28 de novembro de 2012

Pedro,

por ..bee.. às 21:14 1 gritos de felicidade
Pode-se dizer que eu sou facilmente influenciável pelo que leio e vejo. Para desespero dos meus pais, minhas crenças mudam tanto quanto o meu cabelo (e para o seu desespero também, que detesta minhas novas madeixas loiras)... Tenho horror a ficar parada. Detesto a ideia de que mudar de opinião é sinônimo de confusão. Enjoo fácil das coisas, mas não abro mão de um bom romance ideal. Dos meus filmes de menininha, do conto de fadas, da vida perfeita.

Nós não temos uma história perfeita (apesar de estarmos apenas na introdução, mesmo depois de 1 ano). Quando nos conhecemos não foi um momento arrebatador e a nossa vida não mudou quando nos beijamos pela 1a vez. Levou 2 anos para nos encontrarmos, para que o meu trem parasse na sua estação e estacionasse, apesar de ele já ter feito uns intervalos por lá antes. Demorou um tempo para eu entender que a minha vida não seria mais a mesma porque eu já não era mais a mesma. Por mais que você ache que eu não tive escolha, hoje eu vejo que a cada momento eu te escolhi.

Cada vez que eu fugia, eu não fugia porque eu não queria, mas sim porque eu achava que não merecia. Eu nunca me vi com uma boa garota, eu nunca fui a confiável, eu sempre tive desejos e vontades maiores que o mundo e as convenções sociais. Eu sempre fui a garota que se permitia e você não foi o 1o a não confiar em mim. E eu tinha ciúmes de você, eu tive ciúmes de você por tanto tempo! Tinha ciúmes porque eu acho que no fundo eu sabia que você seria o cara que me faria sossegar. Que me corrigiria e que estaria sempre ao meu lado. E chega uma hora que uma garota tem que parar de esperar que sua vida comece e começar de fato a vivê-la. Chegou uma hora que chorar no seu ombro por um outro garoto não tinha mais finalidade senão a de ficar deitada no seu ombro, ouvindo a sua voz, aproveitando o seu carinho e cuidado. Que não estar com você, me fazia desejar estar e mais ainda: mandar sms de madrugada ou em qualquer outra hora do dia, porque eu sentia sua falta e queria você do meu lado.

Você mudou a vida como eu a conhecia e com isso eu mudei. E foi de uma maneira tão sútil que eu nem percebi, então, me perdoa se eu não conto o tempo. Isso não significa que eu não me importo, mas sim que você é uma constante, uma unanimidade na minha vida, que eu só consigo dividir o tempo em quando eu não estava com você e o agora, quando eu conto as horas para chegar em casa e ficar deitada no seu ombro vendo filme do Batman.

Eu só queria te dizer isso, enquanto você não chega do trabalho. Que eu estou te esperando, que eu sinto sua falta, mesmo quando nós só passamos 10 horas separados. E que a vida como eu conheço, com você ao meu lado, é a que eu quero ter até quando eu for bem velhinha e esclerosada e não lembrar quem você é. E eu espero que você tenha paciência para me fazer voltar para você: mesmo que eu seja mais teimosa do que eu sou agora, você sempre vai ser o meu cara.

PS: Eu te amo.

#4meses


20 de outubro de 2012

Todas as coisas estúpidas que eu faço para você não lembrar dela

por ..bee.. às 00:18 0 gritos de felicidade

Sinto saudades de escrever de tempos em tempos. Às vezes me bate uma inquietude que só as palavras sossegam. Costumava pensar que era quando eu precisa resolver alguma coisa dentro de mim, e hoje estou aqui: inventando dramas que me levam a pensar para escrever. Céus! Estou ficando louca. E rabugenta também. Não sinto mais aquela necessidade de gostar das coisas para ser simpática ou até mesmo ser simpática para ser simpática.

