12 de dezembro de 2011

um pouco de Serena...

por ..bee.. às 19:21 2 gritos de felicidade
E então que eu estou namorando. E verdade seja dita, é difícil voltar a esse estado depois de se ser solteira. Mas foi uma escolha minha. Eu cansei de putaria, eu abri mão de noites/madrugadas loucas num motel para viver um algo maior. Um algo que não faz com que eu trema da cabeça aos pés, mas que também não me faz ser surtada e louca e ficar ligando de 5 em 5 minutos para ele, para saber onde ele está. É um algo tranquilo como eu nunca achei que eu quisesse. E a grande surpresa é que eu adoro isso. Adoro ser a namorada dele.

Exceto quando ele é inseguro. Ele me disse que não confiava em mim. Tudo bem, não é novidade isso: dos últimos caras por quem eu me apaixonei, 3 de 3 me disseram isso. Então talvez seja isso mesmo, eu não inspire confiança. Exceto que eu acho que eu fico uma retardada quando estou apaixonada. Droga! Eu não quero ser aquela namorada que só sabe respirar quando o namorado está por perto. Eu gosto da liberdade. A ideia de depender de alguém me assusta um tanto! E ele sabai disso desde o começo, então por que essa crise agora? Não que eu seja a mulher mais segura do mundo, mas eu confio nele. Eu sei que se nós dois estamos juntos é por algum motivo. Eu sei que eu posso estraçalhar o coração dele a qualquer momento. Mas ele também pode estraçalhar o meu.

Não quero pedir permissão, não quero que ele peça permissão. Quero fazer o que eu quiser, e se isso incluir sair para conversar e tomar um café com o Balzaquiano, que mal tem? Talvez eu seja mesmo insensível porque eu realmente não vejo mal nisso. Aposto que se a ex dele quisesse sair pra conversar, para bater um papo, ele iria. E se não fosse eu ia achar estranho. Eu ia querer que ele fosse. Por que não ser amigo de um ex-caso? Por que não confiar em mim? Também não sei porque eu quero tanto conversar com o Balzaquiano. Talvez não queira, mas quero ter a opção de querer sem que meu namorado tenha um ataque de insegurança.

Me incomodou, de verdade. Porque me lembrou meu namoro com o ex e eu não quero isso. Não quero ter que confirmar que nada vai acontecer a casa passo que eu dê. Não quero ter que convencer meu namorado que ele pode confiar em mim, o tempo todo.

10 de novembro de 2011

eu preciso... ?!?

por ..bee.. às 09:49 1 gritos de felicidade
Tenho pensado, sonhado, sentido, vivido... Bastante! Tenho relido meus posts, revivido as angústias, me perdido nas memórias... De tudo, ficou uma grande confusão! E talvez esse post seja confuso também, mas preciso escrever minhas confusões na esperança de que as coisas se ordenem dentro de mim.

Ficou a sensação de perda. De ter encontrado a pessoa que finalmente me fez querer aquilo tudo de novo, sem nem lembrar da parte ruim, e.. Eu não ser essa pessoa para ele. O Empresário, como uma amiga sugeriu para apelido dele aqui, é aquela pessoa que trazia o melhor de mim. (miniflashback) E depois de eu ter "colocado um ponto final" (devolver o casaco dele que ainda estava comigo, pendurado do lado da minha cama) a imagem dele voltou a me pertubar esta madrugada em um sonho. A dream is a wish your heart makes. É, acho que faltou encerramento, sabe? Faltou conversar, faltou dizer como eu me sentia, faltou.. eu explodir. E no sonho, isso acontecia de certa maneira: ele dizia que tinha sido imprudente comigo e reconhecia que se arrendia. Não que eu espere que isso aconteça (ou talvez até espere, pelo pouco que eu conheci dele), mas queria.. hmm.. A preocupação de volta. Uma vez, estávamos conversando, e ele disse que se preocupava comigo, que não queria me magoar... Mas eu aposto que ele não estava pensando nisso quando me beijou. Aposto que não pensou nisso depois, quando eu estava em frangalhos e ele feliz e contente com a namorada. Dói ser a pessoa que faz alguém perceber que o que realmente quer não é ficar com você. Dói saber que a preocupação era superficial, passageira. Que todo aquele papo de que eu sou "especial" era balela. - Dizer que você é especial é fácil. Se um homem acha mesmo que você é especial, ele te mostra isso nas atitudes dele. - um conhecido (meu e dele) me disse em uma mesa de bar. O Empresário ter voltado me fez perceber que essa história ainda é um "unfinished business" pra mim..

Mudando para assuntos resolvidos, mas que ainda assim mexeram comigo.. O Rato vai ser pai. (De verdade dessa vez.) Tanto ele atentou a cegonha que olha aí: ela está trazendo uma encomenda para ele. Fiquei chocada quando soube, confesso. Talvez porque da última vez que conversamos, ele disse que ainda me amava. E por mais que quando ele disse isso eu tenha tido a certeza de que não o amava mais, ficou também uma sensação de perda. Perdi o Rato e o Ator. O "namorado" e o amigo. Minha primeira reação foi reacionária: ele não terminou a fauldade, ela mal começou a faculdade, ele tem 23 anos na cara, ela tem 18.. Um filho?! Irresposabilidade. Se fosse comigo, eu estaria surtando!! Mas eles estão felizes, então.. Só me resta desejar a eles, de todo o meu coração, toda felicidade do mundo. Que essa nova vida que se fez traga muita luz, paz e alegrias.

