24 de setembro de 2008

Sobrejulgamentos e afins...

por ..bee.. às 16:23 0 gritos de felicidade
Sei que o assunto que está bombando em tudo quanto é lugar é o novo acordo ortográfico da língua portuguesa que entra em vigor no Brasil a partie de janeiro de 2009. Sobre este assunto a única coisa que eu falo é: vou sentir falta do trema... =(


Enfim... Voltei a postar aqui inspirada por um episódio de Sex & The City... - Mais do que normal isso, né? - Dessa vez o escolhido foi o Episódio 70, ou o 4º da Quinta Temporada, que se chama "Cover Girl". Resumindo muito: Carrie pega a Samantha fazendo sexo oral em um entregador e a julga, por mais que ela diga que não.
E eu fiquei pensando: "quantas vezes não julgamos nossas amigas, mesmo sem querer?". Não acho que seja por mal, uma simples comparação já é um julgamento - ainda mais acompanhado daquela frase clássica "eu nunca faria isso!".


No entanto, também acho que é o tipo de coisa que não conseguimos evitar: vivemos em uma sociedade que nos obriga a fazer isso o tempo inteiro. Somos egocêntricos e etnocêntricos. Estamos acostumados a julgar e a discriminar as coisas que são diferentes das que estamos acostumados. Um exemplo? O clássico: as mulheres mulçumanas que só podem sair de casa com uma burca. O primeiro pensamento que nos vem a cabeçã é "Que absurdo! Isso é um crime contra os direitos humanos básicos!". Mas isso é assim para a nossa sociedade, cristã, ocidental. Para elas, estar usando aquela roupa é um motivo de orgulho, de respeito e de exibição da própria cultura. Mais o menos o mesmo para gente seria usar uma fantasia no Carnaval e desfilar na Sapucaí, sambando (!).


No fim das contas, é tudo uma questão de ponto de vista. E de julgamentos... Juro que depois de passar 1 ano e meio estudando antropologia na faculdade, eu estou tentando me policiar em relação a isso, mas ainda assim, eu julgo. Não consigo evitar. E continuo achando que é da natureza humana julgar, por que não gostemos...


*-*

19 de agosto de 2008

... eles não sabem os filhos que têm...

por ..bee.. às 11:53 0 gritos de felicidade
Momento revolt total por aqui...
Apesar de ter mudado o layout do blog para um todo girly, o post não corresponde...

Bom, ouvi por ae que eu não sou a única que vive com uma mãe que tem mania de jogar na cara o quanto ela gasta comigo, e o quão inútil eu sou porque eu não trabalho, só estudo...
Muito bem, vamos aos fatos:

*De todos os amigos que estão na mesma situação que eu, todos estão estudando em universidades públicas (as melhores do país!!!!) e são uns dos melhores alunos da turma.
*Sempre foram bons alunos, bons filhos, bons amigos... Fazem tudo o que seus pais pedem, ajudam em casa, não bebem, não fumam... Resumindo: são os filhos que todos os pais querem ter.. Menos os seus próprios...

No meu caso, desde pequena eu ouço minha mãe me comparar com as filhas das amigas, e sempre pensei que isso era uma baita de uma injustiça, porque se eu não era a filha perfeita, ela também nunca foi a mãe perfeita... Com o passar do tempo, cheguei a conclusão de que ela simplesmente não me dá valor, não importa o que eu faça. Quer um exemplo?!? Nunca cheguei em casa completamente bêbada, apesar de já ter tomado os meus porres, pra não deixa-la ver essa cena degradante... No entanto, no início do ano, a minha irmã não só ficou bêbada de cair, como ligou para a mamãe ir buscá-la na festa... E o que a minha mãe fez?! Foi, buscou, deu banho, botou pra dormir, e no dia seguinte.. Pergunta se deu uma bronca ou algo do gênero?! NADA!! Nadica de nada!! Até riu da situação... É pra ter raiva, né?!
E é sempre assim, em relação a minha irmã... Eu virei o lixo da família porque eu me matei durante 2 anos pra passar para uma faculdade pública, para ter um futuro tranquilo, com estabilidade financeira e não depender de ninguém. A minha irmã é a heroína, que está trabalhando, ganhando 700 reais por mês, independente... Que orgulho!! Mas é como uma aamiga minha me disse: "Hoje, 700 reais por mês é o máximo! Ela se sustenta... Mas amanhã, quando ela tiver 2 filhos pra criar e não tiver feito uma faculdade, esses 700 reais vão ser suficientes?!" É uma pena que a minha mãe não enxerge isso... Que não apóie a minha decisão... é um pena...

