra pessoa responde, baseando-se nessas hipóteses. Porém, essa brincadeira tem um caráter muito perigoso, pois uma vez que você brinca com hipóteses, coisas que você nunca tinha pensado antes acabam se passando pela cabeça. Junte a isso os meus medos e inseguranças, e o que você tem? Uma noite em claro pensando "e se..."

Se toda brincadeira tem um fundo de verdade eu não sei... O que eu sei é que agora eu estou cheia de hipóteses sem respostas, que teimam em aparecer na minha mente a todo momento...

13 de janeiro de 2010

Pegar o telefone dele ou não pegar: eis a questão!

por ..bee.. às 23:04 4 gritos de felicidade
Depois de uma breve ressaca pós ano novo, semana passada voltei à ativa. Não, não estou de férias, mas não resisto a uma baladinha de fim de semana. Estava com saudades de dançar, animada, embora as meninas estivessem desanimadas.

Noite de Ladies Free até meia-noite, tínhamos que chegar cedo porque com certeza ficaríamos um tempinho na fila. Dito e feito: mesmo chegando mais cedo do que o de costume, a ficamos na fila. Por mais que eu não goste de ficar esperando, o momento da fila é crucial. É onde se vê quem está entrando na boate, se tem alguém interessante, e no meu caso, é quando se fofoca com as meninas as últimas da semana, uma vez que elas são ocupadíssimas e só estão disponíveis no fim de semana mesmo.

Estávamos na fila quando eu avistei um belo exemplar masculino. Com cara de pirralho, sim, mas bonito... E como olhar não tira pedaço.. Entramos na boate e eis que eu o avisto perto do bar. Algumas trocas de olhares de leve, sorrisinho de lado, jogadinhas de cabelo... Estava me preparando para começar o jogo mesmo quando o vejo perto do bonde do short branco e abraçando uma das meninas.

(bonde do short branco = umas piriguetes que foram de short branco e camiseta preta para a boate. Nada contra short branco, porém, não acho roupa apropriada para noite...)

Isso foi um grande balde de água fria. Resolvi deixar pra lá e fomos para a pista de dança. Estávamos nos acabando ao som de Dangerous, do Akon, quando eu percebi que o gato estava de frente para mim. Continuei dançando como se nada tivesse acontecido. E foi então que eu o vi sorrindo. Olhei para trás discretamente para ver se não era com outra pessoa... E nada! Foi então que ele estendeu a mão para mim e ficou me olhando. Num impulso eu estiquei a mão e ele me puxou.

Veio com uma cantada fraca, mas original. Disse que o amigo dele duvidou que eu dava um beijo nele. Eu disse que não beijaria mesmo. Ele riu. Pediu desculpas. Se apresentou... Conversinha normal de boate, mas alguma coisa nele me chamou a atenção. Fomos para a área aberta da boate. Ficamos. Ele me disse que tinha 25, eu não acreditei. Ele era engraçado, divertido. A conversa fluía fácil.. Estudante de direito. Gostei do gato, confesso. Voltamos para a pista de dança. Ele ficou por perto. Depois disse que ia ao banheiro, achei que ia me dar um "perdido", mas voltou. Me abraçou e ficou assim um tempão... Fofo! Atencioso.

Como a noite estava chata para as meninas, elas quiseram ir embora. E como eu estava de carona... Tive que ir junto. Me despedi do gato várias vezes. Estava claro que eu não queria ir embora e que ele também não queria me deixar ir. E foi aqui que eu vacilei. Queria pedir o telefone dele, mas fiquei esperando ele pedir o meu, coisa que ele não fez.. Então eu passei o resto do fim de semana me xingando porque eu realmente gostei do gato.

O que me fez travar e não pedir o telefone dele foi medo. Medo do que ele pensaria de mim. Medo de estar forçando a barra. Medo de parecer muito desesperada. Mas pegar o telefone de um cara é mesmo motivo para tanta paranóia?

Perguntei para os meus amigos homens e eles disseram que acham legal quando é a mulher que toma a iniciativa... Mas eu me queimei feio as duas últimas vezes que resolvi tomar a iniciativa. E a minha pergunta permanece: quando é que você sabe se pode tomar a iniciativa ou não? Pois é.. Nessas horas que eu penso que deve ser difícil ser homem, considerando que nós sempre esperamos que eles tomem a iniciativa.

Sou a favor de arriscar mais uma vez, pois como diria a minha mãe: quem não arrisca não petisca. Portanto, a próxima vez que eu encontrar um gatinho com um bom papo na balada, eu crio coragem e pego o telefone dele.
 

beah.volgari Copyright © 2012 Design by Giulia Azevedo Vintage Mustache