Ando observando o potencial das ambiguidades e a delicadeza das dualidades. Estou com necessidade de drama! Nem que seja para me lembrar da efemeridade das coisas e da potencialidade dos meus sentimentos. E então, em uma velha conta de celular vem o drama, como por encomenda, inquietar o meu coração e fazer soprar um vento de tempestade na calmaria do meu mar. 17 mensagens de celular trocadas em 3 horas. ES Movel TIM - área 27, a operadora me informa. Aliás, ME informa nada: informa a ELE. A mim, a operadora dá um soco no peito. Ou quem teria sido ele quem me deu um soco no peito?

Ai! As coisas estúpidas que eu faço por gostar dele... As memórias que eu queria que ele não tivesse, o quase acontecido que nem era para ter sido quase. Acabou o amor, isso aqui vai virar o ciúmes. Tudo bem, não acabou o amor, não acabaria assim por uma bobagem, mas é melhor previnir:

1. Nada de O Teatro Mágico em casa. Dor. Muita dor. Sempre vou ficar pensando se ele está pensando nela.
2. Morena e Samba a Dois, do Los Hermanos, estão liberadas. Mas SÓ essas. Ele já foi em milhões de shows do Los Hermanos com outras pessoas.
3. Viagens: evitar Salvador, Ouro Preto e o Rio Grande do Sul, INTEIRO! Espírito Santo então.. pff! Nem se sonha que esse estado existe debaixo do meu teto. Recortei e joguei fora do meu mapa do Brasil.

Neurose. Psicose. Alucinação.

Tenho que ser menos patricinha, talvez entrar na academia. Experimentar pagar de cultbacaninha: quem sabe usar vestidinhos neohippies da FARM e fazer campanha ecológica para mudar o mundo? Não, espera: ela é assim. então eu tenho que ser diferente disso tudo. Ai! As coisas estúpidas que eu faço para você não lembrar dela. Me confundem, até!

Acho que eu queria poder apagar experiências. Vivências, memórias, amores. Zerar o HD. Só eu sinto ciúmes do passado? Só eu sou tão neurótica assim? Hm. Talvez eu seja. Mas então ele chega em casa, cansado do trabalho, abre um sorriso desconcertante e diz: "Mulher, você está linda de pijama e óculos!" e então eu penso: "Esse homem só pode me amar mesmo..."



PS: Algumas informações foram modificadas. Leia-se: não sou tão neurótica assim, era só para dar clima. rs.
PS2: Eu realmente não suporto O Teatro Mágico. E isso realmente está proibido aqui em casa.

14 de agosto de 2012

um tanto assim ó!

por ..bee.. às 22:54 1 gritos de felicidade

Tanta coisa mudou na minha vida. Tanta serenidade a mais, tanta alegria a mais.. Tanta vida a mais. A dois.
Tão sentados no sofá, cada um na sua, o vizinho ouvindo Chico Buarque alto e nós curtindo o momento a dois, com um simples carinho nos pés.. Tão diferente do que eu imaginava a minha vida.

Me deu saudades de escrever. Na verdade, eu vim ler o que eu andava escrevendo e fiquei com saudades. Com vontade de escrever, mesmo sendo assim, sobre nada. Ando inspirada ultimamente que qualquer nada é um assunto que rende, que se desdobra em risadas, em reflexões, em um algo. Ando sem tempo! Muito sem tempo, mas com uma vontade enorme de produzir, de fazer, de acontecer.. Vontade, sabe? É como se as coisas passassem na minha cabeça já esperando uma reação minha. Tenho tido muitos diálogos comigo mesma também, mas mais ainda: diálogos com um outro alguém. Alguém este que pensa diferente na maioria das vezes, mas que tem a calma e a tranquilidade de me ajudar a encontrar um meio termo.