Talvez o problema seja esse. Eu passei tanto tempo com múltiplos focos, que é difícil me desacostumar com isso. Voltei com o meu casinho. E sinceramente, gosto de como as coisas estão no momento. Gosto de sentir falta dele e de ter ele por perto aquecendo meus pés quando dormimos. Decidimos que estamos em processo e que talvez chegaremos a algum lugar, talvez não, mas estamos dispostos a descobrir.. Levando o tempo que levar. Sem pressão. E é aí que eu me pergunto: "qual é o meu problema?!?" Conheço mil garotas que gostariam de ter um cara como ele como namorado: que sempre esteve por perto, que conhece seu melhor e seu pior, que te entende com um olhar, que é carinhoso e que se importa com você. Que vai na sua casa tarde da noite cozinhar e levar remédio porque você está gripada! E isso faz com que eu pense que eu sou insesível. Não que eu não tenha agradecido ou ficado comovida com as atitudes dele, mas por que eu não largo todas essas minhas experiências ruins e fico com ele? Por que ele não é o cara que faz com que eu queira estar com ele e SÓ com ele? Numa conversa com as minhas amigas, elas me disseram que paixão é uma coisa explosiva e que amor se constrói com o tempo. Mas para mim, o amor vem da paixão... E paixão é aquela coisa inexplicável, instantânea, que acontece e ponto. Então, talvez seja isso. Eu estou me prendendo a uma paixão (ou falta dela) quando na verdade algo maior está sendo construído...

É. Sou uma confusão ambulante. Preciso me encontrar: essa é a minha única certeza.

25 de outubro de 2011

Egoiísmo/Masoquismo

por ..bee.. às 00:03 2 gritos de felicidade
Ainda não sei ao certo o que eu estou sentindo, mas "não saber" foi o que nos fez ficar juntos. Foi a finalidade deste "relacionamento". Eu estava de casinho com um amigo e tudo começou com aquela boa e velha história: minha amiga fica com o amigo dele, os quatro saem juntos.. eu não estava fazendo nada, ele também não.. Já tínhamos ficado, tínhamos química, mas sabíamos que éramos apaixonados por outras pessoas.. seria só uma "amizade colorida".

Começou assim, quase que de brincadeira. Entre inúmeras afirmações de "nós NÃO estamos namorando!" (com ênfase no não) fomos brincando de casinha... Nos víamos quase todos os dias, conversávamos sobre tudo, íamos ao cinema, cozinhávamos um para o outro, discutíamos os temas das nossas monografias, dormíamos de conchinha e acordávamos famintos! Isso me fez perceber o quanto eu sentia falta dessa vida de casal; mas ao mesmo tempo me fez questionar se eu estava gostando tanto da situação pela situação em si ou se era por ele. Conheci a família dele, ele conheceu parte da minha, mas toda vez que alguém perguntava, nós não sabíamos o que era isso que estávamos fazendo. Tivemos surtos de madrugada, crises de falta de ar... Cheguei em casa ontem, depois de passar o dia com um casal de verdade, pensando em várias coisas.. Terminamos. E então eu me dei conta que eu não esperava um final.

Quando conversamos, eu disse a ele que não queria ignorar impulsos que me pareciam extremamente naturais (como o de ficar com outras pessoas) por estar preocupada em magoar os sentimentos dele. Egoísmo, eu sei, mas também sinceridade. Ao mesmo tempo que eu gostava do que estava acontecendo com ele, eu não queria me prender. E ele também não. Complexo. Mas nós nos entendíamos nessa nossa complexidade, sempre nos entendemos, toda vez que paramos para conversar. E conversamos bastante. Eu disse que continuaríamos amigos e que estava tudo bem, mas novamente eu fui invadida por aquela sensação de que tudo vai mudar. E eu acho que não estou preparada para isso, mas tenho que respeitar o tempo. Mais uma vez o tempo...


PS: estou triste.
PS2: egoístas também sofrem.

14 de setembro de 2011

algum psicólogo de plantão ae?

por ..bee.. às 00:37 2 gritos de felicidade
Mas assim, um que aceite fazer consultas online porque eu ando meio sem tempo... Ou então que faça consultas a domicílio, depois das 22h e não tenha objeções a minha garrafa de vinho acompanhar a sessão.

Estou em crise como há tempos não ficava. Estou racionalizando os últimos acontecimentos e pensando bastante sobre a minha vida amorosa no último ano. Uma amiga me passou uma música do John Mayer, Why Georgia?, e eu acho que ela resume bastante o meu sentimento: eu estou vivendo direito? (na tradução literal da música)

Pensando no meu histórico emocional e meus "relacionamentos" com o Rato, o Hippie e esse de agora, percebi que de certa maneira sempre acabo por me envolver com pessoas não disponíveis emocionalmente... Com o Rato existia a distância, com o Hippie existia o amor livre e a política, com esse de agora existe a namorada dele. Será que eu tenho tanto medo/bloqueio assim de ter um relacionamento de verdade que meu subconsciente absorveu isso e só faz com que eu queira investir em situações fadadas a não dar certo? Ou será que todo mundo segue mesmo um padrão? Talvez eu me meta nessas situações porque se por acaso uma delas der certo vai ser um grande "tapa na cara" de todas as outras impossibilidades. Talvez eu goste do "poder" de vencer uma impossibilidade dessas... Uma amiga me disse que, no fundo no fundo, eu fico esperando um cara que esteja disposto a fazer um grande gesto por mim... No caso, abrir mão de coisas importantes na vida deles. Não sei se chega a ser isso. Na verdade, acredito que não seja.

Ainda identifiquei outros dois "problemas" em mim (e que os três relacionamentos têm em comum): um é o fato de que eu não sei desistir das coisas. Quando eu percebi que eu me daria mal no jogo com o Rato, eu ainda assim quis continuar, quis pagar para ver. Com esse de agora a mesma coisa: eu percebi que estava me envolvendo demais e, pior, que eu estava gostando... Então, ao invés de eu "enfiar meu rabinho entre as pernas" e deixar para lá, eu resolvi continuar e ver onde isso me levaria.. Deu no que deu: choro compulsivo na madrugada de domingo porque ele levou a namorada no Engenhão para ver jogo do Flamengo.
Outro problema é que eu não sei terminar as coisas. Li em algum lugar uma vez que "a melhor maneira de esquecer um amor é se jogando em outro".. Talvez isso tenha ficado entranhado em mim de tal forma que é exatamente isso o que eu faço: eu só consigo bater o pé, dizer que acabou e não sentir mais nada por alguém quando eu já estou me interessando por outro. Vivo pulando de paixão em paixão... Do Hippie para o Rato, para o Hippie de novo, para esse de agora... Isso não me parece saudável. Justo eu que me achava uma daquelas mulheres que não precisa estar em um relacionamento para ser feliz.. "um relacionamento tem que ser o transbordamento da sua felicidade, e não a razão dela. tem que servir para te completar, mas não no sentido de que tem algo faltando, mas sim no de agregar..."

