É repentino, é do nada, é acidental mas às vezes as raízes das minhas cicatrizes vêm à tona e eu percebo que elas são bem mais profundas do que eu imaginava. É aquele velho amigo por perto e eu com a mesma insegurança de uma menininha de 13 anos. Aquela menininha, sabe? Aquela que nunca pertencerá ao grupo dele. Que ele vai aguentar por perto porque ela o faz se sentir bem, mas que ele vai ver "aquela outra guria lá" humilhando ela, e não vai fazer nada. E assim ele vai, partindo o coração dela mais uma vez, bem como foi, 10 anos atrás.
Ciúme besta. Raivinha boba. Tristeza, mas enfim a conformação. Aquela menininha nunca vai deixar de existir e aquele velho amigo, ele faz mal, tanto para a menininha quando para a mulher. Mas é um velho amigo e mesmo fazendo mal, faz bem, sabe? Masoquista. Por que mesmo depois de 10 anos eu ainda deixo ele fazer isso comigo? Porque é mal resolvida a história. Porque nunca houve confronto, porque o prelúdio de um confronto quase aconteceu e então o álcool estragou tudo. Quase. Meu Deus, há quanto tempo quase! Quase pertenceu, quase gostou, quase correspondeu, quase amor.
Chega! Sai desse grupo do Facebook, teu coração vai ficar mais calmo. É melhor mesmo... É melhor não ficar vendo o quanto você nunca pertenceu e assim, quem sabe quando aquele velho amigo aparecer de volta, se lembrar que você existe, tu consiga esquecer de novo.
Ai essas raízes.
9 de julho de 2013
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