12 de setembro de 2011

O que é certo ou o que se tem vontade?

por ..bee.. às 22:46
Sempre fui partidária da vontade, do livre arbítrio sem culpa cristã, mas desde que o meu melhor lado veio à tona ando querendo fazer a coisa certa. Não quero ser a senhorita perfeitinha o tempo todo, mas tenho repensado algumas atitudes minhas.

Eu sei que o cara que eu gosto tem namorada e isso é uma merda! Mas eu gosto dele, gosto de ter ele por perto, de conversar com ele... Porque ele realmente é uma pessoa interessante. Eu tenho aprendido muito com ele. Por isso eu prometi que respeitaria esse relacionamento dele. Não é fácil segurar as piadinhas ou fingir que não fico esperando esbarrar com ele em cada esquina.. Mas hey! Se eu escolhi isso para mim, eu tenho que aprender a lidar... E eu achava que estava lidando bem com isso, até que...

Nos encontramos no aniversário de um amigo em comum. Ele chegou pouco tempo depois de mim. Roupa social, óculos, barba por fazer... Completamente irresistível para mim. Boba que sou, fiquei tremendo. Ele me deu um oi e eu fiquei muda, tensa.. Tentei disfarçar com mil sorrisos, mas o perfume dele já tinha me invadido e eu não estava mais raciocinando. Ele ficou por perto. Sorriu, brincou... Eu bebi para ficar menos nervosa. Estava me saindo bem, apesar de tudo, até que ele colocou a mão na minha cintura... Senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo. Fugi. Ele veio atrás. Me abraçou, me puxou para ele, chegando o rosto perto do meu e.. "Para! O que você está fazendo?", eu consegui interromper, parar ele no meio do caminho. "Fazer o que é certo ou o que se tem vontade?", ele perguntou, com a mão no meu rosto e uma proximidade inquietante. "O que é certo.", respondo, não acreditando na minha resposta e no que estava acontecendo. "Tem certeza? Porque eu vou ficar parado aqui...". E então eu não consegui resistir mais. Me entreguei, fiz a coisa errada sabendo que era errado e me crucifiquei depois disso. Não me arrependo porque eu gostei bastante, eu fiz o que tinha vontade também; mas essa atitude dele ultrapassou uma linha tênue e agora eu não sei mais como lidar com isso, com ele... Eu queria e sabia que não teria. Mas agora eu tive por um momento e um momento só não me basta mais, não me é suficiente... (E isso me assusta profundamente!! Mas fica para um próximo post..)

E então eu fiquei pensando: quem foi que disse que fazer o que se quer não é o certo a se fazer? Desde quando eu comecei a ter medo de sucumbir às minhas vontades? A vontade é a condição primeira de existência do ser humano: eu quero, logo existo! Não me arrependo. Cedi a minha vontade e fui feliz por instantes, mesmo que agora eu esteja em um momento de crise. Se ceder a vontade é ser fiel a si mesmo, então a vontade e o certo podem ser a mesma coisa, logo a pergunta inicial não faz sentido. E se não faz sentido por que eu ainda estou tão preocupada? Porque eu gosto dele e queria ser mais que apenas uma vontade momentânea.


Em tempo: ainda não consegui pensar em um apelidinho para ele, minha imaginação pediu férias, aparentemente...

3 gritos de felicidade:

Cris Medeiros on terça-feira, 13 setembro, 2011 disse...

É bem complicada essa situação para quem tem caráter. Já passei por isso algumas vezes, mas a pior foi quando me apaixonei loucamente por um cara casado e ele por mim também. A gente viveu um romance legal que interferiu totalmente no casamento dele. Mas eu pulei fora quando vi que toda aquela situação começou a me fazer mais mal do que bem. Acho que a culpa que nos persegue nesse tipo de situação detona tudo.

Beijocas

Unknown on terça-feira, 13 setembro, 2011 disse...

Que atire a primeira pedra quem nunca passou por isso... O problema é como terminar essa situação, é tenso...
Abraço

Jovita on domingo, 18 setembro, 2011 disse...

Apelido? Por que não O empresário??

 

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