Faço 9 meses de namoro amanhã. Estou morando com o Namorado e vivendo uma fase realmente gostosa, sabe? Onde as coisas parecem estar se encaixando e caminhando para um algo bom.. Mas onde caminhar em si já é extremamente prazeroso. Ter ele ao meu lado é a minha alegria. Acordar e dormir todo dia com ele. Ficar deitada na cama reclamando do amanhecer, ser dona de todas as preguiças do mundo, não querer nunca mais sair do lado dele. Estou vivendo isso tudo tão nosso! Com as minhas chatices de sempre, as minhas rabugices, as minhas neuroses de querer a casa sempre limpa.. Os meus biquinhos quando ele não faz o que eu pedi. A frustração de chegar em casa e ele estar vendo Naruto no computador e a pilha de louça aumentando... Ou a delícia de preparar um jantar a quatro mãos..

É apenas.. Tanto!
Tanto..

24 de julho de 2012

Resgate do Wilson

por ..bee.. às 12:59 0 gritos de felicidade
Gente bonita.. To voltando aqui para pedir uma ajuda..

Minha amiga resgatou esse peludo e eu estou apaixonada por ele, mas infelizmente não tenho espaço para adotá-lo. Ela criou um blog com a história dele.. http://adoteowilson.blogspot.com.br/

E tem ainda a vaquinha pra ajudar nos custos do veterinário..
Resgate do Wilson: Participe da minha vaquinha!

Estou passando adiante e se vocês puderem contribuir e divulgar, seria incrível!!

Prometo que volto com mais calma para contar a loucura e a calmaria que a minha passou e como eu sou uma mulher casada agora.. ahá! rs.

25 de abril de 2012

por ..bee.. às 21:47 2 gritos de felicidade

"E eu tão singular, me vi no plural"
(Lenine)

Das coincidências felizes da internet, encontrei essa frase jogada ao léu em um tumblr. No momento que eu a li algo em mim fez click. É isso. É exatamente isso. Eu não me sinto plural. Me sinto sozinha. Barrada. Aquela que deveria estar promovendo a festa ou pelo menos ajudando o DJ a fazer o setlist, mass... Não me deixam entrar.

Sabe quando você não quer ser uma dessas mulheres que dependem de homem para ser feliz? Sim, eu acho que eu sou uma dessas. Fico feliz em estar em um relacionamento, mas não em ter um. A diferença? Acho que ter é uma coisa superficial: você tem alguém que está lá e não precisa fazer muito esforço. São momentos de paixão, compreensão, mas ainda assim é uma coisa morna. Estar é vivenciar, é querer ser dois, é se sentir mal quando o outro está mal... É mais intenso, mas também mais difícil.

Hoje eu entendi que há muito tempo eu não queria estar em um relacionamento por isso, pela intensidade. Onde está a minha válvula de escape? Era tão mais fácil quando ela existia e ainda assim isso não influenciava em nada. Era tão mais fácil fugir quando algo não saía como esperado... Quando se tem um caso, só se tem a parte boa da coisa: o sexo, os encontros felizes (que quando muito são uma vez por semana). A cobrança fica de fora, a convivência, a chateação, aquela mania totalmente irritante. E quando se sente que está se entregando demais a algo que não tem futuro, é só procurar a próxima coisa: a válvula de escape. É tão fácil! Quando eu estava me apegando ao Balsaquiano, eu fugia. Saía para conhecer gente, me distrair, desligava o celular. Quando eu me apeguei ao Empresário, liguei para o Balsaquiano no dia seguinte... Só o que eu queria era fugir. E fugir é tão legal!!! É mais um desses meu quereres momentâneos, eu vou me arrepender depois porque eu tenho um algo sólido e concreto que me deixa feliz na maioria das vezes... Mas como eu me acostumei a fugir quando algo não sai do jeito que eu quero... Eis o meu drama.

São 5 meses de namoro, mas às vezes eu ainda não me sinto parte da vida do Namorado. Porque eu sou a última a saber quando alguma coisa acontece, porque quando ele está chateado ele se fecha completamente e porque nós já tivemos essa briga outras vezes. Não acho que ele perceba que isso me faz mal e não consigo nos ver chegando a um consenso. É frustrante e me faz querer fugir, ligar pro Balsaquiano e abrir mão de tudo. Ficar de papo no estúdio... Beber cerveja... Não sei estar em um relacionamento e não fazer parte da vida dele. Não compartilhar as frustrações, os medos, os planos, as dúvidas. Será que eu estou tão errada assim?! Não estou pedindo que tudo sejam flores, só.. Quero estar de verdade ali, por perto, pro que der e vier. Acho que estou cansada de me sentir sozinha, mesmo em um relacionamento.

