29 de julho de 2010

Escrevo para não gritar, grito para não enlouquecer...

por ..bee.. às 00:02 0 gritos de felicidade
É oficial: não gosto de me apaixonar!

Não gosto de sentir a falta dele, não gosto de me preocupar com ele, não gosto da vontade de estar com ele o tempo todo, não gosto quando minha mente fica à toa e ao invés de voar em questões da minha monografia voa para ele... Não gosto dessa inquietude que dá no meu coração, não gosto de ir dormir pensando nele... Não gosto de não me sentir dona de mim...

Há tempos atrás, eu era Summer Finn, eu era senhorita independente, eu podia jurar que era feliz sem amor.. eu podia jurar que era "minha, só minha e não de quem me quer"... E eu então eu sentia falta do friozinho na barriga, porque, vamos confessar? é gostoso!

E hoje em dia eu estou puta comigo mesma! Não porque eu me apaixonei, mas porque a única coisa que eu achava que estava dando certo na minha vida na verdade não está! Porque meus esforços e sacrifícios não estão sendo vistos ou valorizados... Porque eu estou cansada, no meu limite! Porque ao longo de 3 anos de faculdade, eu nunca banquei a vítima, porque a escolha de estudar em outra cidade foi minha! Porque quem quis procurar o caminho mais difícil fui eu.. E sinceramente, me pergunto se está valendo a pena..

Talvez na verdade eu seja uma frouxa, isso sim! Só sei que eu estou decepcionada comigo mesma. Quero ser forte, continuar lutando, mas sinto que isso está me consumindo. Preciso de gás, de alguma coisa... Dá pra fugir pro Polo Norte e virar ajudante de Papai Noel?

Enfim, ando sob um leve desespero que não me é comum e não estou feliz com isso. Ando inquieta, sem ânimo e cansada. E hoje, eu escrevo para não gritar... Mas grito (aquele grito abafado no travesseiro) para não enlouquecer...

24 de julho de 2010

Sob um leve desespero...

por ..bee.. às 18:23 1 gritos de felicidade
...que me leva, que me leva daqui!

Amooo Capital Inicial!! E sou absolutamente louca e apaixonada pelo Acústico MTV deles. Acho que esse CD marcou todo e qualquer relacionamento/pseudo-relacionamento que eu já tive. Desde "Fogo" quando eu ainda tinha 13 anos e a minha paixãozinha disse que essa era a música perfeita para nós dois, até o início do ano passado quando o Garotão me mandou um email com a letra da "Eu vou estar"...

Se eu tivesse que escolher outra maneira pra me expressar que não pelas minhas próprias palavras, com certeza seria através da música. Frequentemente faço isso, quando não sei o que dizer: uso palavras alheias, normalmente cantadas por pessoas que eu gosto ou admiro. Sim, música é vida, é memória, é momento, é saudade...

Mas não é sobre isso que eu quero falar hoje. Comecei o post com essa música por me identificar com essa frase hoje. Sabe aquelas coisas que acontecem e você não percebe? E aí quando você percebe, bate o desespero?

Estou em uma viagem com os meus avós, que não são novinhos: vovô tem 85 anos e a vovó 77. Muito mais do que os meus pais, os meus avós são os amores da minha vida!! Desde pequena, são os dois que acobertam as minhas travessuras, são os dois que me mimam, são os dois que me fazem passar na casa deles todos os dias simplesmente para dar um beijo, porque eles sentem saudades, e demonstram isso.. São os dois que reclamam que eu estou magra demais.. São os dois que compram ingredientes escondidos para me fazer queijadinha ou docinho de nozes de surpresa pro meu aniversário... São as pessoas mais inexplicáveis, incríveis e inenarráveis da minha vida.

A viagem está sendo ótima! Juro que ainda é possível ver os olhos do meu avô brilhando quando ele olha para a minha avó e vice-versa. Os dois caminham pelas ruas de mãos dadas e se preocupam um com o outro constantemente, a ponto de ser até motivo de pequenos desentendimentos. Mas os dois não são mais novinhos, e o reconhecimento disso me deu um desespero! Ver os dois lutando contra as suas dificuldades (esquecimentos, uma leve surdez, falta de atenção, cansaço) é de partir o coração. Reconhecer que os dois não são mais os mesmos, que a velhice também está chegando para eles, me dá esse desespero... Me faz chorar escondida a noite para que eles não percebam, e me faz querer colo...

Envelhecer é uma merda!

11 de julho de 2010

Proximidade

por ..bee.. às 00:34 1 gritos de felicidade
Quando eu fiz este post, em setembro do ano passado (diretamente do túnel do tempo!), tinha a intenção de escrever uma continuidade para ele: o que nos faz passar de "em estado de apaixonada" para apaixonada de fato? Acabaram acontecendo outras coisas que desviaram o meu foco e o tal post ficou esquecido. No entanto, hoje, enquanto escrevia uma carta para o Rato, acabei "esbarrando" em tal assunto de novo.

