31 de janeiro de 2011

Thought that we were stronger ...

por ..bee.. às 19:56 1 gritos de felicidade
Coloque os pés no chão mas sem se amargurar, um amigo me aconselhou. Como se faz isso quando se descobre que o sonho a dois só se passa na sua cabeça? Coloque os pés no chão, garotinha! Não se pode andar nas nuvens e você sabe bem disso!

Você se apaixonou por uma ideia e não só por ele. Será? Foram meus impulsos românticos que me levaram a querer esse relacionamento para mim?

É, mas você também não me pôs em primeiro, e já não me põe em primeiro há muito tempo! Talvez eu nunca tenha sido uma prioridade... Sempre com tantas outras coisas para fazer e eu sempre entendendo por causa da distância...

A culpa é minha! Eu construí castelos de areia perto da água, sabendo que eles desmoronariam com a primeira onda... Olha aí! Eles eram tão lindos e agora têm pedaços faltando. Será que a estrutura é forte o suficiente para aguentar apenas uma reforma? Que foi abalada, isso é fato. Será que eu pago pra ver ou aproveito e destruo o resto?

É só uma queda, isso acontece. Pessoas têm quedas por outras e muitas vezes isso não significa mais nada. Isso significa que eu preciso colocar os pés no chão e encarar a realidade: nada é perfeito!

...

Devo mesmo ser muito mulher burra, porque eu podia aceitar tudo de você, menos você sentir algo por outra pessoa. Continuo achando que a errada nessa história sou eu... Eu que não estava me permitindo me aproximar de ninguém com medo de me envolver. Nós somos frágeis, humanos.

Me sinto uma idiota sabendo que eu tenho evitado me envolver em nome desse nós. Fico desacreditada. Sinto que você matou um pouquinho de nós. Me sinto uma idiota porque eu deixei a minha guarda baixa por você. Por mais ninguém, mas por você...

Me pergunto se não estamos apenas tentando evitar o inevitável. Eu quero, eu estou disposta a lutar, mas eu não posso lutar sozinha... Eu não posso ser forte por nós dois. Quando você me pediu para ser forte, eu disse desde o primeiro momento: "eu também não sou forte sozinha, mas juntos nós somos fortes... Juntos nós podemos!"

Não é inabalável como eu pensava e isso dói! Dói porque pode acabar a qualquer momento e porque se acabar eu vou sair dessa mais machucada do que de todas as outras. Dói porque as minhas lentes cor de rosa se partiram em milhões de pedacinhos e por mais que eu não queira, está tudo em tons de cinza agora. Nada é imutável! Foi um sacode mas.. Eu ainda acredito!

27 de janeiro de 2011

Bad Timings: diálogos...

