30 de agosto de 2010

Cicatrizes

por ..bee.. às 14:32 1 gritos de felicidade
Sabe quando você acaba um relacionamento e a dor é tanta que chega a ser física? Ou termina do nada? Ou é você quem terminou? Ou o tempo simplesmente mudou a estação? Não importa muito, porque seja lá como for, términos de relacionamentos sempre doem. E então você jura que nunca mais vai se apaixonar, ou que da próxima vez vai ser diferente, ou que você está melhor sem ele... Qualquer coisa que sirva de consolo e te ajude a dormir tranquila a noite. Mas e se a próxima coisa for exatamente igual? E se a última ferida ainda não tiver cicatrizado? O pior é quando as cicatrizes mexem com a sua autoestima, porque essas não tem cirurgia plástica no mundo que as apaguem... (e nem terapia!)

Bom, ano passado, no meio de todo o meu rolo com o Hippie, aconteceu aquela encontro de estudantes de artes em Salvador. E esse ano vai acontecer de novo, só que em Ouro Preto dessa vez. É agora no final de setembro. Mas acontece que a burra aqui inventou de se apaixonar, de novo. E verdade seja dita, as minhas feridas de como terminou a minha história com o Hippie ainda não cicatrizaram. E eu tenho medo que essa história se repita. (mini flashback de Salvador pra quem não lembra!) se eu me magoar outra vez, não amo mais ninguém...

O Hippie o e o Rato são duas pessoas completamente diferentes, mas que não podiam ser mais iguais! Os dois são hedonistas, os dois são "amor livre", os dois são "não se apaixone por mim". A princípio eu posso até ter me envolvido com o Rato pelo tanto que ele me lembrava o Hippie, mas agora é diferente, é por ele mesmo. É por como eu me sinto quando eu estou com ele. Acontece que a história do Hippie não teve um final feliz, e toda essa semelhança entre eles me faz temer que a do Rato também não tenha. Tenho medo que as minhas cicatrizes falem mais alto. Tenho medo que a minha bagagem atrapalhe. Tenho medo de deixar o orgulho falar mais alto. Tenho medo de ser apenas uma ilusão. Tenho medo porque há muito tempo eu não sei o que é sentir ciúmes. Tenho medo de não saber discernir real de imaginário.

Com o Hippie, a situação era mais fácil, teoricamente. Só existia o "eu gosto de você". Mas ao mesmo tempo, existia uma procura, um retorno, apesar de nunca ter existido certeza alguma. Com o Rato existe o "eu te amo".. Mas existe também o "não se apaixone"... Existe o "você é diferente", mas existe também o "eu não tenho certeza de nada"... Existem todas as dúvidas do mundo em um segundo, mas no segundo seguinte existe o carinho, o cuidado e até mesmo o envolvimento. E a minha ferida não cicatrizada grita que o final vai ser o mesmo, que eu vou me magoar. Mas não adianta, eu faço pirraça e insisto que é "por minha conta e risco", mesmo com todos os meus medos. Mesmo com toda a minha bagagem. Mesmo com todas as minhas cicatrizes.

Acredito que todos nós temos cicatrizes e que em momento masoquistas, coçamos. Arrancamos a casquinha, só pra sentir arder de novo, para sentir doer e lembrarmos de ter mais cuidado da próxima vez. Mas também não conseguimos viver em uma redoma de vidro por muito tempo: logo logo o corpo está pedindo pela adrenalina, e quando percebemos, já estamos parados na beira do precipício, querendo pular. E pulamos! Mesmo tendo prometido não pular mais. Pulamos e ignoramos as cicatrizes, o cérebro, a dor. Mesmo com todos os medos. E por todos os medos. No fim das contas, é o medo que nos faz perceber o quanto a queda pode ser boa.


24 de agosto de 2010

Everything is changin'...

por ..bee.. às 23:44 1 gritos de felicidade
Acho que eu sou mesmo bipolar. Ou talvez simplesmente muito orgulhosa. Não sei ao certo.

