A música que eu escolhi foi Insensatez, do Tom Jobim. E depois de ouvir incessantemente a mesma música, percebi que ela me passava uma sensação de retorno, de voltar-de para si mesmo, mas ainda assim ir adiante de alguma maneira. Não desenhei um círculo porque ele não tem fim nem começo, logo, não retorna a lugar algum... Nem mesmo sai do lugar. Um círculo é amarrado, fechado. Preso. Uma espiral não. A espiral tem a ilusão de liberdade. Ela vai mais volta. E volta porque quer. E quando volta já não é mais a mesma, e então ela vai de novo. Num ciclo sem fim.
Ultimamente tenho pensado muito a minha vida como a espiral, um eterno retorno. Por mais que eu tente quebrar padrões, algumas coisas sempre voltam. Valores, pessoas, cheiros, gostos... Voltam para me lembrar as minhas dores que eu queria esquecer, mas mais ainda pra me mostrar que eu sou forte, que já passei por isso antes e sobrevivi, mesmo achando que não conseguiria.
É um retorno a si mesmo mas com experiência... Não se deixa a bagagem para trás ou as lições que se aprendeu. É mais interessante, é o que os sábios fazem para não enlouquecer... É a lembrança e o empurrão para seguir em frente. É a certeza de que aconteceu, que marcou, e por isso mesmo a lembrança ficou.
1 gritos de felicidade:
Eita que lugar lindo. Que post lindo... Inspiração total hein moça?
Continue assim, nos bndando com lindas palavras. Beijocas
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