27 de janeiro de 2012

Comer, rezar e amar

por ..bee.. às 15:47 2 gritos de felicidade
Sou chata e tenho preguiça de livro de autoajuda, mas também sou curiosa. Quando me falaram de Comer, Rezar e Amar, a ideia me pareceu interessante. Porém, como eu sou chata, rejeitei o pobre do livro porque ele havia virado modinha e estava sendo endeusado por 8 de 10 mulheres com quem eu conversava. Deixei passar, a preguiça foi aumentando e finalmente o filme foi lançado. Javier Bardem e Julia Roberts: gosto dos dois. No dia que marquei com a minha amiga-irmã de ir assistir no cinema, tive uma blaster crise de TPM no melhor estilo: "não tenho roupa para sair", e acabei me atrasando e ficando mais irritada ainda e não fui. Outro dia, outras amigas iam ao cinema, me chamaram, eu animei e não me lembro porque também não fui. Naquela época, o Namorado ainda não era namorado, mas nós já tínhamos alguma coisa. Ele foi no cinema com essas amigas e quando nos encontramos depois ele implicou comigo: "Você é uma falsa magra!". Confusa, eu perguntei: "E o que diabos isso quer dizer?". E ele respondeu: "Assiste Comer, Rezar e Amar que você vai entender." Minha curiosidade é uma praga! Tentei procurar o filme em algum cinema, mas já não estava mais passando e eu teria que esperar chegar na locadora. (sim, eu sei que as pessoas baixam filmes pela internet, mas eu sou uma negação com isso, então.. ou alguém baixa e me passa ou eu alugo na locadora.)

Fui assistir o filme muito tempo depois e totalmente por acaso. Estava em casa quieta, trocando de canal quando descobri que estava em exibição na HBO. Gostei do filme, bastante. E ele "veio para mim" em um momento que eu precisava ouvir algumas coisas, então funcionou como autoajuda, mas uma autoajuda de leve, sabe? Das coisas que eu absorvi para mim: a busca constante pelo equilíbrio, o deixar ir embora, sentir saudades do que aconteceu, sentir doer, mas mandar de volta boas energias.. Deixar ir mesmo. Foi pós término da minha história com o Rato e eu estava sofrendo mais do que eu jamais admitiria. Absorvi a serenidade de aceitar que as coisas acontecem e que eu não sou culpada de tudo. Enfim, papo brabo mesmo de mudança de vida. E então eu comecei a pensar em quantas vezes eu estive para assistir o filme e não assisti. Se eu tivesse assistido antes, talvez não tivesse me prendido a essas coisas que fizeram diferença na minha vida, justamente porque elas passariam desapercebidas em outros momentos.

Hoje, estou recorrendo a este filme de novo porque estou em busca do meu equilíbrio. Até então, achava que tinha encontrado. Eu me sentia bem comigo mesma... E não que agora eu não me sinta bem, mas eu tenho uma desmedida em mim. Um novo sentimento que é enorme e intenso e chega a doer. E a perspectiva do desequilíbrio me assusta, porque é isso o que esse sentimento causa em mim. É tão grande que me absorve. "Às vezes, perder o equilíbrio por amor faz parte de viver uma vida equilibrada". Tenho medo de me perder. De novo. Justo agora que eu tinha me encontrado. E isso é estranho porque eu me sinto contraditória. Estou feliz, mas quando me vejo voando sem asas, me assusto. E então eu acho que sou a criatura mais estranha e complexa desse mundo. O que eu queria dizer é que eu me identifico com a Liz Gilbert no final do filme. Perder o equilíbrio é bem assustador.

17 de janeiro de 2012

Muito prazer, amor: sua namorada.

por ..bee.. às 23:29 0 gritos de felicidade
Dois meses e pouquinho. Acho que nenhum de nós dois pensou que chegaríamos aqui. Ou que lembraríamos dessa data. Prometemos não ser um desses casais convencionais que comemoram tudo, afinal nem lembramos quando foi o nosso 1o beijo (mentira, eu sei que foi dia 30 de maio de 2009, mas só lembrei depois de muito esforço.. rs). Acho que nunca pensamos que seríamos aquela pessoa um para o outro... Aquela, sabe? Que você vai dormir pensando em, que você acorda pensando em, que te deixa a criatura mais feliz do mundo quando você se mexe na cama de noite e esbarra com ela.. Ou então quando você acordar assustado e só de ver que ela está ali do seu lado, você sorri feliz e se acalma..

