14 de setembro de 2011

algum psicólogo de plantão ae?

por ..bee.. às 00:37 2 gritos de felicidade
Mas assim, um que aceite fazer consultas online porque eu ando meio sem tempo... Ou então que faça consultas a domicílio, depois das 22h e não tenha objeções a minha garrafa de vinho acompanhar a sessão.

Estou em crise como há tempos não ficava. Estou racionalizando os últimos acontecimentos e pensando bastante sobre a minha vida amorosa no último ano. Uma amiga me passou uma música do John Mayer, Why Georgia?, e eu acho que ela resume bastante o meu sentimento: eu estou vivendo direito? (na tradução literal da música)

Pensando no meu histórico emocional e meus "relacionamentos" com o Rato, o Hippie e esse de agora, percebi que de certa maneira sempre acabo por me envolver com pessoas não disponíveis emocionalmente... Com o Rato existia a distância, com o Hippie existia o amor livre e a política, com esse de agora existe a namorada dele. Será que eu tenho tanto medo/bloqueio assim de ter um relacionamento de verdade que meu subconsciente absorveu isso e só faz com que eu queira investir em situações fadadas a não dar certo? Ou será que todo mundo segue mesmo um padrão? Talvez eu me meta nessas situações porque se por acaso uma delas der certo vai ser um grande "tapa na cara" de todas as outras impossibilidades. Talvez eu goste do "poder" de vencer uma impossibilidade dessas... Uma amiga me disse que, no fundo no fundo, eu fico esperando um cara que esteja disposto a fazer um grande gesto por mim... No caso, abrir mão de coisas importantes na vida deles. Não sei se chega a ser isso. Na verdade, acredito que não seja.

Ainda identifiquei outros dois "problemas" em mim (e que os três relacionamentos têm em comum): um é o fato de que eu não sei desistir das coisas. Quando eu percebi que eu me daria mal no jogo com o Rato, eu ainda assim quis continuar, quis pagar para ver. Com esse de agora a mesma coisa: eu percebi que estava me envolvendo demais e, pior, que eu estava gostando... Então, ao invés de eu "enfiar meu rabinho entre as pernas" e deixar para lá, eu resolvi continuar e ver onde isso me levaria.. Deu no que deu: choro compulsivo na madrugada de domingo porque ele levou a namorada no Engenhão para ver jogo do Flamengo.
Outro problema é que eu não sei terminar as coisas. Li em algum lugar uma vez que "a melhor maneira de esquecer um amor é se jogando em outro".. Talvez isso tenha ficado entranhado em mim de tal forma que é exatamente isso o que eu faço: eu só consigo bater o pé, dizer que acabou e não sentir mais nada por alguém quando eu já estou me interessando por outro. Vivo pulando de paixão em paixão... Do Hippie para o Rato, para o Hippie de novo, para esse de agora... Isso não me parece saudável. Justo eu que me achava uma daquelas mulheres que não precisa estar em um relacionamento para ser feliz.. "um relacionamento tem que ser o transbordamento da sua felicidade, e não a razão dela. tem que servir para te completar, mas não no sentido de que tem algo faltando, mas sim no de agregar..."

Sinto que tenho alguma coisa para resolver em mim para que eu possa lidar melhor com isso tudo, mas não sei exatamente o quê. Será que eu estou vivendo direito? Se a história está se repetindo e eu não estou tendo o meu "final feliz" nunca, eu TENHO que estar fazendo alguma coisa errada... Não consigo aceitar apenas um "não era para ser"...

12 de setembro de 2011

O que é certo ou o que se tem vontade?

por ..bee.. às 22:46 3 gritos de felicidade
Sempre fui partidária da vontade, do livre arbítrio sem culpa cristã, mas desde que o meu melhor lado veio à tona ando querendo fazer a coisa certa. Não quero ser a senhorita perfeitinha o tempo todo, mas tenho repensado algumas atitudes minhas.

Eu sei que o cara que eu gosto tem namorada e isso é uma merda! Mas eu gosto dele, gosto de ter ele por perto, de conversar com ele... Porque ele realmente é uma pessoa interessante. Eu tenho aprendido muito com ele. Por isso eu prometi que respeitaria esse relacionamento dele. Não é fácil segurar as piadinhas ou fingir que não fico esperando esbarrar com ele em cada esquina.. Mas hey! Se eu escolhi isso para mim, eu tenho que aprender a lidar... E eu achava que estava lidando bem com isso, até que...

Nos encontramos no aniversário de um amigo em comum. Ele chegou pouco tempo depois de mim. Roupa social, óculos, barba por fazer... Completamente irresistível para mim. Boba que sou, fiquei tremendo. Ele me deu um oi e eu fiquei muda, tensa.. Tentei disfarçar com mil sorrisos, mas o perfume dele já tinha me invadido e eu não estava mais raciocinando. Ele ficou por perto. Sorriu, brincou... Eu bebi para ficar menos nervosa. Estava me saindo bem, apesar de tudo, até que ele colocou a mão na minha cintura... Senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo. Fugi. Ele veio atrás. Me abraçou, me puxou para ele, chegando o rosto perto do meu e.. "Para! O que você está fazendo?", eu consegui interromper, parar ele no meio do caminho. "Fazer o que é certo ou o que se tem vontade?", ele perguntou, com a mão no meu rosto e uma proximidade inquietante. "O que é certo.", respondo, não acreditando na minha resposta e no que estava acontecendo. "Tem certeza? Porque eu vou ficar parado aqui...". E então eu não consegui resistir mais. Me entreguei, fiz a coisa errada sabendo que era errado e me crucifiquei depois disso. Não me arrependo porque eu gostei bastante, eu fiz o que tinha vontade também; mas essa atitude dele ultrapassou uma linha tênue e agora eu não sei mais como lidar com isso, com ele... Eu queria e sabia que não teria. Mas agora eu tive por um momento e um momento só não me basta mais, não me é suficiente... (E isso me assusta profundamente!! Mas fica para um próximo post..)

E então eu fiquei pensando: quem foi que disse que fazer o que se quer não é o certo a se fazer? Desde quando eu comecei a ter medo de sucumbir às minhas vontades? A vontade é a condição primeira de existência do ser humano: eu quero, logo existo! Não me arrependo. Cedi a minha vontade e fui feliz por instantes, mesmo que agora eu esteja em um momento de crise. Se ceder a vontade é ser fiel a si mesmo, então a vontade e o certo podem ser a mesma coisa, logo a pergunta inicial não faz sentido. E se não faz sentido por que eu ainda estou tão preocupada? Porque eu gosto dele e queria ser mais que apenas uma vontade momentânea.


Em tempo: ainda não consegui pensar em um apelidinho para ele, minha imaginação pediu férias, aparentemente...
 

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