9 de março de 2012

Assinado: eu.

por ..bee.. às 13:36 2 gritos de felicidade
O coração é uma caixinha de surpresas. Eu abuso do meu, eu sei. Guardo as coisas com as quais eu não sei lidar bem lá no fundo e vou entulhando outras em cima, até que um dia.. BUM! Uma música, uma lugar ou até mesmo um cheiro, fazem com que a minha bagunça caia no meu colo e cá estou eu.. Tendo que lidar com aquilo novamente e ainda assim, de uma maneira diferente.

Começou com uma música. "Assinado eu", da Tiê. Eu nem gosto muito dela, mas uma amiga estava ouvindo uma outra música e eu estava em um clima musiquinhas para dormir e acabei colocando o YouTube Mix que tem dela pra rolar.. E aí, essa música me pegou, literalmente. A princípio ela era tudo o que qualquer pessoa gostaria de dizer a um ex-peguete. Então, depois de ouvir com cuidado percebi: "E te peço, me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada, Pois fiquei atordoada, Faltou o ar..". Era eu. Era para mim. Era o fim da minha história com o Rato, era tudo o que aconteceu conosco vindo à tona novamente. Fiquei com esse trecho da música na cabeça por cinco dias. Dormia e acordava cantarolando isso.. Até que eu entrei no Facebook e a Madrinha (pessoa linda que apareceu na minha vida) tinha postado. Comentei que estava com isso na cabeça e ela disse: "Escreve!". E então eu estou aqui, lidando com o meu estranhamento a uma questão que para mim já estava resolvida. 


Pensei em não escrever, em ignorar para evitar remexer no passado. Mas é uma história que faz parte de mim, da minha bagagem. E, pensando bem, está sim resolvida. O que eu sinto em relação a ele é saudades, mas aquela saudade boa, sabe? Que você pensa na pessoa e no que vocês viveram e sorri porque foi uma história bonita, que deu margem para a história que eu estou vivendo hoje. Mas que ao mesmo tempo, eu me sinto culpada de alguma maneira por não ter sido a namorada dele. Existia tanto amor dentro de mim, que em momento algum eu quis arriscar isso. Parece estranho, mas foi bem isso mesmo. Eu queria ter sido a namorada dele, mas pela distância, eu não quis arriscar "prendê-lo" ou me prender.. E então eu o deixei solto, voando por aí, com a certeza que existia uma linha invisível que nos ligaria.. Até alguém não ter visto essa linha e te-la cortado. Mas nós aprendemos com os nossos erros e crescemos. Ou pelo menos, tentamos. E nós dois seguimos em frente, ele com um filhote a caminho e eu com milhões de outros sonhos construídos com um outro alguém. Queria ser amiga dele, mas também sei que as coisas não serão como antes, então.. Melhor deixar pra lá. Aprendi a acreditar que a vida se encarrega dos reencontros quando estivermos preparados.. Melhor não forçar as situações. No agora, eu estou feliz, de verdade. E espero que ele esteja também.. Sem culpa.