Sinto que tenho alguma coisa para resolver em mim para que eu possa lidar melhor com isso tudo, mas não sei exatamente o quê. Será que eu estou vivendo direito? Se a história está se repetindo e eu não estou tendo o meu "final feliz" nunca, eu TENHO que estar fazendo alguma coisa errada... Não consigo aceitar apenas um "não era para ser"...

12 de setembro de 2011

O que é certo ou o que se tem vontade?

por ..bee.. às 22:46 3 gritos de felicidade
Sempre fui partidária da vontade, do livre arbítrio sem culpa cristã, mas desde que o meu melhor lado veio à tona ando querendo fazer a coisa certa. Não quero ser a senhorita perfeitinha o tempo todo, mas tenho repensado algumas atitudes minhas.

Eu sei que o cara que eu gosto tem namorada e isso é uma merda! Mas eu gosto dele, gosto de ter ele por perto, de conversar com ele... Porque ele realmente é uma pessoa interessante. Eu tenho aprendido muito com ele. Por isso eu prometi que respeitaria esse relacionamento dele. Não é fácil segurar as piadinhas ou fingir que não fico esperando esbarrar com ele em cada esquina.. Mas hey! Se eu escolhi isso para mim, eu tenho que aprender a lidar... E eu achava que estava lidando bem com isso, até que...

Nos encontramos no aniversário de um amigo em comum. Ele chegou pouco tempo depois de mim. Roupa social, óculos, barba por fazer... Completamente irresistível para mim. Boba que sou, fiquei tremendo. Ele me deu um oi e eu fiquei muda, tensa.. Tentei disfarçar com mil sorrisos, mas o perfume dele já tinha me invadido e eu não estava mais raciocinando. Ele ficou por perto. Sorriu, brincou... Eu bebi para ficar menos nervosa. Estava me saindo bem, apesar de tudo, até que ele colocou a mão na minha cintura... Senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo. Fugi. Ele veio atrás. Me abraçou, me puxou para ele, chegando o rosto perto do meu e.. "Para! O que você está fazendo?", eu consegui interromper, parar ele no meio do caminho. "Fazer o que é certo ou o que se tem vontade?", ele perguntou, com a mão no meu rosto e uma proximidade inquietante. "O que é certo.", respondo, não acreditando na minha resposta e no que estava acontecendo. "Tem certeza? Porque eu vou ficar parado aqui...". E então eu não consegui resistir mais. Me entreguei, fiz a coisa errada sabendo que era errado e me crucifiquei depois disso. Não me arrependo porque eu gostei bastante, eu fiz o que tinha vontade também; mas essa atitude dele ultrapassou uma linha tênue e agora eu não sei mais como lidar com isso, com ele... Eu queria e sabia que não teria. Mas agora eu tive por um momento e um momento só não me basta mais, não me é suficiente... (E isso me assusta profundamente!! Mas fica para um próximo post..)

E então eu fiquei pensando: quem foi que disse que fazer o que se quer não é o certo a se fazer? Desde quando eu comecei a ter medo de sucumbir às minhas vontades? A vontade é a condição primeira de existência do ser humano: eu quero, logo existo! Não me arrependo. Cedi a minha vontade e fui feliz por instantes, mesmo que agora eu esteja em um momento de crise. Se ceder a vontade é ser fiel a si mesmo, então a vontade e o certo podem ser a mesma coisa, logo a pergunta inicial não faz sentido. E se não faz sentido por que eu ainda estou tão preocupada? Porque eu gosto dele e queria ser mais que apenas uma vontade momentânea.


Em tempo: ainda não consegui pensar em um apelidinho para ele, minha imaginação pediu férias, aparentemente...

11 de agosto de 2011

o melhor de mim fica guardado

por ..bee.. às 17:07 2 gritos de felicidade
Sabe aquele parte vulnerável e insegura, mas que de alguma maneira todo mundo adora, de si mesma? Aquela mais menininha, mais princesinha, mais delicadinha, mais.. inha, mesmo! Às vezes eu acho que é a melhor parte de mim. É a parte de mim que não cansa de sonhar com príncipes encantados, com amores eternos, com o comercial de margarina. É o lado que ainda tem esperança e que não foi absorvido pela vida louca ou pelo cinismo.

Sim, meus caros, o melhor de mim fica guardado: não é qualquer malandro que tem a oportunidade de conhecê-lo. Justamente por ser o meu lado mais vulnerável e sensível. Me acostumei desde cedo a ser forte, a ser o porto seguro da minha mãe, do meu namorado e das minhas amigas. Eu gosto disso: de lidar com crises. De ser a calma e serena quando todo mundo está desmoronando... Mas às vezes eu desmorono também. E quando eu desmorono, me montar de volta é bem difícil. Então eu evito expor a minha sensibilidade e a minha delicadeza, mesmo sendo assim, bem bonequinha. Eu abro espaço para o cinismo. Eu mostro o meu pior lado para as pessoas, que talvez não seja tão o pior assim, apenas um mais duro, mais... áspero. Aquela camada superior, sabe? O exoesqueleto.

Mas eu também não sou nenhuma Mulher Maravilha. Tem pessoas que aparecem na nossa vida e nos fazem baixar a guarda muito fácil, simples assim. E lá estava eu, com o meu maior tesouro exposto. Meu melhor lado, aquele que eu não mostro pra quase ninguém, de portas abertas para ele, assim, num piscar de olhos. E foi sem perceber, sem querer, numa madrugada de quarta-feira. Algumas pessoas tem a capacidade de passar confiança; ele é um deles. Eu mostrei um pedacinho e ele gostou, me mostrou um pedacinho do melhor lado dele também e eu me encantei. Mas ele não conhece o meu pior, o meu lado duro, severo, calejado da vida.