Então, advinha quem reapareceu na minha vida esse fim de semana? Wild Cat! Sem namorada, é lógico. Queria sair, conversar.. Porque segundo ele, "a gente sempre se deu super bem". Resolvi dar corda e dizer que não podia sair porque estava sozinha em casa e alguém tinha que cuida do Jack. Prontamente ele se ofereceu para ir até a minha casa e levar pizza. Ooooi? Nem que ele levasse 10 litros de Haagen Daas de morango dessa vez!! Dei um fora bonito e me senti vingada! #scorpiofeelings

Sim, esse foi o cara por quem eu chorei durante uma semana antes de dormir. Foi o mesmo cara que me fez acreditar que eu era o problema. O mesmo que me fez perder o controle. O mesmo que me vez chegar ao fundo do poço. E sim, aquele mesmo que me fez ficar desesperada e deixar o Ator super preocupado porque eu precisava dele, porque ele me acalmaria.

Acontece que com um histórico desses, mesmo sendo o maior palhaço do mundo, eu fiquei mexida com essa nova investida do Wild Cat. Talvez por orgulho, talvez porque eu tenho o ego do tamanho de um bonde, talvez.. Talvez isso seja eu a aquela minha velha vontade autodestrutiva querendo me sabotar.

Ultimamente eu estou com a sensação de que tudo está mudando, com uma angústia... Que me faz fazer coisas idiotas. Que me faz afastar as pessoas quando o que eu mais quero é abraçar e nunca mais soltar. É colo, é carinho.. É a certeza de que nada mudou e de que eu não me joguei sem paraquedas a toa... Mais uma vez. Que me faz perguntar qual é o meu problema? Por que eu não posso simplesmente dizer eu te amo e ser feliz com isso? Porque eu estou cansada de mostrar o quanto que eu quero, e quando eu mais preciso de um feedback eu não ter. Isso me faz ter dúvidas e travar. E matar todo o progresso que eu já tinha feito. Isso acaba com a minha noite, mesmo depois de um dia quase perfeito!

#avrillavignefeelings



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12 de agosto de 2010

O ex-namorado e os seus truques

por ..bee.. às 18:28 2 gritos de felicidade
Eles aparecem do nada, normalmente depois de muito tempo sem dar notícia. Chegam sem a menor cerimônia e agem como se nada tivesse acontecido, com a cara mais lavada do mundo. Ex é uma praga!

Essa semana foi o aniversário do meu ex, leonino bravo e ciumento. Territorialista que nem ele só, se curvava a todo e qualquer capricho dessa geminiana mimada aqui. Coincidência ou não, ele também deu uma reaparecida na minha vida essa semana. Sim, ex é uma praga!

Tudo começou com um almoço de família no domingo. De repente, a família inteira estava com saudades dele, porque ele era um bom moço (desde quando!?!?), carinhoso (tá, isso era).. E tudo mais o que ele não era quando a gente namorava, sabe? Por mais que eu ache estranho, é normal que ainda exista um carinho grande pelo ex, afinal de contas, ele foi parte da minha família por 3 anos.. E a minha família é justamente aquele tipo italiano brigão, e que sempre agrega todo mundo.

Enfim.. Tinha chegado em casa não tinha uns 10 minutos e ele me ligou. Levei um susto! Conversinha fiada, coisa boba.. Ainda existe um carinho muito grande, blah blah blah.. Nada que justificasse a ligação. Achei estranho, muito estranho, mas confesso que não me senti mexida. Aí depois foi a vez da conversinha fiada no MSN. Falou que não gostou da minha franja (oooi?), contou que vai se mudar para Campos... Eu ouvi pacientemente até ter a ideia de falar da minha 2a tatuagem (que ainda não exite) na virilha. Foi o suficiente para o papo mudar. O Ex começou a tentar me convencer a mostrar a tattoo na webcam, e quando eu disse firmemente que não mostraria, ele disse que tudo bem, que agora não era mais esse tipo de homem. Oooi?

Tudo bem, eu confesso que fiz isso só de pirraça. De criancice mesmo! Só para ver se eu ainda mexo com ele de alguma forma (ex é uma praga!)... Mas ainda acho estranho ele ter reaparecido do nada. Quando eu era mais nova, costumava pensar que os Ex apareciam naqueles momentos decisivos, só para você ter a certeza. No meu caso, a certeza foi de que eu já o esqueci, superei e estou mesmo apaixonada.
 

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