E aqui estamos. Dois meses depois, brigados. Porque eu sou neurótica, porque a minha TPM dura 3 semanas, porque eu me irrito com você e simplesmente não consigo conversar. Porque você guarda as coisas para você, porque você é implicante, porque você não demonstra tanto quanto eu gostaria que você me ama. Estamos brigados por bobeira, eu sei. Mas sinto te informar, meu amor, essa não é a 1a e nem vai ser a última.

Eu sou assim, amor. Eu fico brava, eu brigo, eu falo, eu grito, eu explodo.. Nem que 5 minutos depois eu tenha que pedir desculpas. Sim, você nunca namorou antes e eu não tive boa experiências. Nós temos as nossas manias, mas isso não é desculpa. Eu sei que eu não sou a mais normal do mundo ou a mais segura.. Não sou a cult bacaninha, nem a riponga louca. Eu sou assim, amor. Eu sou uma menininha, que faz questão de todos os carinhos e mimos e beijinhos. Que te machuca porque ela não sabe ficar quieta quando você está por perto. Eu sou assim, amor. Em um segundo eu quero fugir de tudo e todos e no minuto seguinte eu quero dar uma grande festa e chamar todo mundo. Eu penso nos dois lados de tudo e por isso eu me culpo, me magoo e evito te cobrar qualquer coisa, porque eu sei que eu não gosto de ser cobrada. Eu tenho medo, muito medo, por mais que eu tente disfarçar isso. Eu sou flamenguista. Eu gosto de beber, de calor, e tenho mania de dieta. Eu sou muito desastrada! E isso eu te avisei.. Eu sou assim, amor.

Eu escrevo desde que eu me entendo por gente. Eu me atrapalho, eu confundo os sentimentos, mas não sei ser de outra maneira que não intensa. Estou tentando ser racional, mas é difícil. Eu sou ciumenta. MUITO. Mas eu confio em você. E confio porque eu acredito que se você não quisesse, não estaria comigo. E eu quero estar com você, mas também quero saber respeitar o seu tempo. Eu sou um desastre com o tempo, eu confesso. Não sei lidar com ele direito e ultimamente estava acostumada a fazer tudo ao meu tempo. Quando eu estou com saudades, eu fico na defensiva, porque eu acho que só eu sinto saudade.. E eu não quero ser uma louca grudenta. Quando eu estou triste, eu minto.. Digo que está tudo bem só para você não se preocupar. Quando eu estou brava, eu perco o fio da meada e acabo dizendo coisas que não quero dizer. O sim vira não, e a dor parece que só passa depois que eu desconto em cima de alguém. Me incomoda não ser a pessoa em quem você confia para contar os seus problemas, mas eu tento entender também que você não está acostumado com isso.. Não é fácil, para nenhum de nós dois. Eu sou difícil. Eu tenho problemas de abandono. Tenho Síndrome de Peter Pan. Talvez eu seja bipolar. Eu estou beeeeeem longe da perfeição ou do socialmente aceitável. Aprendi a confiar desconfiando e eu sei que você sente isso.

Apesar de tudo, eu acredito no amor. Acredito na felicidade. Acredito em nós dois. Talvez eu não seja quem você esperava que eu fosse, eu ainda estou aprendendo muita coisa e tem tantas outras que eu ainda quero aprender. Gostaria que você ficasse por perto e que nós dois aprendêssemos juntos. Então, prazer, amor. Essa sou eu, sua namorada.

"Nunca se esconda assim/Eu não vou saber te falar, te explicar que/Eu também me assusto muito/
Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais/Que pensam demais/Logo mais, vou correr atrás de ti."






Nunca. A Banda Mais Bonita da Cidade.

