3 de setembro de 2010

Aos olhos alheios

por ..bee.. às 22:00
Por mais que digamos que não, somos extremamente ligados a nossa imagem e principalmente ao que passamos aos outros através dela. Natural, vivemos em uma sociedade hedonista e imagética, midiática, massiva, onde o corpo é o centro de tudo. Somos o que vestimos. O que está na moda. O que consumimos. E eu acho que, por um lado, isso pode até ser divertido. Não sou contra esse culto ao corpo, mas sou contra a padronização. Me irrita sair na rua e ver dez mil loiras artificiais, de cabelo liso artificial, comprido (às vezes artificial também). As loiras se divertem mais? Os cavalheiros preferem as loiras? Talvez... Mas seja uma loira de atitude! Ou melhor, seja uma pessoa de atitude!! Não só mais uma na multidão.

Comcei nesse papo porque entrei numa viagem depois de uma conversa inesperada essa semana com uma amiga. Falávamos sobre amor livre e personalidade liberal (leia-se Hippie e Ator) e aí que ela me surpreendeu dizendo que também me vê assim. Como alguém que não se prende às vontades alheias, que quando quer, QUER e ponto final. Mas que também pode decidir que não quer cinco minutos depois, e sustentar essa mudança de ideia.

Fiquei feliz com a descrição que ela fez de mim porque eu me vejo muito assim. Mas muitas vezes o "como você se vê" não condiz com o "como os outros te vêem". Ainda mais na sociedade em que vivemos (daí a introdução). Somos pré-julgados pela nossa aparência e muitas vezes acabamos sendo quem as pessoas pensam que nós somos e não quem queremos ser ou quem realmente somos. Confuso?

Ter personalidade é uma dádiva hoje em dia! E também um trabalho difícil porque são poucos os que têm coragem de continuar buscando mais sempre. Poucos são os que têm coragem de mudar, de encarar novas possibilidades, de se reinventar e ainda assim bater o pé e dizer: ISSO TUDO SOU EU.

Li uma frase em um muro hoje que dizia "Somos vítimas da nossa própria falta de atitude." e ela me inspirou bastante, porque no fundo eu acho que ela resume boa parte dos problemas da nossa sociedade contemporânea, comodista e acomodada. Fico feliz em ser diferente, e mais ainda quando essa diferença é notada. Vivo para ser qualquer coisa, menos ordinária.


*Bee escreve hoje com certa inquietação política em seu coração. Será o clima das eleições?! Naaaah..

1 gritos de felicidade:

Cris Medeiros on sábado, 04 setembro, 2010 disse...

Para algumas pessoas eu sou bem diferente da visão que tenho de mim mesma, mas para os mais próximos acho que conseguem me identificar bem...

Beijocas

 

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