22 de janeiro de 2011

À noite, todos os gatos são pardos...

por ..bee.. às 17:25
Convidada pelo Geminiano a passar o Reveillon na casa dele, sabendo que seria uma festa fabulosa, aceitei. Tenho uma espécie de trauma de Reveillon porque eu tenho um histórico de ir dormir cedo, sóbria e mal humorada. Aceitei a proposta por ser uma coisa diferente. Quem sabe eu finalmente não entenderia a magia da data?


[O Geminiano é o primo mais novo de uma amiga (sim, mais um garotão!). E costumamos sair juntos para beber, conversar e nos divertir. Já ficamos algumas vezes, mas nada sério.]


Chegamos na festa e ele veio nos recepcionar. Me apresentou para todo mundo, foi um fofo! E resolvemos logo começar os trabalhos: "um dose de Absoluta com duas pedras de gelo e uma rodela de limão, por favor?". E a noite seguiu nesse clima: agitação, pista de dança, open bar com Red Label e proseco além da Absolut... Me senti no paraíso! Boa música, boa comida, lugar bonito, bons amigos... (Confesso que senti falta do Rato, mas isso é assunto pra outro post.) Pela primeira vez em um Reveillon eu estava me divertindo!


Meia-noite. Brinde. Feliz ano novo! Pulo na piscina debaixo de chuva. Foi ótimo! Mais pista de dança, mais conversas de bêbabos.. A noite seguiu e os adultos foram dormir.. Além de inebriada pelo álcool, eu estava inebriada pelo ambiente. Eu não pertencia ali, mas podia me acostumar fácil!



Foi só na manhã seguinte que a ficha começou a cair... De repente aquele ambiente mágico e feliz começou a se desfazer e eu comecei a notar olhares de desaprovação que eu não tinha notado antes. Os abraços acolhedores se tornaram gelados e as conversas que tinham sido tão divertidas me entediavam. A cada vez que eu abria a boca para falar algo, a dúvida.. A certeza mais e mais de que eu não pertencia àquele lugar. Fiquei com a sensação de que tinha passado a noite com um príncipe, mas que pela manhã se transformou num sapo!



Minhas roupas não eram apropriadas, minhas opiniões ignoradas, meu ego perdido e minha personalidade se esvaindo. Quem eram essas pessoas? Por que eles se achavam superiores ao resto do mundo? E foi então que eu me dei conta de que à noite, e com uma ajudinha do álcool, todos os gatos são pardos. Saí de lá fugida, desesperada pelo tédio da minha casa, mas onde pelo menos eu podia ser eu mesma.

1 gritos de felicidade:

nana on domingo, 23 janeiro, 2011 disse...

Bom, você deve sempre ficar onde se sente a vontade e nunca sentir vergonha de si mesma!
Afinal, quem são eles pra dizer que são melhores?

 

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