27 de janeiro de 2012

Comer, rezar e amar

por ..bee.. às 15:47 2 gritos de felicidade
Sou chata e tenho preguiça de livro de autoajuda, mas também sou curiosa. Quando me falaram de Comer, Rezar e Amar, a ideia me pareceu interessante. Porém, como eu sou chata, rejeitei o pobre do livro porque ele havia virado modinha e estava sendo endeusado por 8 de 10 mulheres com quem eu conversava. Deixei passar, a preguiça foi aumentando e finalmente o filme foi lançado. Javier Bardem e Julia Roberts: gosto dos dois. No dia que marquei com a minha amiga-irmã de ir assistir no cinema, tive uma blaster crise de TPM no melhor estilo: "não tenho roupa para sair", e acabei me atrasando e ficando mais irritada ainda e não fui. Outro dia, outras amigas iam ao cinema, me chamaram, eu animei e não me lembro porque também não fui. Naquela época, o Namorado ainda não era namorado, mas nós já tínhamos alguma coisa. Ele foi no cinema com essas amigas e quando nos encontramos depois ele implicou comigo: "Você é uma falsa magra!". Confusa, eu perguntei: "E o que diabos isso quer dizer?". E ele respondeu: "Assiste Comer, Rezar e Amar que você vai entender." Minha curiosidade é uma praga! Tentei procurar o filme em algum cinema, mas já não estava mais passando e eu teria que esperar chegar na locadora. (sim, eu sei que as pessoas baixam filmes pela internet, mas eu sou uma negação com isso, então.. ou alguém baixa e me passa ou eu alugo na locadora.)

Fui assistir o filme muito tempo depois e totalmente por acaso. Estava em casa quieta, trocando de canal quando descobri que estava em exibição na HBO. Gostei do filme, bastante. E ele "veio para mim" em um momento que eu precisava ouvir algumas coisas, então funcionou como autoajuda, mas uma autoajuda de leve, sabe? Das coisas que eu absorvi para mim: a busca constante pelo equilíbrio, o deixar ir embora, sentir saudades do que aconteceu, sentir doer, mas mandar de volta boas energias.. Deixar ir mesmo. Foi pós término da minha história com o Rato e eu estava sofrendo mais do que eu jamais admitiria. Absorvi a serenidade de aceitar que as coisas acontecem e que eu não sou culpada de tudo. Enfim, papo brabo mesmo de mudança de vida. E então eu comecei a pensar em quantas vezes eu estive para assistir o filme e não assisti. Se eu tivesse assistido antes, talvez não tivesse me prendido a essas coisas que fizeram diferença na minha vida, justamente porque elas passariam desapercebidas em outros momentos.

Hoje, estou recorrendo a este filme de novo porque estou em busca do meu equilíbrio. Até então, achava que tinha encontrado. Eu me sentia bem comigo mesma... E não que agora eu não me sinta bem, mas eu tenho uma desmedida em mim. Um novo sentimento que é enorme e intenso e chega a doer. E a perspectiva do desequilíbrio me assusta, porque é isso o que esse sentimento causa em mim. É tão grande que me absorve. "Às vezes, perder o equilíbrio por amor faz parte de viver uma vida equilibrada". Tenho medo de me perder. De novo. Justo agora que eu tinha me encontrado. E isso é estranho porque eu me sinto contraditória. Estou feliz, mas quando me vejo voando sem asas, me assusto. E então eu acho que sou a criatura mais estranha e complexa desse mundo. O que eu queria dizer é que eu me identifico com a Liz Gilbert no final do filme. Perder o equilíbrio é bem assustador.

17 de janeiro de 2012

Muito prazer, amor: sua namorada.

por ..bee.. às 23:29 0 gritos de felicidade
Dois meses e pouquinho. Acho que nenhum de nós dois pensou que chegaríamos aqui. Ou que lembraríamos dessa data. Prometemos não ser um desses casais convencionais que comemoram tudo, afinal nem lembramos quando foi o nosso 1o beijo (mentira, eu sei que foi dia 30 de maio de 2009, mas só lembrei depois de muito esforço.. rs). Acho que nunca pensamos que seríamos aquela pessoa um para o outro... Aquela, sabe? Que você vai dormir pensando em, que você acorda pensando em, que te deixa a criatura mais feliz do mundo quando você se mexe na cama de noite e esbarra com ela.. Ou então quando você acordar assustado e só de ver que ela está ali do seu lado, você sorri feliz e se acalma..