É uma pena que eu não aguente mais essa situação, que eu não queira mais ficar em casa... Que a convivência com a minha mãe e a minha irmã tornou-se insuportável... É uma pena que elas estejam me empurrando para longe, cada vez mais, e estejam abrindo um abismo entre nós... Porque o dia que eu sair daqui, eu não volto... Nunca mais...

3 de agosto de 2008

Sobre príncipes encantados, finais felizes e afins...

por ..bee.. às 00:27 1 gritos de felicidade
É fato: crescemos doutrinadas a acreditar em príncipes encantados! Lendo o blog de uma amiga esta semana, cheguei a esta conclusão... Mulher é um bicho meio estranho mesmo, sou obrigada a concordar com a maioria dos homens...

Não é pretensão demais nossa querermos um príncipe encantado? Será que somos mesmo princesas merecedoras de tal nobre criatura para nos salvar de nós mesmas?

Sei muito bem que não sou nenhuma Cinderela (já completei 16 anos há muito tempo e não caí em nenhum sono profundo...), ou Branca de Neve (mania de limpeza?! Não... NUNCA), ou muito menos Bela (talvez a parte de morar em um vilarejo seja quase verossímil)... Mas continuo me achando no direito de ter um príncipe encantado! Por que?

Por que começamos um relacionamento já com esta bagagem, com esta expectativa? Por que logo na primeira briga, desentendimento (ou a descoberta de uma mania horrível dele) nos faz pensar "acho que não era ele..." ou "talvez ele não seja o cara certo"? Não é muita maldade jogarmos esta carga toda em um homem que mal conhecemos? E querer que ele seja perfeito?
Boa parte de mim prefere culpar a sociedade por me fazer acreditar em príncipe encantado. Mas a outra parte, a racional, entende que na verdade eu tenho medo. Medo de me apaixonar, medo de me machucar... E que essa figura é o meu ponto de apoio, o meu parâmetro. O problema é: essa figura não existe. Príncipe encantado é para as princesas e contos da Disney.

Sim, é pretensão demais. E sim, é maldade demais com o pobre ser. Vamos colocar os pés no chão meninas: príncipe encantado uma ova! Vamos em busca de homens reais... que nos tratem como princesas, lógico!
***

22 de março de 2008

por ..bee.. às 23:30 1 gritos de felicidade
Estive pensando...
(sim, eu roubou nome da coluna dos outros, Antonio Prata que me perdoe, mas eu duvido que ele vai ler este blog, então...)
Não sou nada e nem ninguém sem a minha faculdade! É fato! Senti a diferença nestas férias, mais do que longas... É como se naquele mundinho eu fosse estimulada a pensar, a raciocinar, a entrar em discussões, a querer ir além... E quando não estou lá: preguiça total!!
Recebi alguns scraps durante as férias de um jornalista (aliás, não tenho idéia de como ele achou o meu orkut... O.o) me questionando sobre esse mundo da arte, dos museus, do fetichismo em torno do ser artista, do romantismo da arte; e eu juro, se fosse uma conversa real, eu teria paralisado... Congelado completamente e tentado fugir (er... você sabe onde fica o banheiro? **weirdo**)
Porém, agora que a minha preguiça mental acabou devido à volta às aulas... Tomei coragem e o respondi... Fuxiquei o blog dele primeiro, lógico [!!!], precisava saber quem era o cara... Um currículo invejável... (Onde eu tô me metendo?!?!) Respirei fundo e escrevi...
Não sei não, mas involta neste universo acadêmico e em seus questionamentos me sinto mais poderosa do que uma mera mortal.. Por mais enrolada que eu esteja lendo os textos de Antropologia, Estética, Escritura, História da Arte e ainda tentando fazer o maldito trabalho de Escultura, eu não tenho mais preguiça de pensar... Esquisito, né?
***
 

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