O meu melhor veio à tona quando eu menos esperava e eu tenho certeza que foi por ter encontrado alguém com quem compartilhar isso. Alguém com quem sossegar como há tempos eu não queria sossegar com ninguém. Alguém para estar comigo e só comigo, mas mais ainda: alguém com quem EU estaria com ele e SÓ com ele. E eu estou feliz com isso mesmo sendo um relacionamento só de amizade (o que não significa que por mim não seria mais.. mas isso é história para outro post). É alguém que constantemente acrescenta na minha vida, mesmo nos conhecendo a pouco tempo. É alguém por quem vale à pena me esforçar para ter o respeito e admiração, e não me contentar apenas com o meu pior lado. Alguém que conseguiu fazer uma rachadura no meu exoesqueleto. E fazia muito tempo que alguém não me inspirava tanto assim.


10 de julho de 2011

pele

por ..bee.. às 13:26 2 gritos de felicidade
Quando alguém te encosta, mão no braço, um toque quase acidental.. Olhares. Aquele sorriso meio de lado enquanto ele acende um cigarro, um olhar furtivo cheio de malícia. Mais olhares, e aquele alguém mexe com cada centímetro do seu corpo. Pele.

É sentir o cheiro dele e ficar arrepiada. Ouvir aquela voz e ter o estômago imediatamente invadido por borboletas. Pele.

É olhar para ele e querer agarrar, beijar, ser agarrada, morder, AGORA. É ficar suspirando, lembrando de todas as vezes que se perdeu o controle. É encontrar alguém que lê seus pensamentos e antes mesmo de você pedir, ele sabe o que você quer. É tapa na bunda, papai e mamãe, é qualquer outra perversão que lhes der vontade. É ter intimidade para soltar a sua fera, gritar, surtar, fantasiar.. É saber que todos os seus planos mudam e que você dispensa o mundo inteiro por mais 5 minutos com ele. É se sentir burra por não conseguir disfarçar o tanto que ele mexe com você. É querer de novo aquelas mordidas e o roçar de barba na barriga incessantemente. É testar, provocar.. Descobrir o tanto que você mexe com ele só por olhar.. É mandar uma mensagem dizendo: "te quero!" quando você está do lado dele, só para ver que ele também fica arrepiado... Pele.

É morrer para o mundo trancados em um quarto e se consumir até cansar. E 10 minutos depois começar tudo de novo. Pele.

É fazer escondido, saber que é proibido e que talvez até seja errado, mas nenhum dos dois consegue resistir. É o cheiro degradante do suor e do cigarro, que te invade e te faz querer cada vez mais. É a intimidade debaixo do lençol. É passar uma tarde inteira juntos sem se preocupar com hora para nada. É dividir um copo de conhaque depois e o silêncio. Fumar um cigarro juntos. É o cansaço e o sorriso no rosto. Pele.

É ter toda química do mundo com alguém que sabe exatamente o que fazer para te acender. É ficar acesa só de ver o nome dele escrito em algum lugar, ou sentir o cheiro dele. É saber que um simples "e aí?" é código para "nos vemos mais tarde!". É se sentir a mulher mais gostosa do mundo quando o seu olhar cruza com o dele.

É perder a noção de limite, de certo ou errado e mergulhar fundo sem pensar nas consequências. É agir por instinto, é virar bicho, é querer não desgrudar... Pele. É mais forte que a razão.. Pele.


4 de julho de 2011

Eu não sei bem porque fui gostar tanto assim...

por ..bee.. às 02:54 0 gritos de felicidade
A campainha. Tum tum. Tum tum. Tum tum. A voz conhecida. O sorriso. Aquele velho perfume que ela reconheceria como dele em qualquer lugar do mundo. Ele entrou no apartamento e ela sentiu cada pelo de sua pele se eriçar. Cada centímetro se contorcer. A proximidade dele era desconcertante. O silêncio que se fez foi ensurdecedor.

E assim, eu cinco minutos, ela se esqueceu da sensação agridoce, do balzaquiano que sempre a chama de menina e de qualquer outro pseudo-sentimento que possa ter existido essa semana.

_ É você!!_ ela gritou silenciosamente torcendo para que o olhar dele tivesse ouvido.

Viu sua concentração indo embora quando ele colocou uma música para quebrar o silêncio. O seu amor Ame-o e deixe-o Livre para amar... Percebeu o sorriso bobo se formando em seu rosto quando ele deitou no chão e a olhou. Será que ele teria percebido também? Quis dizer... Quis. Não teve coragem.

Na hora de ir embora, um abraço apertado (daqueles de quem não quer soltar nunca mais) e um eu te amo disfarçado de... se cuida!!


2 de julho de 2011

Ilusões..

por ..bee.. às 18:54 0 gritos de felicidade
Entre mil e um passantes naquele espaço, encontro um olhar conhecido. Um sorriso conhecido. Mesmos cachinhos rebeldes que tanto dormiram no meu peito. Meu coração para. Minha respiração para. Foi de passagem, eu devia estar vendo errado, não podia ser. E então ele volta e nosso olhar se cruza de novo. Reconheço novamente aqueles olhos de menino e o sorriso de rei do mundo. Ouvi sua voz. Ouvi o seu sotaque. Senti aquelas borboletas todas no meu estômago. A fome passou. A sede passou. Meu coração parou por 5 segundos. Naquele espaço aberto e enorme, me falou ar para respirar. Morri por um instante. Fui para um realidade paralela.

Ele era tão parecido que por 5 segundos eu achei que era verdade. Por 5 segundos eu vi você aqui no Rio. Por um curto espaço de tempo eu delirei, eu sonhei, eu quis você aqui. Eu quis que ainda fosse verdade, que ainda fosse você. Eu voltei no tempo. Fiquei feliz como há muito não ficava. E então tomei um "shot de realidade": nunca mais será assim.