Então, respondendo à pergunta, eu acredito que a proximidade é o que nos faz apaixonar. Além daquilo tudo que já foi dito, acho que a proximidade é a piece de la resistance, é o que faz o cérebro (que até então estava segurando a onda) se jogar. Porque a proximidade normalmente acontece quando o cérebro não está preparado, quando começamos a curtir esse "estado de apaixonada". Quando a presença do outro na sua vida passa a ser algo natural, e no entanto, inquestionável.

Na verdade, a proximidade é a grande vilã da história. Ela tanto pode ajudar quanto piorar. Um exemplo? Lembra aquele seu ex-amor que você jurava que tinha esquecido e que dele não queria nem ouvir falar o nome? Advinha o que acontece quando de repente ele está por perto de novo? Com um novo visual (tão bonitinho!), os mesmo olhos castanhos pidões, a mesma atitude de rei do mundo... A proximidade nos faz pensar, ficar em dúvida.. Principalmente se aquele outro gatinho que você estava de olho, que andava tão próximo, de repente está mais distante... Mais frio, mais sem tempo para você...

Há tempos tenho notado certa reaproximação do Hippie na minha vida. Até então pensava que era apenas coincidência: estudamos juntos, é impossível não nos encontrarmos. Porém eu o percebo mais receptivo comigo. E sinceramente, não acho que isso seja apenas coisa da minha cabeça. Acontece que essa proximidade do Hippie mexe comigo de uma maneira que não deveria mexer... Junte a isso um certo afastamento do Rato... Resultado? Sim, eu quase fiz besteira.

Me pergunto se essa proximidade do Hippie mexe comigo pela carga do não resolvido que existe entre nós ou se é por algo a mais. Não sei. Quero acreditar do fundo do meu coração que é pelo não resolvido, mas conversando com uma amiga, ela me fez perceber que talvez não seja. Tenho medo que essa proximidade me faça cair no mesmo abismo e novamente ser "sugada" nesse turbilhão de emoções que ele é. Mas mais ainda, tenho medo de ter essas recaídas sempre que o meu "novo alguém" não estiver próximo.

Hmm... Sei lá! Só sei que teve uma época em que o Rato estava presente na minha vida, apesar da distância, e eu realmente sinto falta dele.

6 de julho de 2010

Das perguntas cretinas ou guerra dos sexos

por ..bee.. às 23:04 3 gritos de felicidade
Em determinados momentos de nossas vidas nos deparamos com umas perguntas cretinas que nos fazem pensar no impensável. Geminiana curiosa que sou, adoro fazer tais perguntas, mas odeio respondê-las. Odeio pelo simples fato de conseguir advogar sempre os dois lados de um mesmo caso, e com isso, nunca chego a lugar nenhum. O que faz com que eu sempre seja acusada de indecisa, de "em cima do muro", e até mesmo sem opinião.

O fato é que eu acho muito precipitado dar uma resposta definitiva. Me conheço bem e sei que uma das minhas maiores características é mudar de opinião. Então, como eu vou ser taxativa? Como responder uma coisa e ponto: nunca mais pensar naquilo? Se querem saber, o meu autoquestionamento é o que me move!

A pergunta cretina que originou esse post é: "quem se apaixona primeiro: o homem ou a mulher?". O Amante (meu calouro desse ano S2) tem um blog bastante legal, e fez essa pergunta em forma de enquete. Conversamos bastante sobre o assunto e chegamos a conclusão de que cada um responde a essa pergunta de acordo com as sua experiências pessoais. Então, vamos às minhas...

Eu acredito que os homens se apaixonam primeiro, no entanto, nós mulheres (por sermos viciadas em romance) admitimos primeiro. O problema desse nosso vício é que acabamos confundindo corrente de ar com frio na barriga e pronto: lá estamos nós jurando amor eterno... Acontece que normalmente quem dá o primeiro passo são eles (falem o que for, mas ainda vivemos numa sociedade machista e ainda é assim sim!), e quem escolhe manter o contato também. Minhas últimas experiências com cafas e afins me levam a crer que o contato só continua se há um interesse legítimo masculino. Com isso, eles já abrem uma brecha para algo mais, e de certa maneira, já deixam a guarda baixa (pelo menos um pouquinho). E como paixão é coisa que acontece e não se explica.. Pronto! Aí está o bobo já apaixonado por você... Mesmo que ele continue com aquele papo de "amor livre", de que não quer compromisso.

Repito que tudo o que eu digo aqui não é ciência exata: a maioria das coisas é "achômetro" puro. Comigo foi assim nas últimas vezes: ele se apaixonou primeiro, mas eu admiti antes. De certa maneira, acho mais fácil assim. Boba que eu sou, não sei me apaixonar sem me jogar.. E é muito melhor se jogar quando pelo menos se desconfia que vai ter alguém lá embaixo para te segurar...
 

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