E aqui estamos. Dois meses depois, brigados. Porque eu sou neurótica, porque a minha TPM dura 3 semanas, porque eu me irrito com você e simplesmente não consigo conversar. Porque você guarda as coisas para você, porque você é implicante, porque você não demonstra tanto quanto eu gostaria que você me ama. Estamos brigados por bobeira, eu sei. Mas sinto te informar, meu amor, essa não é a 1a e nem vai ser a última.

Eu sou assim, amor. Eu fico brava, eu brigo, eu falo, eu grito, eu explodo.. Nem que 5 minutos depois eu tenha que pedir desculpas. Sim, você nunca namorou antes e eu não tive boa experiências. Nós temos as nossas manias, mas isso não é desculpa. Eu sei que eu não sou a mais normal do mundo ou a mais segura.. Não sou a cult bacaninha, nem a riponga louca. Eu sou assim, amor. Eu sou uma menininha, que faz questão de todos os carinhos e mimos e beijinhos. Que te machuca porque ela não sabe ficar quieta quando você está por perto. Eu sou assim, amor. Em um segundo eu quero fugir de tudo e todos e no minuto seguinte eu quero dar uma grande festa e chamar todo mundo. Eu penso nos dois lados de tudo e por isso eu me culpo, me magoo e evito te cobrar qualquer coisa, porque eu sei que eu não gosto de ser cobrada. Eu tenho medo, muito medo, por mais que eu tente disfarçar isso. Eu sou flamenguista. Eu gosto de beber, de calor, e tenho mania de dieta. Eu sou muito desastrada! E isso eu te avisei.. Eu sou assim, amor.

Eu escrevo desde que eu me entendo por gente. Eu me atrapalho, eu confundo os sentimentos, mas não sei ser de outra maneira que não intensa. Estou tentando ser racional, mas é difícil. Eu sou ciumenta. MUITO. Mas eu confio em você. E confio porque eu acredito que se você não quisesse, não estaria comigo. E eu quero estar com você, mas também quero saber respeitar o seu tempo. Eu sou um desastre com o tempo, eu confesso. Não sei lidar com ele direito e ultimamente estava acostumada a fazer tudo ao meu tempo. Quando eu estou com saudades, eu fico na defensiva, porque eu acho que só eu sinto saudade.. E eu não quero ser uma louca grudenta. Quando eu estou triste, eu minto.. Digo que está tudo bem só para você não se preocupar. Quando eu estou brava, eu perco o fio da meada e acabo dizendo coisas que não quero dizer. O sim vira não, e a dor parece que só passa depois que eu desconto em cima de alguém. Me incomoda não ser a pessoa em quem você confia para contar os seus problemas, mas eu tento entender também que você não está acostumado com isso.. Não é fácil, para nenhum de nós dois. Eu sou difícil. Eu tenho problemas de abandono. Tenho Síndrome de Peter Pan. Talvez eu seja bipolar. Eu estou beeeeeem longe da perfeição ou do socialmente aceitável. Aprendi a confiar desconfiando e eu sei que você sente isso.

Apesar de tudo, eu acredito no amor. Acredito na felicidade. Acredito em nós dois. Talvez eu não seja quem você esperava que eu fosse, eu ainda estou aprendendo muita coisa e tem tantas outras que eu ainda quero aprender. Gostaria que você ficasse por perto e que nós dois aprendêssemos juntos. Então, prazer, amor. Essa sou eu, sua namorada.

"Nunca se esconda assim/Eu não vou saber te falar, te explicar que/Eu também me assusto muito/
Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais/Que pensam demais/Logo mais, vou correr atrás de ti."






Nunca. A Banda Mais Bonita da Cidade.