E esses 5 segundos de ilusão me renderam sessões extras de terapia.



Desce mais uma garrafa de terapia líquida, por favor, garçom!

28 de junho de 2011

Agridoce

por ..bee.. às 21:55 2 gritos de felicidade
Dizem que temos que abandonar o passado para começar um novo presente e quem sabe assim alterar o futuro... No fundo, talvez eu ainda pense que vamos nos reencontrar algum dia, assim, por acaso.. Em um café em Paris, quem sabe? Ou nos bastidores de um teatro.. É uma sensação agridoce que me invade toda vez que nos falamos. Um misto de saudade com esperança.. Dá para entender?

Minha memória ainda vive muito você, por mais que meu coração dê seus saltos por um outro alguém. Meu rosto ainda cora com as lembranças das noites frias lá fora. Não sei explicar, mas sei que você entende, não entende? Você sabe o quanto foi real, o quanto foi nosso, o quanto foi sincero e o quanto foi amor..

Não que o passado me persiga, mas essa sensação agridoce permanece. Depois que eu postei o vídeo anterior, fui assitir ao filme "Nosso amor de ontem". Nós não éramos tão diferentes quanto a Katie e o Hubble, mas eu me identifiquei com ela. Talvez porque a Carrie tenha se identificado com ela no episódio de Sex & The City e eu me identifico com a Carrie.. Mas desde que eu assisti, eu fico pensando nisso. Em como às vezes nós somos tão complicadas que os homens preferem abrir mão de toda essa complicação para ficar com algo mais simples... Como.. gelatina!

Acho que o nosso caso foi um pouco isso. Eu e ele éramos perfeitos um para o outro, mas tínhamos a nossa carga de drama. E diante da facilidade quem prefere o drama? Eu! Eu confesso que eu sou viciadinha em drama. Gosto das impossibilidades, gosto das dificuldades, gosto de saber que eu lutei por algo, porque só assim eu sou valor àquilo... Então, nesse ponto eu sou uma Katie, uma Carrie, uma Bee.. Uma louca que é complicada, estranha, cheia de manias, de mau humor, mas que também faz pequenos mimos só para agradar e ver os outros sorrirem. "Espere e verá", eu disse. Mas esperar leva tempo e enquanto você esperava, apareceu alguém menos complicada e então.. Sensação agridoce, pelo que foi vivido e pelo que não foi vivido.

A cada dia mais eu tenho certeza de que você também sente isso.

A sua nova garota é linda, Hubble...


14 de junho de 2011

por ..bee.. às 22:14 0 gritos de felicidade

22 de maio de 2011

Querido 24º..

por ..bee.. às 17:32 2 gritos de felicidade
Seja benvindo, mas por favor traga consigo a capacidade de me fazer uma pessoa melhor. Não repita as coisas que o senhor 23º me trouxe e me fizeram mal, mas tenha a decência de deixar permanecer as coisas que me fizeram bem.

Tenho expectativas em relação a você porque eu sou apenas humana, e isso é uma coisa que talvez você possa me ajudar. O 23º me trouxe em sua reta final mais pé no chão e eu gostaria que você continuasse esse processo. Mas por favor, não faça de mim uma pessoa desiludida e desacreditada. Não mate as asas que tenho nos pés e a vontade que tenho de voar, apenas me dê sensibilidade para discenir quando devo voar e quando devo ficar com os pés quietos no chão.

Me traga um amor para alimentar minha alma romântica, mas não um qualquer. Com fogos de artifício e vontade de ficar junto pra sempre! Um amor daqueles de cinema, que vai chegar na hora certa, no lugar certo. Aliás, deixo isso por sua conta: você decide se caberá a você me trazer isso ou não.

Ah! Não se esqueça das surpresas, por favor. Sei que será difícil superar as surpresas que o senhor 23º me trouxe, mas isso não é uma competição, ok? Eu só não quero ficar estagnada, achando que a vida vai sempre ser a mesma coisa.

E não posso esquecer de pedir que capriche na confiança. Pode trazer doses extras, viu? Porque nisso, o senhor 23º deixou muito a desejar. Acho que ele foi bastante cruel comigo: primeiro me deu toda a confiança do mundo que me fez achar que eu podia fazer qualquer coisa. E então, quando eu caí do cavalo, quando eu mais precisa de uma gotinha de confiança para seguir em frente, ele tirou ela de mim, assim como a esperança e a vontade. E como se vive sem a vontade? Sem a curiosidade?

No mais, peço o de sempre, mas que não é menos importante: 23º me cercou de bons amigos e eu gostaria que você os mantivesse por perto. Entendo que eu também tenho que me esforçar e prometo que vou fazer minha parte. Também gostaria de boas oportunidades na minha carreira, acho que de tudo, esse foi o maior legado do 23º. Me encontrei e retomei o gás que eu tinha no início da faculdade, por favor não me deixe perder isso justo agora na reta final.

Se não for pedir muito, antes de chegar, você vai encontrar um balde no canto da porta, com todas as lágrimas que o 23º me fez passar. Foram menos lágrimas que o 22º deixou, eu confesso, mas nessa reta final, o 23º me castigou bastante e então.. Enchi um balde. Gostaria de ter pensado antes e separado as lágrimas de tristeza das de alegria, pois assim poderia pesar se o 23º me fez mais feliz ou mais triste... Para futuras referências, 24º: por favor, me traga menos lágrimas.. Se não for pedir muito, é lógico...

E por último (sei que já pedi demais e já abusei do seu tempo): VENHA! Venha com toda a sua potência, com toda a sua vontade, com todos os seus desejos! Venha para fazer de mim mais velha, mais experiente e quem sabe até mais sábia. Venha para me trazer as mais diversas emoções, os velhos amigos, as novas experiências.. Venha para me fazer feliz.