por ..bee.. às 23:08 1 gritos de felicidade
_ Você sempre foi a garota certa pra mim!
_ Eu nunca fui a garota certa para você, e você sabe disso. Eu fui um capricho seu, para satisfazer a sua síndrome de príncipe encantado, e você foi um capricho meu também, sejamos sinceros. Menininha do interior com garotão popular.
_ Mas e ele? Ele é só um capricho seu também? Ele também é garotão popular, como você disse.
_ Não. Com ele é amor. Como ele é sincero, é real.
_ E comigo não era?
_ Amor não. Era paixão boa, real, mas não era sincero. Eu não podia ser sincera com você e você não podia ser sincero comigo. Tínhamos muito a perder. Eu estava mal acostumada, você foi minha primeira paixão pós-término de um namoro de 3 anos complexo, diga-se de passagem. Eu não sabia ser solteira, não sabia dar liberdade. E você estava mal acostumado com o seu amor-livre de sempre. E eu me encantei com o seu jeito.
_ E o que ele tem que eu não tenho se você diz que somos tão parecidos?
_ Eu! Você teve a Bee menininha, que ainda estava se descobrindo. Você foi o pontapé inicial para a Bee se tornar mulher, do jeito que é hoje. Você foi o primeiro a me dizer que eu podia ser o que eu quisesse ser.
_ Eu gostava da Bee menininha.
_ Eu sei. Por isso disse que eu fui um capricho seu. Se eu ficasse, eu nunca cresceria. Eu sempre teria você por perto pra me proteger quando algo desse errado, ou até mesmo pra lutar por mim. Eu não teria aprendido a me defender, a enfrentar as coisas por mim ou a simplesmente expor minha opinião sem medo. Toda vez que eu olhasse nos seus olhos eu saberia que você estava vendo a menininha, e não a mulher.
_ E ele vê a mulher?
_ Ele conheceu a mulher e ele respeita a mulher. Nos momentos que eu precisei ele estava lá, do meu lado, mas sem me dizer o que fazer, sem me proteger. Ele sabe que eu sou capaz de resolver sozinha.
_ Mas eu também sabia.
_ E eu nunca soube disso. Com você eu agia que nem criança mimada, queria tudo ao meu tempo. Com ele eu aprendi que eu tenho que respeitar o tempo alheio.
_ Você me fez te querer do meu lado. Me acostumei com isso e gostei. Te mostrei um lado meu além do que eu mostro para as outras pessoas.
_ Sim, e eu agradeço por isso. Me encantei com esse seu lado, mas era um lado que só aparecia quando estávamos a sós. Na maior parte das vezes eu tinha que aguentar a sua persona pública, sabendo que você era muito melhor do que se mostrava. Eu tinha que te dividir com tudo e todos.
_ Mas você faz isso por ele agora.
_ Eu sou diferente agora.
_ Ele também tem uma persona pública.
_ Tem. Mas a persona pública surgiu depois. Mal ou bem nós estamos juntos nessa. É como se ele lesse minha mente quando eu começo a desacreditar em "nós". Ele simplesmente me dá a mão e diz: "Eu to aqui. Estamos juntos nessa!". Com você eu sempre tive a impressão de que eu estava sozinha.
_ Você não estava. Eu só não soube te mostrar isso. Talvez o problema tenha sido esse: timing.
_ É... Bad timing.


...

22 de janeiro de 2011

À noite, todos os gatos são pardos...

por ..bee.. às 17:25 1 gritos de felicidade
Convidada pelo Geminiano a passar o Reveillon na casa dele, sabendo que seria uma festa fabulosa, aceitei. Tenho uma espécie de trauma de Reveillon porque eu tenho um histórico de ir dormir cedo, sóbria e mal humorada. Aceitei a proposta por ser uma coisa diferente. Quem sabe eu finalmente não entenderia a magia da data?


[O Geminiano é o primo mais novo de uma amiga (sim, mais um garotão!). E costumamos sair juntos para beber, conversar e nos divertir. Já ficamos algumas vezes, mas nada sério.]


Chegamos na festa e ele veio nos recepcionar. Me apresentou para todo mundo, foi um fofo! E resolvemos logo começar os trabalhos: "um dose de Absoluta com duas pedras de gelo e uma rodela de limão, por favor?". E a noite seguiu nesse clima: agitação, pista de dança, open bar com Red Label e proseco além da Absolut... Me senti no paraíso! Boa música, boa comida, lugar bonito, bons amigos... (Confesso que senti falta do Rato, mas isso é assunto pra outro post.) Pela primeira vez em um Reveillon eu estava me divertindo!


Meia-noite. Brinde. Feliz ano novo! Pulo na piscina debaixo de chuva. Foi ótimo! Mais pista de dança, mais conversas de bêbabos.. A noite seguiu e os adultos foram dormir.. Além de inebriada pelo álcool, eu estava inebriada pelo ambiente. Eu não pertencia ali, mas podia me acostumar fácil!



Foi só na manhã seguinte que a ficha começou a cair... De repente aquele ambiente mágico e feliz começou a se desfazer e eu comecei a notar olhares de desaprovação que eu não tinha notado antes. Os abraços acolhedores se tornaram gelados e as conversas que tinham sido tão divertidas me entediavam. A cada vez que eu abria a boca para falar algo, a dúvida.. A certeza mais e mais de que eu não pertencia àquele lugar. Fiquei com a sensação de que tinha passado a noite com um príncipe, mas que pela manhã se transformou num sapo!



Minhas roupas não eram apropriadas, minhas opiniões ignoradas, meu ego perdido e minha personalidade se esvaindo. Quem eram essas pessoas? Por que eles se achavam superiores ao resto do mundo? E foi então que eu me dei conta de que à noite, e com uma ajudinha do álcool, todos os gatos são pardos. Saí de lá fugida, desesperada pelo tédio da minha casa, mas onde pelo menos eu podia ser eu mesma.
 

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