16 de janeiro de 2012

Meio pensativa, meio culpada..

por ..bee.. às 12:34 2 gritos de felicidade
Não sei o que tem me dado ultimamente que eu ando assim. Passo uns dias de intensa felicidade.. Daquelas coisas bobas e idiotas de filme mesmo, tipo, sujar o rosto do Namorado de sorvete e ficar rindo, correr pela rua sem motivo nenhum e gargalhar. Aquela incrível sensação de estar flutuando. Me sinto segura com o Namorado. Me sinto feliz. Me sinto tentando ser alguém melhor. Me sinto boba. Me sinto completamente extasiada só de ver ele falando do trabalho dele e de arte, num bar, em plena noite quente de domingo... Tenho orgulho dele, gosto de como vemos as coisas de maneira diferente. Mas às vezes é justamente a maneira como vemos as coisas diferentes que faz com que nos desentendemos.

Meu último namoro foi complexo. 3 anos de comprometimento e muitos arrependimentos. Éramos uma possessão mútua. Abrimos mão de milhões de coisas um pelo outro, e eu me arrependi das coisas que eu abri mão. Prometi para mim mesma que não faria mais isso, mas mais ainda: que não pediria a ninguém que fizesse algo por mim. Ainda mais se eu não estivesse disposta a fazer o mesmo. Quando eu e o Namorado começamos, eu bati muito o pé nessa tecla: não quero perder a minha individualidade e não quero ele perca a dele. Então estamos vivendo assim, de uma maneira equilibrada... Ou tentando pelo menos.

Aprendi a ser muito independente. A tomar decisões em cima da hora. A querer e fazer. A conversar sobre tudo, a discutir, a ouvir coisas, discordar e rebater. O Namorado é calado, quieto, observador. Não gosta de bagunça, não gosta de tumulto.. E pra mim, quanto mais bagunça melhor. Gosto de gente, de casa cheia.. Ele gosta de ficar quieto no canto dele. Eu gosto de sair pra comer em botequim, ele gosta de cozinhar.. Sim, eu me pergunto por que diabos estamos juntos o tempo todo. Conversamos ontem e ele passou a noite em claro enquanto eu roncava feliz e contente na cama. Expliquei para ele que eu não me acho no direito de pedir que ele mude, assim como eu não quero que ele me peça isso. Disse que se alguma coisa me incomodar muito e eu perceber que não vou suportar, eu vou preferir ir embora, por mais que eu o ame. Disse até que eu ir embora é "uma prova" do quanto eu o amo. Minha vida, minha escolha. Mas agora fico pensando que talvez as coisas não sejam tão assim. Nós temos uma vida em comum. Não é mais eu tomando decisões por mim apenas.. E então eu me sinto culpada. E eu não acho que o Namorado entenda isso.

Por mais que eu faça planos para um futuro com ele, algumas pequenas coisas ainda são difíceis para mim. Já outras são naturais. Talvez seja egoísmo meu querer que ele me entenda. Sinceramente? Eu acho que não sei mais ser namorada. Mas eu estou tentando, de verdade

6 de janeiro de 2012

Drogas, Manolo!

por ..bee.. às 12:27 2 gritos de felicidade
Amo meu namorado.. A gente passou a noite inteeeeeeira conversando hoje (eu to um zumbi). Mas sei lá. Quando o assunto drogas entra em pauta eu fico tensa. Eu fico me perguntando: e se ele perde o controle? Eu quero mesmo passar a vida "correndo esse risco"? Não quero meus filhos vendo o pai deles daquele jeito, mas também não quero dar um ultimato, sabe? Acho que esse é o tipo de coisa que tem que partir dele, assim como tem que partir de mim a vontade de parar de fumar. Mas não consigo não pensar nisso e não deixar de ficar incomodada. Fico pensando que ele vai parar, até porque não é uma coisa que acontece sempre.. Mas e se ele não parar? Ele tinha parado porque estava ficando com bad trip, mas ele disse que no ano novo ele estava tão feliz que ele se sentiu bem para fumar, e que um dos motivos dessa felicidade era eu. MERDA! Eu não quero ser o motivo que faz meu namorado ficar feliz e FUMAR. Quero fazer ele feliz sim, mas quero que ele fique triste, com medo de ter bad e não fume. Enfim, mais um momento desabafo..
 

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