Seja benvindo, querido 24º.

Quinta-feira, dia 26, brindamos a sua chegada!


12 de maio de 2011

Aqueles jogos de sempre...

por ..bee.. às 12:47 2 gritos de felicidade
Outro Ator, mesmo jogo, novo cenário.. Mesmo jogo... Mesma eu?

Será que vale à pena? O NOSSO jogo, tão nosso... Tão.. Gato e Rato.. Tão começo de tudo.. Será que eu arrisco? Sei bem como o outro jogo acabou, e as consequências que isso teve para mim. Sinto falta do meu Ator, sabe? O meu.. O amigo que não sabia ser só amigo. Queria que ele dissesse "vai! se joga! Tenta de novo...". Mas também.. Ah, sei lá! Não sei o que eu quero.

Era o NOSSO jogo, não sei se estou pronta para jogar o mesmo jogo.. Com outro.. Mas ao mesmo tempo, a ideia de um novo jogo me atrai profundamente e chega a ser mais forte do que eu. Só está começando. Os papéis foram distribuídos, o cenário montado... O primeiro contato feito como que por acaso, só para testar.. A química foi instantânea! Pude ver nos olhos do Novo Ator a mesma paixão pelo palco, o mesmo conforto em cena...

Continuar o jogo? Será que eu vou saber lidar de uma maneira diferente? Dessa vez não existe a distância para salvar quando eu esquecer a fala, ou quando ele improvisar.. Mas ao mesmo tempo, acho que não mais a mesma jogadora de antes...

Nesse momento, sou dona de todas as inseguranças, de todas as dúvidas do mundo e de um sorriso bobo sem tamanho no rosto... Seja pelas saudades do antigo jogo, seja pelo começo do novo... Que seja!

21 de abril de 2011

são tolices, eu sei

por ..bee.. às 21:53 2 gritos de felicidade
Eu tenho um vazio. Desde que eu descobri que aquele amor imenso que eu sentia pelo Rato ficou naquela semana em Ouro Preto. Eu tenho um vazio e isso me incomoda. Porque eu não sei como preenchê-lo, e então eu tenho feito de tudo para não pensar nesse vazio, mas cada vez mais ele grita. Ele corta, ele dilacera. Tenho medo de preencher esse vazio com a pessoa errada. Mas como eu vou saber se não tentar? E se dessa vez der certo? E se dessa vez for A vez?

Eu me sinto perdida porque eu sinto saudades. Eu me sinto estranha porque eu consigo chegar perto de qualquer pessoa menos dele. Eu me sinto uma criança, que não consegue falar "eu gosto de você", e faz tempo que eu não sou essa garotinha. Faz tempo que eu tenho coragem o suficiente de assumir o que eu sinto.

Queria saber se ele pensa em mim. Queria fugir com ele, pra qualquer lugar. Porque eu vejo ele perto e eu sei que ele precisa de um tempo de tudo. Queria ser a pessoa que proporciona isso a ele. Queria.. Ah!!! Nem eu sei o que eu queria..

Gosto de ter ele por perto, mesmo eu ficando tensa.

Gosto. E pouco importa se é pela carga do mal resolvido, ou se é pela química que a gente sempre tem. Gosto. E queria mais uma chance...






28 de março de 2011

a vida é uma espiral, afinal...

por ..bee.. às 21:07 1 gritos de felicidade
Uma vez, para um trabalho de música na faculdade, eu desenhei uma espiral. A intenção do professor era mostrar como é difícil traduzir uma forma de arte em outra. Como passar para palavras uma pintura? Como passar para um desenho uma música? Como traduzir a maneira que aquilo te toca, te envolve, te emociona?

A música que eu escolhi foi Insensatez, do Tom Jobim. E depois de ouvir incessantemente a mesma música, percebi que ela me passava uma sensação de retorno, de voltar-de para si mesmo, mas ainda assim ir adiante de alguma maneira. Não desenhei um círculo porque ele não tem fim nem começo, logo, não retorna a lugar algum... Nem mesmo sai do lugar. Um círculo é amarrado, fechado. Preso. Uma espiral não. A espiral tem a ilusão de liberdade. Ela vai mais volta. E volta porque quer. E quando volta já não é mais a mesma, e então ela vai de novo. Num ciclo sem fim.

Ultimamente tenho pensado muito a minha vida como a espiral, um eterno retorno. Por mais que eu tente quebrar padrões, algumas coisas sempre voltam. Valores, pessoas, cheiros, gostos... Voltam para me lembrar as minhas dores que eu queria esquecer, mas mais ainda pra me mostrar que eu sou forte, que já passei por isso antes e sobrevivi, mesmo achando que não conseguiria.

É um retorno a si mesmo mas com experiência... Não se deixa a bagagem para trás ou as lições que se aprendeu. É mais interessante, é o que os sábios fazem para não enlouquecer... É a lembrança e o empurrão para seguir em frente. É a certeza de que aconteceu, que marcou, e por isso mesmo a lembrança ficou.


5 de março de 2011

reencontros

por ..bee.. às 01:28 0 gritos de felicidade

Às vezes eu me surpreendo com a capacidade da minha memória de guardar coisas inúteis! Quando eu era mais nova, assistia a um seriado chamado Related. Era a história de quatro irmãs que já eram adultas (a mais nova tinha acabado de entrar para a faculdade) e tinham perdido a mãe há pouco tempo e estavam aprendendo a lidar com isso; ao mesmo tempo em que seus problemas pessoais e o relacionamento do pai com uma nova mulher as unia. Uma espécie de Sex & the City entre família.

Me identificava com o seriado pelo fato de a minha família ser composta basicamente de mulheres (mulheres incríveis, diga-se de passagem!), e quando resolvemos nos juntar para colocar o papo em dia são sempre gerações diferentes cheias de histórias para contar, experiência para partilhar e opinião para dar. Bastante terapêutico, até.