16 de janeiro de 2012

Meio pensativa, meio culpada..

por ..bee.. às 12:34 2 gritos de felicidade
Não sei o que tem me dado ultimamente que eu ando assim. Passo uns dias de intensa felicidade.. Daquelas coisas bobas e idiotas de filme mesmo, tipo, sujar o rosto do Namorado de sorvete e ficar rindo, correr pela rua sem motivo nenhum e gargalhar. Aquela incrível sensação de estar flutuando. Me sinto segura com o Namorado. Me sinto feliz. Me sinto tentando ser alguém melhor. Me sinto boba. Me sinto completamente extasiada só de ver ele falando do trabalho dele e de arte, num bar, em plena noite quente de domingo... Tenho orgulho dele, gosto de como vemos as coisas de maneira diferente. Mas às vezes é justamente a maneira como vemos as coisas diferentes que faz com que nos desentendemos.

Meu último namoro foi complexo. 3 anos de comprometimento e muitos arrependimentos. Éramos uma possessão mútua. Abrimos mão de milhões de coisas um pelo outro, e eu me arrependi das coisas que eu abri mão. Prometi para mim mesma que não faria mais isso, mas mais ainda: que não pediria a ninguém que fizesse algo por mim. Ainda mais se eu não estivesse disposta a fazer o mesmo. Quando eu e o Namorado começamos, eu bati muito o pé nessa tecla: não quero perder a minha individualidade e não quero ele perca a dele. Então estamos vivendo assim, de uma maneira equilibrada... Ou tentando pelo menos.

Aprendi a ser muito independente. A tomar decisões em cima da hora. A querer e fazer. A conversar sobre tudo, a discutir, a ouvir coisas, discordar e rebater. O Namorado é calado, quieto, observador. Não gosta de bagunça, não gosta de tumulto.. E pra mim, quanto mais bagunça melhor. Gosto de gente, de casa cheia.. Ele gosta de ficar quieto no canto dele. Eu gosto de sair pra comer em botequim, ele gosta de cozinhar.. Sim, eu me pergunto por que diabos estamos juntos o tempo todo. Conversamos ontem e ele passou a noite em claro enquanto eu roncava feliz e contente na cama. Expliquei para ele que eu não me acho no direito de pedir que ele mude, assim como eu não quero que ele me peça isso. Disse que se alguma coisa me incomodar muito e eu perceber que não vou suportar, eu vou preferir ir embora, por mais que eu o ame. Disse até que eu ir embora é "uma prova" do quanto eu o amo. Minha vida, minha escolha. Mas agora fico pensando que talvez as coisas não sejam tão assim. Nós temos uma vida em comum. Não é mais eu tomando decisões por mim apenas.. E então eu me sinto culpada. E eu não acho que o Namorado entenda isso.

Por mais que eu faça planos para um futuro com ele, algumas pequenas coisas ainda são difíceis para mim. Já outras são naturais. Talvez seja egoísmo meu querer que ele me entenda. Sinceramente? Eu acho que não sei mais ser namorada. Mas eu estou tentando, de verdade

6 de janeiro de 2012

Drogas, Manolo!

por ..bee.. às 12:27 2 gritos de felicidade
Amo meu namorado.. A gente passou a noite inteeeeeeira conversando hoje (eu to um zumbi). Mas sei lá. Quando o assunto drogas entra em pauta eu fico tensa. Eu fico me perguntando: e se ele perde o controle? Eu quero mesmo passar a vida "correndo esse risco"? Não quero meus filhos vendo o pai deles daquele jeito, mas também não quero dar um ultimato, sabe? Acho que esse é o tipo de coisa que tem que partir dele, assim como tem que partir de mim a vontade de parar de fumar. Mas não consigo não pensar nisso e não deixar de ficar incomodada. Fico pensando que ele vai parar, até porque não é uma coisa que acontece sempre.. Mas e se ele não parar? Ele tinha parado porque estava ficando com bad trip, mas ele disse que no ano novo ele estava tão feliz que ele se sentiu bem para fumar, e que um dos motivos dessa felicidade era eu. MERDA! Eu não quero ser o motivo que faz meu namorado ficar feliz e FUMAR. Quero fazer ele feliz sim, mas quero que ele fique triste, com medo de ter bad e não fume. Enfim, mais um momento desabafo..
 

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