Em um episódio da série, Marjee, a irmã louca, termina com um namorado e vai atrás de um ex para se recuperar. Eles transam e ela vai embora. E quando ela conta para as irmãs ela diz: "Ele é o meu cara da recuperação. Sempre que eu termino com alguém eu fico com ele e ele sabe disso.". E por mais que pareça uma ideia louca, isso me fez pensar. Quantas vezes não temos uma recaída por um ex assim que terminamos com alguém? Seja pelo que o ex representa, seja pela carência, seja pela proximidade...


Tive um reencontro com o passado essa semana. Foi aniversário do Hippie. E por mais que eu saiba tudo o que acontece cada vez que ele está de volta na minha vida, não pude impedir o reencontro. A vontade. E fiquei me perguntando se talvez ele não seja o meu cara da recuperação. Aquele a quem eu recorro quando a carência bate porque eu sei que é bom, que é familiar, que é confortável... Pelo menos no começo. O meu grande problema é que eu perco o limite tênue entre "o cara da recuperação" e o cara com que eu quero ficar; porque eu me apego muito fácil, por mais que eu odeie isso.

Foi um reencontro de uma noite e eu fico dizendo a mim mesma que foi SÓ isso. Mas enquanto meu cérebro tenta se convencer, meu coração já está há mil passos na frente, enfiando os pés pelas mãos. Nunca é SÓ isso com o Hippie e eu já devia saber disso.

21 de fevereiro de 2011

e então eu fui embora

por ..bee.. às 10:29 3 gritos de felicidade
Peguei o pouco de dignidade que ainda me restava e fui embora. Sem ele mandar, sem me rastejar mais.

Posso não entender muito de teatro, mas pelo pouco que eu sei, eu nasci para ser dona da minha vida, das minhas escolhas, das minhas decisões; não a melhor amiga E eu mereço ser a protagonista da vida de alguém.

Estou saindo do palco, abandonando a cena enquanto ainda sou um resquício de protagonista da sua vida. Cada dia mais me torno coadjuvante enquanto ela rouba o meu papel.

_Me desculpe, mas não vou ser coadjuvante na vida de alguém que sempre foi protagonista na minha. Eu mereço mais. Eu quero mais.

17 de fevereiro de 2011

e de mais ninguém...

por ..bee.. às 14:08 0 gritos de felicidade
Havia um tempo em que eu seria sua, eternamente sua e de mais ninguém. Um tempo em que tudo era perfeito e que eu dormia e acordava sorrindo porque eu sabia que eu te amava, mais que tudo. E que nada mudaria isso.

Agora eu vejo, aquele beijo era mesmo o fim. Não teve um último beijo, não teve um ponto final. Teve uma mudança de atitudes, uma distância que falou mais alto. Como eu pude ser tão burra a ponto de achar que, se eu fiz isso com uma outra pessoa, alguém também não faria comigo? Não saber é o que dói mais. Não ser mais o motivo dos seus sorrisos, das pernas bambas ou do olhar apaixonado.

Me manda embora! Diz que eu já não sou nada na sua vida além de uma lembrança. Me escurraça. Me humilha. Me manda embora se você não sente mais o mesmo. Acaba com isso. Me manda embora se é isso o que você quer. Me diz que acabou, que já não existe mais. Me manda embora!

Me manda embora porque só assim eu vou saber que eu fiz tudo o que eu pude pra esse amor dar certo, e se não deu, a culpa não foi minha...

Me manda embora pra eu seguir a minha vida em paz!

31 de janeiro de 2011

Thought that we were stronger ...

por ..bee.. às 19:56 1 gritos de felicidade
Coloque os pés no chão mas sem se amargurar, um amigo me aconselhou. Como se faz isso quando se descobre que o sonho a dois só se passa na sua cabeça? Coloque os pés no chão, garotinha! Não se pode andar nas nuvens e você sabe bem disso!

Você se apaixonou por uma ideia e não só por ele. Será? Foram meus impulsos românticos que me levaram a querer esse relacionamento para mim?

É, mas você também não me pôs em primeiro, e já não me põe em primeiro há muito tempo! Talvez eu nunca tenha sido uma prioridade... Sempre com tantas outras coisas para fazer e eu sempre entendendo por causa da distância...

A culpa é minha! Eu construí castelos de areia perto da água, sabendo que eles desmoronariam com a primeira onda... Olha aí! Eles eram tão lindos e agora têm pedaços faltando. Será que a estrutura é forte o suficiente para aguentar apenas uma reforma? Que foi abalada, isso é fato. Será que eu pago pra ver ou aproveito e destruo o resto?

É só uma queda, isso acontece. Pessoas têm quedas por outras e muitas vezes isso não significa mais nada. Isso significa que eu preciso colocar os pés no chão e encarar a realidade: nada é perfeito!

...

Devo mesmo ser muito mulher burra, porque eu podia aceitar tudo de você, menos você sentir algo por outra pessoa. Continuo achando que a errada nessa história sou eu... Eu que não estava me permitindo me aproximar de ninguém com medo de me envolver. Nós somos frágeis, humanos.

Me sinto uma idiota sabendo que eu tenho evitado me envolver em nome desse nós. Fico desacreditada. Sinto que você matou um pouquinho de nós. Me sinto uma idiota porque eu deixei a minha guarda baixa por você. Por mais ninguém, mas por você...

Me pergunto se não estamos apenas tentando evitar o inevitável. Eu quero, eu estou disposta a lutar, mas eu não posso lutar sozinha... Eu não posso ser forte por nós dois. Quando você me pediu para ser forte, eu disse desde o primeiro momento: "eu também não sou forte sozinha, mas juntos nós somos fortes... Juntos nós podemos!"

Não é inabalável como eu pensava e isso dói! Dói porque pode acabar a qualquer momento e porque se acabar eu vou sair dessa mais machucada do que de todas as outras. Dói porque as minhas lentes cor de rosa se partiram em milhões de pedacinhos e por mais que eu não queira, está tudo em tons de cinza agora. Nada é imutável! Foi um sacode mas.. Eu ainda acredito!

27 de janeiro de 2011

Bad Timings: diálogos...

por ..bee.. às 23:08 1 gritos de felicidade
_ Você sempre foi a garota certa pra mim!
_ Eu nunca fui a garota certa para você, e você sabe disso. Eu fui um capricho seu, para satisfazer a sua síndrome de príncipe encantado, e você foi um capricho meu também, sejamos sinceros. Menininha do interior com garotão popular.
_ Mas e ele? Ele é só um capricho seu também? Ele também é garotão popular, como você disse.
_ Não. Com ele é amor. Como ele é sincero, é real.
_ E comigo não era?
_ Amor não. Era paixão boa, real, mas não era sincero. Eu não podia ser sincera com você e você não podia ser sincero comigo. Tínhamos muito a perder. Eu estava mal acostumada, você foi minha primeira paixão pós-término de um namoro de 3 anos complexo, diga-se de passagem. Eu não sabia ser solteira, não sabia dar liberdade. E você estava mal acostumado com o seu amor-livre de sempre. E eu me encantei com o seu jeito.
_ E o que ele tem que eu não tenho se você diz que somos tão parecidos?
_ Eu! Você teve a Bee menininha, que ainda estava se descobrindo. Você foi o pontapé inicial para a Bee se tornar mulher, do jeito que é hoje. Você foi o primeiro a me dizer que eu podia ser o que eu quisesse ser.
_ Eu gostava da Bee menininha.
_ Eu sei. Por isso disse que eu fui um capricho seu. Se eu ficasse, eu nunca cresceria. Eu sempre teria você por perto pra me proteger quando algo desse errado, ou até mesmo pra lutar por mim. Eu não teria aprendido a me defender, a enfrentar as coisas por mim ou a simplesmente expor minha opinião sem medo. Toda vez que eu olhasse nos seus olhos eu saberia que você estava vendo a menininha, e não a mulher.
_ E ele vê a mulher?
_ Ele conheceu a mulher e ele respeita a mulher. Nos momentos que eu precisei ele estava lá, do meu lado, mas sem me dizer o que fazer, sem me proteger. Ele sabe que eu sou capaz de resolver sozinha.
_ Mas eu também sabia.
_ E eu nunca soube disso. Com você eu agia que nem criança mimada, queria tudo ao meu tempo. Com ele eu aprendi que eu tenho que respeitar o tempo alheio.
_ Você me fez te querer do meu lado. Me acostumei com isso e gostei. Te mostrei um lado meu além do que eu mostro para as outras pessoas.
_ Sim, e eu agradeço por isso. Me encantei com esse seu lado, mas era um lado que só aparecia quando estávamos a sós. Na maior parte das vezes eu tinha que aguentar a sua persona pública, sabendo que você era muito melhor do que se mostrava. Eu tinha que te dividir com tudo e todos.
_ Mas você faz isso por ele agora.
_ Eu sou diferente agora.
_ Ele também tem uma persona pública.
_ Tem. Mas a persona pública surgiu depois. Mal ou bem nós estamos juntos nessa. É como se ele lesse minha mente quando eu começo a desacreditar em "nós". Ele simplesmente me dá a mão e diz: "Eu to aqui. Estamos juntos nessa!". Com você eu sempre tive a impressão de que eu estava sozinha.
_ Você não estava. Eu só não soube te mostrar isso. Talvez o problema tenha sido esse: timing.
_ É... Bad timing.


...

22 de janeiro de 2011

À noite, todos os gatos são pardos...

por ..bee.. às 17:25 1 gritos de felicidade
Convidada pelo Geminiano a passar o Reveillon na casa dele, sabendo que seria uma festa fabulosa, aceitei. Tenho uma espécie de trauma de Reveillon porque eu tenho um histórico de ir dormir cedo, sóbria e mal humorada. Aceitei a proposta por ser uma coisa diferente. Quem sabe eu finalmente não entenderia a magia da data?


[O Geminiano é o primo mais novo de uma amiga (sim, mais um garotão!). E costumamos sair juntos para beber, conversar e nos divertir. Já ficamos algumas vezes, mas nada sério.]


Chegamos na festa e ele veio nos recepcionar. Me apresentou para todo mundo, foi um fofo! E resolvemos logo começar os trabalhos: "um dose de Absoluta com duas pedras de gelo e uma rodela de limão, por favor?". E a noite seguiu nesse clima: agitação, pista de dança, open bar com Red Label e proseco além da Absolut... Me senti no paraíso! Boa música, boa comida, lugar bonito, bons amigos... (Confesso que senti falta do Rato, mas isso é assunto pra outro post.) Pela primeira vez em um Reveillon eu estava me divertindo!


Meia-noite. Brinde. Feliz ano novo! Pulo na piscina debaixo de chuva. Foi ótimo! Mais pista de dança, mais conversas de bêbabos.. A noite seguiu e os adultos foram dormir.. Além de inebriada pelo álcool, eu estava inebriada pelo ambiente. Eu não pertencia ali, mas podia me acostumar fácil!



Foi só na manhã seguinte que a ficha começou a cair... De repente aquele ambiente mágico e feliz começou a se desfazer e eu comecei a notar olhares de desaprovação que eu não tinha notado antes. Os abraços acolhedores se tornaram gelados e as conversas que tinham sido tão divertidas me entediavam. A cada vez que eu abria a boca para falar algo, a dúvida.. A certeza mais e mais de que eu não pertencia àquele lugar. Fiquei com a sensação de que tinha passado a noite com um príncipe, mas que pela manhã se transformou num sapo!



Minhas roupas não eram apropriadas, minhas opiniões ignoradas, meu ego perdido e minha personalidade se esvaindo. Quem eram essas pessoas? Por que eles se achavam superiores ao resto do mundo? E foi então que eu me dei conta de que à noite, e com uma ajudinha do álcool, todos os gatos são pardos. Saí de lá fugida, desesperada pelo tédio da minha casa, mas onde pelo menos eu podia ser eu mesma.
 

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